Por que ainda vamos ao cinema? Eu tenho uma obsessão, a de encontrar um filme ''perfeito''. Por isto, semana após semana, tenho encontro marcado com o que há de mais recente na cinematografia mundial. São Paulo, além disto, nos proporciona um contato mais direto com filmes de países que estão fora do ''circuito'' tradicional de cinema: Tailândia, Cingapura, Egito, Síria, Leste Europeu, entre outros. Já afirmei aqui ser um apreciador incondicional do cinema que vem do Oriente. Além da temática ''exótica'' e original, o ritmo das películas também é mais lento- e mais próximo do cinema da época ''clássica'' ( em seu auge, para dizer a verdade)...Além do que eles são também repletos de imagens das lindas metrópoles daquela região...E hoje, graças a esta Mostra do CCBB que está exibindo, infelizmente talvez pela última vez no Brasil, inúmeras ''pérolas'' da cinematografia que vem do Leste, acabei assitindo um filme que, se não for perfeito, é um dos mais belos que já vi em toda a minha vida...A belíssima obra, de autoria do diretor Pen-Ek Ranamaruang- da Tailândia- chama-se ''Last Life in the Universe''( A última vida do Universo). Segundo a resenha do guia da Mostra, ''Bibliotecário japonês em Bangkok está a ponto de se jogar da ponte quando testemunha a morte de uma garota. Neste momento, entra em sua vida a irmã mais velha dela''. Não se enganem por este resumo: esta não é mais uma banal ''estória de amor''. Antes alguns detalhes: o rapaz que está para se jogar da ponte é um suicida crônico. Seu irmão o apresenta aos amigos como o ''meu irmão maluco''. O apartamento do suicida é repleto de livros, em várias estantes e em pilhas espalhadas pelo chão...Toda vez que o nosso amigo tenta matar-se, ele é interrompido por alguma coisa...Ele realmente vai se envolvendo com a irmã mais velha da moça atropelada, mas a estória- com uma música lenta maravilhosa de fundo e um ritmo lentão que parece querer levar-nos ao ''nirvana'', com inúmeras imagens belíssimas do mar da Tailândia- foge do óbvio. Não ocorrem as tradicionais e esperadas cenas de sexo...Aliás, nem sequer há sexo entre os dois, implícito ou explícito..Mas nota-se, pelas entrelinhas, que eles acabam se apaixonando um pelo outro. Assistir um bom, digo, um ótimo filme é como comer um prato especialíssimo ou ler uma obra-prima: todas estas são formas de transcender as questões ''menores'' do cotidiano e nos aproximar-mos mais do ''Paraíso Celestial'' aqui mesmo na Terra...E este filme, este perfeito filme, conseguiu levar-nos o mais próximo disto que já conseguimos nos últimos anos...''É tudo isto?'', vocês perguntariam. É. É belo, sutil, profundo, divertido, deixa-nos em verdadeiro estado de êxtase...Perdemos a noção do real, do tempo, torcendo no nosso mais profundo íntimo para que este imenso prazer jamais acabe. E, como já dito no início, não é justamente isto que tanto buscamos no cinema? O genial cineasta tailandês, transcendendo mesmo as tradicionais fórmulas de se fazer um ''filme de arte'', chegou lá. Ao ponto. Ao alvo. E ,assim como ,após comermos uma inesquecível refeição, podemos dispensar outras comidas pelo resto do dia, ter assistido este pequeno tesouro cinematográfico me deixará satisfeito- total e plenamente satisfeito- por um bom tempo...Alcnol.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Pequeno flagrante jornalístico: passeata da candidata Soninha no centro da cidade...
