Fazer o que? Estes prédios mais antigos, sem pilotis e com poucos andares, saltam aos nossos olhares. Não pedem. Exigem a nossa atenção...Isto porque, por mais que o ser humano queira e julgue melhor ser ''normal'', estar dentro dos padrões, o padrão é morto, invisível. A natureza preza a diferença, a originalidade. A chamada ''normalidade'' nunca nos conduzirá a lugar algum, salvo a uma vida tediosa e uma vaga garantida no cemitério( quem sabe com um túmulo ''normal'', que não será visitado nem olhado por ninguém...). Quanto mais coisas ou pessoas disputam os nossos olhares/nossa atenção em um meio repleto destes dois componentes( objetos e pessoas), maior a necessidade- até mesmo por sobrevivência- de diferenciar-se, de destacar-se em meio ao conhecido. Até mesmo para conseguir um emprego é preciso fazer algo especial, que seja necessário para o nosso futuro empregador. ''O que você sabe fazer de melhor?'', nos perguntarão. ''Ah, não sei. Sou normal. Sou igual a todo mundo.''. ''OK. Fique aguardando em casa que nós ligaremos para você. PRÓXIMO!''. Gostei da chef de um restaurante que, após ouvir o meu comentário de que ''nunca havia provado nada bom naquele estabelecimento, pois aqui tudo é ótimo, excepcional, e não há o menor risco de provarmos pratos apenas razoáveis'', replicou de pronto afirmando que ''quando algo é apenas mediano nós o tiramos imediatamente do cardápio''...Felizmente o criador de todas as coisas é um pouco mais tolerante conosco e com as nossas ''normalidades''/ mediocridades, renovando todos os dias a possibilidade de, enfim, fazermos algo que seja único, só nosso e que, por mais críticas que receba, deixe em nós a sensação de termos deixado a nossa marca pessoal neste mundo tão corrido e frenético...Mas e o prédio das fotos, o prédio que originou este pequeno manifesto em defesa das diferenças? O prédio era só um pretexto...Alcnol.
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