Materialmente, o pequeno( 3 milhões de habitantes)país se encontra bem atrás do nosso. Prova disto são os muitos automóveis como este- bem antigo- encontrados por todos os cantos da capital uruguaia...
No entanto, ''nem só de pão vive o homem''. Notamos no povo uruguaio, ao mesmo tempo em que desfruta das ''modernidades'' vistas mundo afora, um jeito todo especial de conciliar isto com suas tradições.
Aberto ao mundo, o Uruguai também é uma nação especial- à medida em que possui vários diferenciais importantes: seu povo é muito alegre e educado, a cultura( com teatros, inúmeros cinemas, livrarias)possui uma influência desproporcional em uma cidade de pouco mais de 1 milhão de habitantes), seus numerosos idosos em sua grande maioria tem uma vida ativa, e a capital uruguaia ainda desconhece( em grande parte)as mazelas que afligem os seus vizinhos( Argentina e Brasil).
Falo especificamente da criminalidade. Enquanto estava lá, acompanhei- via jornais e TV- o noticiário da capital argentina( Buenos Aires): inúmeras batidas e atropelamentos, disseminação do golpe conhecido aqui como ''saidinha bancária'', sequestros, etc. Comparado a isto, o Uruguai mais parece um ''paraíso''...Há crimes também em Montevidéu- inclusive sequestros relâmpagos, conhecidos lá como ''secuestros express''- como seria normal em qualquer lugar do mundo. Mas em quantidade bem menor do que em São Paulo, Rio de Janeiro ou Buenos Aires...
Moradores de rua há muitos, assim como esta ''praga moderna'' conhecida como ''guardadores de carro''( na verdade uma contravenção, pois eles de fato ameaçam os donos de automóveis que não pagarem- muitas vezes até adiantamente...). Porém, tomando os devidos cuidados( que devemos adotar em qualquer lugar onde estivermos), em nenhum momento me senti amedrontado ou ameaçado. E olha que andei MUITO, MUITO MESMO pelas ruas da capital do Uruguai...
Limpeza. Neste quesito, Montevidéu não anda muito bem. Nada que se compare à imundície que vivemos na capital paulista, mas as varrições não são feitas com regularidade- mesmo nos bairros mais ''nobres'' como Punta Carretas ou Pocitos. Por outro lado, os moradores da capital- muitos bem vestidos- jogam o seu próprio lixo em grandes lixeiras instaladas nas ruas. Não tem ''escravos'' como aqui para fazer esta tarefa...