Neste enorme oceano de informações que é a internet, este blog ocupa um minúsculo espaço. Sequer sei se é lido por alguém, mas este não é o seu propósito principal. Lido ou não, se aproxima do número 100, e isto é motivo de comemoração: como pode alguém tão instável criar uma coisa constante? Como pude resistir á eterna tentação de ''chutar o pau da barraca'' e deletar tudo de uma hora para outra? Como pude resistir á vergonha de ter os meus pensamentos devassados/devassáveis por todo mundo, isto se houvesse alguém interessado em ler estas besteiras todas?Mas o tema desta postagem não é o meu umbigo. A esta altura já tive tempo de aceitar o meu umbigo como ele é...He, he, he...O tema deste ''post'' é a liberdade. A mais radical liberdade, defendida pelo autor da frase ''o inferno são os outros'' ( Jean Paul Sartre ). Como podemos ser livres sem deixar os outros livres? Se escutarmos as conversas alheias, veremos que elas giram mais ou menos em torno do mesmo tema: ''eles'' não me entendem, ''eles'' ( meus filhos, meu marido/esposa, meu gato, meu cachorro, meu namorado/a/ as/os ). Nós estamos sempre esperando que os ''outros'' se ''emendem'', e ''eles não estão nem aí''. Isto é ser livre? Poderemos ser livres em eterno estado de expectativa quanto à conduta dos outros? Os ''outros'' não vão se ''corrigir', nem ''emendar''. O papel destes outros é mesmo este, o de nos ''atazanar'', ''provocar'', ''maltratar'', até que NÓS descubramos a nossa força. Ser LIVRE é ser FORTE, independentemente da opinião dos ''outros'' sobre nós. O ''comando'' divino é diferente dos vários comandos deste mundo. Nestes, um manda e os outros obedecem. No plano divino, este é o palco em que nós aprenderemos, por bem ou por mal, a viver uns com os outros. Por mais sofrido que seja. É TUDO UMA FARSA, UM TEATRO, mas nós achamos que é sofrido. Dói, mas passa...Depois vem uma nova vida, um novo palco, onde nós, novamente, no momento em que recordemos a verdade, descubriremos uma vez mais a nossa força. Ser livre, enfim, é aprender a revelar o que está dentro de nós, e isto é nossa missão indelegável, e aprender a conviver com os demais como eles são também: seres livres, independentes, DIFERENTES, autônomos, que nós iremos aceitar ou não em nossas vidas se quisermos, e vice-versa. Belo mundo este em que todos podemos ter a nossa própria página pessoal, onde nos revelamos por meio das nossas divagações/perguntas. Discordam? Melhor para vocês...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
CSI e o caso da ''menina-Isabella''
Nunca tive uma atração especial pela atividade de médicos. Existem diversas séries famosas e populares na TV a Cabo sobre o assunto, as quais nunca assisti. Porém, depois de descobrir as séries sobre a atividade de legistas na investigação de crimes- as famosas CSI ( normal, Miami e New York )- acabei ficando viciado nas mesmas. A grande atração destas séries é que, em geral, elas tem um formato completo. Em UMA HORA, elas mostram o crime e as várias linhas de investigação, chegando a um resultado completo, definitivo. Os investigadores vão pesquisando, e entrevistando os suspeitos. O cara diz um categórico ''não'', e eles colhem provas de que havia sinais de sua presença no local. Na próxima entrevista, quando ele volta a negar, os investigadores/legistas apresentam as provas, e o cara começa a ''soltar o bico''. Assistir isto nos dá aquela vã mas necessária sensação de que ''o crime não compensa'' e ''os caras maus são punidos no final'', coisas tão distantes do sistema judiciário brasileiro na atualidade...No caso do momento, o da ''menina-Isabela'' ( só se fala no nome dela acompanhado do ''menina'', como que eternamente lembrando ao público desatento e desmemoriado que se tratava de uma menina, "não esqueçam era uma menina"...), caso as investigações fossem feitas ao estilo americano, seria bem simples. Exames de DNA no local, que não teria sido devassado por milhares de pessoas, e no corpo de Isabela. Confronto do DNA com o dos principais e, até aqui, únicos suspeitos: o pai e a madrasta. Bingo! Ou combina, ou não, com 99% de chances. Mas o fato é que a Polícia brasileira costuma apurar, em média, 5% dos crimes cometidos. Enquanto a norte-americana apura mais de 60%. A cena do crime já foi devassada. Diversas pessoas já tocaram na menina após a sua queda. Os supostos criminosos já tiveram tempo de sumir com as provas do apartamento, na hipótese de que sejam mesmo os presumidos suspeitos. Quanto a isto, convenhamos: para asfixiar e bater em Isabela, além de jogá-la das alturas, teria que ser alguém conhecido, que não gostava dela ou da mãe, e não um terceiro que supostamente teria entrado no apartamento...O crime sempre tem um fator psicológico, nestas circunstâncias ainda mais. Confrontando mais uma vez as viciantes séries americanas com a realidade policial brasileira, é este abismo existente entre os dois países que explica porque esta recente estória ainda vai ter muitos desdobramentos- e a cada dia somos confrontados com uma versão diferente...Haja paciência!
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