Todas as minhas viagens até aqui, pela América Latina, foram sensacionais.
De todos os lugares guardo as melhores recordações, e o desejo de retornar( como será que ficou Bogotá após todas as obras que vi naquela época- 2011- ?).
Mas, de todas as capitais que conheço, Santiago é verdadeiramente ''hors-concours''( é incomparável).
Os fortes protestos estudantis do ano passado podem dar a impressão de que há algo errado no ''modelo chileno''. Talvez até haja mesmo falhas, como em todo regime democrático.
Mas, de todos os países da América Latina, o Chile é o que nos dá a mais forte impressão de estar no rumo correto. A imprensa é livre, a economia aberta- ao contrário do Brasil, a nação andina não tem apelado a taxações extras para ''proteger-se'' do mercado externo- a gastronomia só ''perde'' para São Paulo no quesito quantidade( são cerca de 12.000 restaurantes na capital paulista, que tem aproximadamente 20 milhões de habitantes no seu entorno)e a cidade de Santiago é belíssima( limpa, calçadas bem conservadas, relativamente segura- ao menos se compararmos aos ''padrões'' brasileiros-), e as pessoas muito gentis e acolhedoras.
Por isto, faço minhas as palavras de uma amiga: ''quando for a Santiago, me convide''.
A capital chilena é atualmente ''imbatível'' como programa na América Latina...
Melhor, os próprios chilenos não se dão conta do maravilhoso país em que vivem. Ao contrário dos vizinhos, que são bastante ''patriotas'' e ''nacionalistas''...
Claro que, do ponto de vista de compras, o Chile é atualmente menos convidativo que a Argentina e o Peru( países em que o Real brasileiro tem alto poder aquisitivo...).
Lembro que, da primeira vez em que estive em Santiago( há cerca de um ano e meio), os perfumes eram tão baratos nas lojas de departamento( Paris, Ripley, Falabella)que rivalizavam com os ''free-shops''...
Hoje o dólar está em queda( menos de 500 pesos chilenos), assim como o real( duzentos e oitenta pesos chilenos na cotação oficial, mas cerca de duzentos e cinquenta ou menos nas casas de câmbio).
Pouco importa. O que fomos fazer mesmo em Santiago foi comer( e muito bem)e passear muito...
Nestes quesitos, poucas cidades podem oferecer tantas opções...
Sem contar que nenhum outro país/ou cidade latino-americano/a ostenta hoje preços na parte de alimentação tão altos quanto os de São Paulo...
Dizem os entendidos- que já estiveram na Europa e nos Estados Unidos recentemente- que a capital paulista está mais cara que Paris, para dar um exemplo...
Um outro motivo para rever Santiago: enquanto estávamos em pleno Carnaval- com diversos Shoppings e restaurantes fechados, em especial na capital paranaense- no Chile era o contrário. Tudo estava aberto, e em pleno funcionamento. Dá para resistir?
Alcnol.
PS: Segundo notícias, as lojas de departamento chilenas- que já estão na Argentina e no Peru- planejam investir na Colômbia.
Dificilmente seu modelo- de lojas bem sortidas, repletas de mercadorias importadas, comparável ao de lojas de departamento similares de Primeiro Mundo- daria certo no Brasil, exatamente por causa dos impostos muito elevados...
PS2: A economia chilena projeta exportar mais de 80 bilhões de dólares este ano. Como a população é cerca de 10 vezes menor que a brasileira, proporcionalmente isto significaria exportarmos 800 bilhões de dólares...Infelizmente, não chegamos nem à metade disto...
PS3: O Chile, bem como o Peru e a Colômbia, tem apostado em Tratados de Livre Comércio com países asiáticos, EUA e União Europeia. Enquanto isto, o Brasil aposta no Mercosul( enfraquecido pelas barreiras à importação criadas pela Argentina...).