A hora do almoço é uma das mais aguardadas do dia. É nela que solto todas as amarras e decido diariamente que lugares novos irei conhecer, por todos os cantos da fervilhante cidade de São Paulo. Hoje, por exemplo, não tinha a menor idéia do ''roteiro''. Até o momento em que, já na rua, decidi rumar com destino ao bairro de Higienópolis. Primeiro peguei a Paulista, desci a Augusta, atravessei a mesma, e fui descendo a Haddock Lobo sentido centro. De repente uma surpresa: um belo casarão atraiu logo os meus olhares. Na placa a inscrição ''Vegethus- restaurante vegano''. Uma rápida indagação sobre a existência ou não de lugares àquela hora- já passando um pouco de 13h- e decidimos conhecer este novo( cerca de um mês apenas de existência)estabelecimento da área vegetariana da capital paulista. O lugar( filial de uma rede que possui também restaurantes na Vila Mariana- Rua Padre Machado, 51- e em Santo André, no ABC)oferece saudáveis opções tanto por preço fixo( R$19,00, com direito a sucos e sobremesa à vontade)quanto por quilo. Além das tradicionais saladas e arroz integral, destaque também para alguns pratos interessantes: quibe feito com lentilha, e strogonoff de berinjela...Entre as sobremesas, arroz doce e vários docinhos bem ''leves'' que me fizeram quebrar, ao menos por hoje, a promessa de evitar sobremesas até perder uns 2 ou 3 quilos...Com este novo ''Vegethus''( que também funcionará à noite às sextas e sábados, com rodízio de pizzas naturais), a região em torno da Estação Consolação do metrô passa a contar, entre outros, com o Apfel e o ''Bio''( sentido Jardins), e mais um natural na Luís Melo, dois na Antônio Carlos( os dois indianos, já mostrados em posts anteriores), a Padaria ''Vegan'' da Rua Fernando de Albuquerque e esta casa nova que estamos a comentar.( todas na região da Paulista, sentido centro)...Melhor para os frequentadores daquela área que apreciarem a comida saudável, a um preço mais acessível...PS: Foto de baixo da área aberta no quintal do restaurante, a menos concorrida( salvo por mim, claro)da casa em uma gélida segunda-feira paulistana...
segunda-feira, 20 de julho de 2009
O ''Efeito Urtigão''...
''Efeito Urtigão''? O que é isto???! Os mais velhos se lembrarão das estórias de Walt Disney. Tio Patinhas, empresário dono do jornal ''A Patada'', costumava enviar seus dois repórteres- Pato Donald e Peninha- para uma verdadeira ''Missão Impossível'': entrevistar o irascível ''Urtigão'', que vivia em um sítio distante de tudo e de todos...''Urtigão'', claro, os recebia sempre com uma reluzente espingarda, o que provocava hilárias perseguições...Tal como o ''Urtigão'', o personagem da peça de Mário Bortolotto- interpretado pelo próprio escritor e diretor- é um jornalista que decidiu largar tudo para ir morar no mato...Jovem e talentoso, nas palavras do amigo que vai subitamente visitá-lo, cansou de ter os seus textos mutilados por editores de braços dados com o Poder. O ''Urtigão'' da peça lança seus ''dardos'' venenosos contra todos: contra as mulheres, contra a imprensa, contra o mundo. Se é assim, por que alguém decidiria visitar este incômodo personagem? Este é o ''enigma'' a ser solucionado em ''O Efeito Urtigão''... Peça rápida( meros 60 minutos), mas hilária e que faz pensar( quem disse que o humor não pode ser inteligente?). Em curta temporada no ''Espaço dos Satyros 2''( apenas mais duas sextas-feiras, até o fim do mês de julho...). Alcnol. PS: Imagem do ''Mini-teatro'', também na Praça Roosevelt. PS2: Próximos posts em Campinas(SP), que visitamos no último final-de-semana...
Praça Roosevelt e ''O Efeito Urtigão''...
