Continuamos o nosso passeio pelas ruas do bairro de Perdizes que, entre outras coisas, abriga a Pontifícia Universidade Católica( PUC). No entanto, esta caminhada difere um pouco dos tradicionais ''passeios turísticos''. O que nos move não é o desejo de passar por este ou aquele Museu ou Monumento. Simplesmente decidimos seguir o rumo apontado pelo nosso nariz, sem maiores planejamentos...Perdizes, nestas horas, se molda plasticamente ''ao gosto do freguês'': é possível que você até more por ali, ou conheça aquela área, mas nunca tenha sequer imaginado alguns dos lugares que iremos mostrar nesta série de posts...Perdizes, aqui, adapta-se ao gosto de um de seus visitantes, e estou longe de querer mostrar neste espaço apenas os edifícios de luxo que, obviamente, também fazem parte da ''paisagem'' daquele bairro paulistano...O gostoso nestes momentos é transitar, brincar entre ambientes completamente opostos entre si, pois em São Paulo- como em nenhuma outra cidade que eu conheça- estas mudanças se dão de modo drástico e surpreendente...Alcnol. PS: Destaque para as fotos de um Opala( foto 3), e de um sebo( foto 12)...Eu os convido para embarcarmos juntos nesta ''viagem'' no tempo e pelas vias de um bairro com cara de cidade do interior, mas encravado em plena Zona Oeste da cidade de São Paulo...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Passeio em Perdizes- 2
Este é o início do passeio propriamente dito pelo bairro de Perdizes. Como nunca fizéramos anteriormente este mesmo percurso, a vontade que dava era de ''ver tudo'', de ''registrar tudo''. Esta série de posts- e, no fundo, o próprio blog- reflete este imenso desejo de conhecer coisas e, sobretudo, lugares novos na nossa própria cidade. Nestas horas, meu olhar é ''bobo'', de alguém que conhece muito pouca coisa- mas quer aprender...Alcnol. PS: Descemos, neste momento, a Avenida Alfonso Bovero, no bairro paulistano de Perdizes...PS2: A foto 1- última, de baixo- mostra um painel desenhado no alto de uma torre de energia daquela região...
Passeio em Perdizes- 1
Começo neste post uma nova série no blog: ''Passeio em Perdizes''( bairro paulistano). O objetivo deste passeio, inicialmente, era almoçar na região da Rua Tupi. Para isto, desci na Estação Sumaré e me dirigi ao bairro de Perdizes...Claro que, por confundir mais uma vez as Avenidas Sumaré e Pacaembu, eu acabei me perdendo nesta bela região, e voltando sem almoçar...No entanto, as belas imagens do que descobri por ali acabaram valendo o passeio...Mas voltemos ao início, na Avenida Doutor Arnaldo, imediações da Estação Sumaré do metrô- ''onde tudo começou''...Alcnol. PS: Ordem das imagens de baixo para cima...Estação Consolação do metrô. Escadaria na vizinhança da Estação Sumaré( fotos 2 e 3). Demais fotos mostram uma incrivelmente arborizada Avenida Doutor Arnaldo, com apenas duas faixas de cada lado da pista...Detalhe: não é a primeira vez que mostramos esta região onde nasce a Avenida Doutor Arnaldo...Quem tiver curiosidade, está nos posts sobre o restaurante ''Pinotage'', situado no bairro de Perdizes...
Revista ''Fast Company'': os planos de Jeff Bezos( ''Amazon'')para fazer do Kindle o novo Ipod...
A edição de agosto da revista norte-americana ''Fast Company'' circula com Jeff Bezos( empresário criador da ''Amazon'')na capa, e expõe seus planos de seguir os passos bem-sucedidos de Steve Jobs, da Apple...O texto, do qual expomos apenas alguns trechos ilustrativos em tradução livre, é de Adam L. Penenberg: ''Recentemente, Bezos afirmou que os ''e-books'' do Kindle adicionaram 35% às vendas físicas de livros feitas pela Amazon(...)O analista do Citygroup Mark Mahaney estima que a Amazon vendeu meio milhão de Kindles o ano passado, e projeta o seu lucro anual- incluindo a venda de ''e-books'' e aparelhos próprios para lê-los como o Kindle- na faixa de U$1.2 bilhão no ano de 2010. A compania informa que 275 mil títulos estão disponíveis no formato do Kindle, incluindo aproximadamente todos os 112 best-sellers da lista do jornal The New York Times. A Amazon não disfarça os seus planos, e informa na página do Kindle que 'Nosso projeto é ter todos os livros impressos, em qualquer linguagem, todos disponíveis em menos de 60 segundos''. Muito bonito. Mas quais serão as consequências de toda esta concentração de poder nas mãos da empresa chefiada por Bezos? ''Jeff Bezos'', continua Adam Penemberg, ''está tentando fazer com os Editores o que Steve Jobs, da Apple, fez com a indústria da música''(...)''Se isto acontecer, os editores de livros terão motivos para temer muito mais do que apenas a redução de sua influência. A Amazon poderá retirá-los do jogo completamente, transformando-os nos últimos intermediários órfãos graças à nova tecnologia''... Qual é o peso atual da Amazon? ''A Amazon comanda no plano online, fazendo talvez cerca de 10% ou 15% do