Parece que os candidatos adoram o ''centrão''. Após ter tirado há uma semana fotos do candidato do PSOL, Ivan Valente, novamente tivemos a sorte de estar no ''lugar certo e na hora certa''...E olha que eu nem queria sair com o celular hoje...Próximo ao Viaduto do Chá, avistei uma pequena aglomeração de bandeiras amarelas. Até pensei que era o PSOL, de novo. No entanto, estava em curso o início de uma passeata pró-Soninha(PPS)Prefeita. Na frente, caminhando a passos rápidos- o que dificultou um pouco as fotos- a própria candidata. Confesso que já tinha declarado o voto em Alckmin, mas ter visto a Soninha de perto me deixou um pouco mais indeciso...A razão, e os motivos expostos, me diz para votar nele. O coração está com ela, com a coragem que ela teve de introduzir diversos temas inéditos e ''incômodos''- inclusive o Pedágio Urbano...Ainda tenho um dia e pouco para refletir melhor...Soninha e Gabeira- quem foi que disse que a política não tem jeito? Alcnol.
Mistérios de São Paulo: as ''duas'' Ruas da Consolação...
Na verdade, é bom esclarecer, só há oficialmente UMA Rua da Consolação. No entanto, na prática é como se houvesse duas. Vou explicar. A parte mais conhecida da movimentada via é aquela que conduz ao centro da cidade. É esta que vemos por ocasião da São Silvestre, em que os atletas saem da Paulista e ''descem a Rua da Consolação''. Eu também faço isto todas as semanas, quando vou para o centro ou no sentido Higienópolis( como opções também temos a Avenida Angélica, a Rua Augusta, a Rua Bela Cintra...). Esta, repetimos, é a parte digamos ''oficial'' da Rua da Consolação, que todos conhecem. No entanto, e isto é o mais surpreendente em uma cidade cheia de surpresas, existe uma ''outra'' Rua da Consolação- sentido Jardins- muito mais calma (ver fotos...). E, pasmem!, não há uma ligação entre as duas metades da mesma rua!!!? Isto mesmo que você leu...Vejam só as fotos das ''duas'' ruas, e vejam se há alguma coisa em comum entre as duas...A parte que conduz ao centro tem 4 pistas de cada lado, enquanto a parte sentido Jardins só tem um rumo- e com espaço para apenas dois carros passarem lado-a-lado...Incrível esta São Paulo, não??? Adivinhem, pelas fotos, a ''qual Rua da Consolação'' elas se referem...Alcnol.
Volta ao normal- almoço no Ici Bistrô
Após um dia inteiro praticamente dedicado à elaboração de posts sobre política, volto aos poucos ao normal. O dia da eleição ainda não chegou, mas sinto neste momento uma irresistível vontade de falar sobre coisas mais amenas do cotidiano. Há momentos em que nossas mentes ''travam'' diante de tantas ''ladainhas'' políticas ou econômicas...As fotos deste post mostram o local de meu almoço na última quarta-feira, um bistrô em Higienópolis- na Rua Pará. É a segunda vez que como no lugar. Tenho um critério pessoal para definir os melhores restaurantes: são aqueles em que podemos variar os pratos pedidos ''sem risco de errar''. É o caso deste pequeno bistrô, ao melhor estilo francês. Na primeira vez pedi picanha de cordeiro, e estava excelente. Na segunda e última ida ao Ici Bistrô, até pensei em repetir a opção conhecida. No entanto, acabei me interessando por um atum com crosta de gergelim. Acho que foi esta crosta, e o tempero, que acabaram dando um gosto sensacional ao prato- quase como se estivesse devorando um ''bom bife''...As fotos tiradas são de uma bela área externa no segundo andar do bistrô, que só funciona- infelizmente- nos finais-de-semana...O salão principal, ao melhor estilo da França, é escurinho e acolhedor- com mesas bastante próximas umas das outras( como em Paris...). A comida- bom avisar para os ''glutões''- é ''pouca''. Afinal, o local é um bistrô ''francês''...Mas já estamos nos acostumando a comer em poucas- e saborosas- porções. Quem quer comer muito que vá às cantinas italianas- inúmeras em São Paulo- ou aos restaurantes portugueses de fartas porções...
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