Desde o almoço da última sexta o plano era finalizar o dia na Praça Roosevelt, assistindo a peça ''O Efeito Urtigão''( do diretor e ator paranaense Mário Bortolotto). Antes de falar especificamente da peça, um parêntese: a Praça Roosevelt é um interessante exemplo de recuperação de área pública sem nenhuma intervenção do Poder Público. O local estava abandonado completamente, entregue à prostituição e ao tráfico de drogas, quando foi ''adotado'' por um grupo de diretores e atores de teatro. Hoje visitar e falar da Roosevelt é ''in'', é estar ''antenado''. Matérias recentes foram publicadas na revista cultural ''Bravo'' e no jornal ''O Estado de São Paulo''. Para quem conhece a capital paulista, e os teatros dos ''Sátyros'', este pequeno post pode soar redundante. Porém, esta foi a minha ''primeira vez'' na Praça Roosevelt. E pretendo falar um pouco do que vi com estes olhos de ''iniciante''...Graças à instalação de vários pequenos bares em frente aos teatros( 5 ou 6, contando com o ''mini teatro'' recém-inaugurado), o local virou uma espécie de ''corredor cultural''. Tem até um pequeno supermercado( coisa impensável tempos atrás...). Outro estabelecimento ''vibrante'' é uma pequena livraria semi-especializada em quadrinhos, onde o dono batia animado papo com os clientes na hora em que passei por ali. Comprei, enquanto esperava pelo início da peça, até um livro de bolso de Balzac( Editora LPM). Polemiza-se em torno de tudo na Praça Roosevelt: se os bares não atrairiam mais público que as peças, se o teatro feito ali não seria ''excessivamente auto-referente''- atraindo mais as pessoas do próprio meio do que público novo, etc. Mesmo ''novato'' neste meio, ouso manifestar minhas próprias opiniões: se os bares são necessários para sustentar o teatro de qualidade que é feito ali, por que não? Na volta para casa, pela Augusta, deparei com inúmeros bares- todos lotados. Por que atores e teatrólogos não podem ter os seus, para financiar suas boas causas? Bares, assim como livrarias, são uma boa forma de passar o tempo enquanto se passa de uma peça para outra( como a estrutura da Praça bem possibilita fazer...). O fato é que, enquanto há anos promete-se a tão aguardada ''revitalização'' da Praça- que continua, como sempre, escura, suja, abandonada às moscas e aos skatistas que faziam suas manobras que ouvíamos à distância quando passamos por ali- pode-se considerar este o primeiro exemplo de uma área pública recuperada( parcialmente mas recuperada- este é o termo mais apropriado)pela cultura, sem um centavo dos diversos níveis de Poder( municipal, estadual, federal, etc.). Afinal, se fôssemos esperar por iniciativas dos governantes, talvez estivéssemos todos mortos a esta hora...A Praça Roosevelt ''fez-se'' por iniciativa da gente do teatro, a Augusta ''bomba'' por iniciativa de empresários que investem em bares e casas noturnas, São Paulo mostra- nestes e em outros lugares- sua incrível capacidade de reconstruir-se. Apesar de tudo...Alcnol. PS: No próximo post falarei especificamente da peça...
Jantar de sexta: pizza...
Há muito tempo eu não ia a uma boa pizzaria paulistana. Lembro-me até de algumas, visitadas em uma fase ''pré-blog'': a ''Braz'', a ''Quintal do Braz'', as pizzas da Ráscal tão frequentes em uma determinada época de minha vida, etc. Esta sexta decidi conhecer uma nova pizzaria, nos Jardins. O local é fechado durante o dia mas do lado de fora, na Rua José Maria Lisboa, já é possível- pela amostra da área verde na frente- ter uma ideia razoável do que virá. Pois bem, na última sexta eu decidi conhecer ,enfim, o lugar com o pequeno jardim na entrada. A pizzaria( com dois endereços: Rua Dona Veridiana, 661, Higienópolis e este na José Maria Lisboa, 493, Jardins)''Veridiana'' conseguiu transcender todas as nossas expectativas. Quem poderia pensar que ali dentro é possível escolher entre, pelo menos, 3 ambientes totalmente diversos entre si? Quem imaginaria que a casa- neste estilo bem ''over'', bem paulistano de não economizar na grandeza e na criatividade- abrigaria belíssimos jardins que nos dão a sensação de estarmos no meio de uma ''mata'' com todo o conforto da metrópole? A vontade que eu tinha era de fotografar tudo mas, infelizmente, como vocês podem constatar pelas fotos, meu celular costuma falhar em ambientes ''escurinhos'' e noturnos...Passado o fascínio inicial, quando quis conhecer ''tudo'', sentei-me às pressas para devorar a pizza e correr para a Praça Roosevelt, para a nossa próxima atração...Pedi pizza de aliche, individual, e uma pequena curiosidade: é possível escolher entre uma versão ''com queijo'' e outra sem...Como será esta última? Quem sabe uma outra vez possamos responder esta intrigante questão...Hora de pagar a conta e correr para o nosso próximo ''ponto'': o teatro...Alcnol.
Almoço de sexta...
Cronograficamente, eu ainda estou na sexta-feira...Preciso dar uma pequena ''corrida'' para colocar os assuntos deste blog em dia. Começando pelo almoço da última sexta, em um pequeno bistrô. O local: Alameda Ministro Rocha Azevedo, entre a Lorena e a Oscar Freire. Instalado em um casarão da década de 60, o ''Roux Bistrô'' pode até passar despercebido por vários dos passantes- que só enxergam, quando muito, uma pequena janela junto á rua...Eu mesmo caí neste erro, antes de decidir conhecer a casa. Dentro a impressão é outra: local espaçoso, com mesas até em um mezanino. Dispensei o prato executivo( R$29,00- com entrada, prato principal e sobremesa)para experimentar uma das delícias do cardápio do ''Roux''. Robalo com ervas e creme de mandioquinha. Original. Estava até meio crocante nas pontas, algo que eu ainda não havia visto em nenhum outro lugar. Destaque também para os pães artesanais- feitos ali mesmo- do ''couvert'', que são trazidos bem quentinhos...Como decidi voltar à boa forma com urgência, dispensei a sobremesa para finalizar com um chá natural. O lugar, caracterizado pela boa gastronomia e preços módicos, merece ser revisto. Mas, em se tratando daquela minha teoria segundo a qual é possível ter uma boa ideia da qualidade de um restaurante pedindo qualquer um de seus pratos( já que, a meu ver, nos melhores estabelecimentos não há os comuns contrastes entre os ''melhores'' e os ''piores'' pratos...), o pequeno ''Roux'' está, definitivamente, aprovado...Alcnol.
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