Se eu não tivesse visto todas estas marchas que convergiram por diversas avenidas até a Plaza de Mayo, seria dificílimo calcular quantas pessoas participaram deste ato.
Isto porque o PIOR lugar para se assistir qualquer manifestação é ali, no meio do povo...
Explico: à medida em que todos começaram a instalar-se em seus postos- fazendo as cerca de 300 cadeiras instaladas no meio da praça parecerem poucas- a visibilidade tornou-se quase nula.
Como enxergar alguma coisa em meio a tantas bandeiras e bandeirolas?
Talvez o centro do palco fosse uma boa posição, se não fosse exclusivo para oradores e, pior, se também não estivesse localizado CONTRA O SOL...
Para piorar tudo, ainda estava FAMINTO: o pequeno lanche que fiz em uma famosa cafeteria norte-americana instalada nas imediações( incluindo ''panes de queso''- pães de queijo- voltados principalmente para clientes brasileiros)não substituiu o almoço que perdi em Palermo...
Restava-me dar uma pequena volta pela Plaza de Mayo, fotografar alguma coisa e, oportunamente, ''sair à francesa''...
Depois de um início surpreendente, a manifestação torna-se convencional, como todas as demais em qualquer parte do mundo...
Minha pequena ''missão''- registrar um ato político/sindical de Primeiro de Maio na capital argentina- estava cumprida.
E os discursos?
Quem estava preocupado com discursos a esta hora do dia?
Este era o meu último dia em Buenos Aires, e ainda havia muita coisa para ver/rever...
A seguir, embarcaremos no ''subte''( metrô)até o ''Rio de Janeiro''...
Alcnol.
PS: A imprensa local não fez qualquer estimativa sobre o número de presentes a este ato. Calculando que a gigantesca coluna do Partido Obrero que percorreu a Avenida de Mayo até as imediações da Avenida 9 de Julio tivesse entre 8 mil e 10 mil manifestantes, acho razoável avaliar o número TOTAL de presentes entre 12 mil e 15 mil. Isto porque as colunas menores de outras organizações( PSTU, IZQUIERDA UNIDA e PTS)tinham entre 300 e 500 manifestantes ao todo.