total de vendas de livros- mas mantendo uma faixa de mercado de 80% nas vendas feitas pela Internet''. No plano online, concluímos, a Amazon já é virtualmente um monopólio...Mas pretende muito mais...Um editor afirma que o Kindle poderia ajudar a Amazon a ''superar tradicionais editores, por meio de acordos estabelecidos diretamente com autores de grande vendagem''. Adam L. Penemberg, da revista ''Fast Company'', frisa que ''a indústria editorial é especialmente vulnerável porque é um negócio de ''hits'', com um pequeno número de títulos de grande impacto( ''Harry Potter'', ''Crepúsculo'', entre outros)subsidiando todo o resto. Tire dos Editores de Livros os ''best-sellers'', e eles ficarão apenas com as vastas operações não-lucrativas''. Para os autores de livros de grande vendagem, isto poderia até representar um lucro: ''Ao invés do autor famoso receber apenas a taxa padrão de 15% sobre a venda de uma edição de capa dura, por exemplo, a Amazon poderia simplesmente fixar uma cota de 20% a título de distribuição, enquanto o autor receberia todo o resto''...Neste modelo de negócios, enfatiza o Editor entrevistado, ''tudo é estruturado para que você, como o detentor da propriedade intelectual, fique com a ''parte do leão''( ''get the lion's share'')de todo o lucro líquido, e não os Editores. Se os ''e-books'' decolarem, a Amazon poderia simplesmente cooptar os autores mais vendidos, e os Editores se veriam subitamente privados de suas fontes mais rentáveis de lucros''...Mais: a pretexto de cortar as despesas de distribuição, a Amazon poderia simplesmente optar por imprimir diretamente os livros...''O ano passado, como punição aos editores que recusaram reduzir suas margens de lucro, a Amazon desativou o botão ''1- click ordering''( pedido em apenas um clique)em uma vasta quantidade de livros expostos no seu site, tanto aqui quanto no Reino Unido- uma tática que o NYT qualificou como ''a opção nuclear''. Em uma carta aberta a seus autores, Tim Hely Hutchinson, Chefe Executivo da Editora Hachette na Inglaterra, vergastou as ''crescentes demandas'' da Amazon e frisou que, caso isto continue, ''não demorará muito para que a Amazon virtualmente fique com todo o lucro que atualmente é dividido entre autor, editor, distribuidor, impressor, e outras partes''. E qual a situação atual da Apple, empresa que serve como referência para os ambiciosos planos de Jeff Bezos? Steve Jobs ''estabeleceu um virtual monopólio sobre a distribuição digital de música online, e, até o presente momento, mantém uma participação de mercado de 87% dos downloads. Neste processo, incrementado pela invenção do Ipod- que lhe garante uma fatia de 70% de todas as vendas de aparelhos de MP3- além da criação do Iphone, tudo isto representa atualmente mais de 40% dos lucros totais da Apple''...Mas, até o momento, há uma significativa diferença entre as duas empresas: ''enquanto a Apple recebe centavos por cada canção baixada em seu site, a Amazon atualmente perde dinheiro em muitos títulos, com editores recebendo entre U$12 e U$13 por ''e-book''. Você pode achar que ,devido ao fato de os editores lucrarem com tal arranjo, eles estariam satisfeitos. Não estão. A Amazon está criando uma mentalidade de ''preços baratos'' na mente dos consumidores, e redefinindo o custo de um ''livro'' do mesmo modo que a Apple fez com a música...''. Por enquanto tudo não passa de simples conjecturas em um mercado no qual os ''e-books'' representam apenas cerca de 1% a 3% do total de livros vendidos, mas a situação- como mostram os ''fenômenos de Internet'', a exemplo do Twitter- pode mudar completamente em questão não de anos, mas de meses...A própria Amazon, continua o texto de ''Fast Company'', possui suas fragilidades. Uma delas reside no fato de que a Apple poderia estar concebendo, neste exato momento, o seu próprio modelo de ''e-book'', com tela colorida, tocador MP3, DVD Player, etc...A entrada de uma empresa com a dimensão da Apple no mercado de ''e-books'' pode representar, ao menos neste instante, um alento para os Editores de Livros- conclui o artigo de ''Fast Company''. Nada melhor que a competição para evitar que eles fiquem , literalmente , ''nas mãos'' de uma empresa só. Porém um alerta: a empresa de Cupertino ( California, sede da Apple)raramente entra em uma partida que não seja para ganhar. E ''de goleada''...Alcnol.
Chegada a Viracopos e uma cena: cachorro dorme ao lado da fila dos ônibus e táxis...
Final da visita a Curitiba...
Manhã de segunda-feira passada( 03/08). Dia ensolarado. Parece que a cidade deseja mesmo ''enxotar-me'', após alguns dias deliciosos de frio...Mas não se engane: mesmo com sol, a máxima em Curitiba naquele dia não passaria dos 17 graus centígrados...Fotos: programa matutino local e Aeroporto Afonso Pena( que saudade dos dias com ''neblina'', quando o Aeroporto fecha...). Alcnol.
Na ''capital dos derivados de leite'' uma surpresa no mercado: iogurte de soja...
Este pequeno iogurte de soja da marca Batavo- o único do tipo existente no Brasil, diga-se de passagem- é difícil de encontrar até na capital paulista. E também em Curitiba, já que estamos na segunda visita a um supermercado do mesmo grupo- e só neste último é que encontramos o nosso iogurte sabor morango...Ideal para um lanche nesta noite de domingo, após assistirmos o programa ''O Guia''( com Josimar Mello, crítico gastronômico renomado- fotos 1,2 e 3, cidade de Londres), no NatGeo...
Fim de tarde de domingo na Avenida 7 de Setembro, em Curitiba-PR...
Embora o dia tenha iniciado com uma chuva, que destroçou as varetas do primeiro de meus dois guarda-chuvas adquiridos na capital paranaense, e prosseguido nublado, no final da tarde foi possível até ver ao longe, entre os imponentes edifícios da Avenida 7 de Setembro, os coloridos raios do sol poente...Confira com seus próprios olhos, para ver se estou exagerando...
O jogo de domingo na TV: Atlético-PR X Fluminense...
Tomados os sucos, hora de correr para o hotel para assistir o segundo tempo do ''jogo do dia'' na TV paranaense: Atlético-PR X Fluminense( disputado em Londrina graças à punição de 1 jogo sofrida pelo time paranaense, após os conflitos entre torcedores ocorridos no último clássico ''Atletiba''...). São Paulo capital deve ter assistido Vitória-BA 0 X 1 São Paulo...Após um golaço de Paulo Baier feito ainda no primeiro tempo, o que se viu foi um festival de faltas e empurrões- como é comum nos atuais jogos pelo Brasileirão. O Flu ainda criou duas excelentes chances de gol nos 5 minutos finais( bola na trave e defesa do goleiro atleticano Galatto), mas não deu para reverter o resultado: Atlético-PR 1 X 0 Fluminense. Hora de correr para o mercado mais próximo, para garantir o lanche noturno de domingo...
Parada para mais um suco, antes de voltar para o hotel...
Ao todo, entre sucos tomados nestes quiosques presentes nos principais shoppings e nos restaurantes visitados, devo ter bebido cerca de 10 sucos naturais nesta curta passagem de 3 dias pela capital paranaense...Me pergunto por que estes quiosques de sucos não são comuns também em São Paulo, e só há uma explicação. Paulistanos preferem opções rápidas e ''práticas''( que dêem ''pouco trabalho''). Por isto, nada mais ''conveniente''( para os vendedores, claro, não para nós consumidores...) que a predominância nos centros comerciais da capital paulista de refrigerantes e outros líquidos artificiais transportados em ''práticas'' caixinhas...Afinal, remover todas estas cascas e caroços de frutas seria uma ''trabalheira'' só, não é mesmo? Sendo assim, seria praticamente impossível fazermos, na capital paulista, a nossa simples ''prevenção'' em relação a todas estas gripes que nos rondam: a ingestão frequente de sucos extraídos diretamente de frutas que contém Vitamina C( o remédio ''clássico'' contra as gripes e resfriados de todos os tipos...). Nestas horas, prefiro muito mais o ''atraso'' de outros grandes centros do que todo o ''progresso'' de São Paulo...Na capital paulista ainda temos poucas opções do gênero deste quiosque aí, e mais nos shoppings da chamada ''periferia''...Alcnol.
Shopping Palladium...
Como vocês podem constatar nesta série de posts sobre a cidade de Curitiba-PR, a única ''precaução'' que tenho tomado contra a chamada gripe ''H1N1'' é o consumo irrestrito de sucos naturais( limão, laranja com abacaxi, laranja com mamão- todos, lógico, sem gelo...). Enquanto as nossas autoridades emitem sinais desencontrados( o Ministro da Saúde apareceu na televisão afirmando que está ''tudo sob controle'', enquanto médicos e demais autoridades sanitárias recomendam que se evite os ''lugares públicos''), felizmente uma multidão continua a seguir a sua própria intuição, e faz deste domingo apenas mais um domingo cotidiano como tantos outros na capital paranaense: dia de almoçar fora e curtir algumas horas em um shopping center...Contra o medo e o pânico instigados por alguns, inclusive da mídia, não poderia haver ''antídoto'' melhor: é hora de seguir as nossas vidas normalmente, tomando as devidas precauções- é claro...Eis a antítese perfeita de todo este discurso ''sanitarista/militarizante'' ,de ''combate'' ao vírus invisível e ''perigoso'': os shoppings estão cheios, como sempre. Melhor isto do que a assustadora visão oposta: ruas e shoppings vazios, e as pessoas ''encolhidas'' e temerosas dentro de casa, à espera das soluções ''milagrosas'' das nossas autoridades...Isto sim, me daria medo...Alcnol.
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