Reflexões sobre o tempo, usualmente, servem como um ''quebra gelo'', um início de conversa. Motoristas de táxi, por exemplo, estão sempre reclamando do tempo( e de tudo, aliás...). ''- Que tempo horrível'', dizem quando não faz sol. ''- Que calor insuportável'', é o comentário quando o sol aparece e com ele os seus acompanhamentos inevitáveis. Na contramão de quase todos neste país ensolarado, prefiro abertamente dias nublados. E não escondo esta preferência...'Tempo bom'', para pessoas como eu, apenas quando chove e a temperatura cai para menos de 20 graus...Algo, diga-se de passagem, cada vez mais raro na cidade de São Paulo e até mesmo em lugares mais ao Sul como Curitiba e Porto Alegre...Gostar do que todos odeiam pode parecer um caminho certo para a infelicidade. Por algum motivo nascemos nestas paragens, e não em uma praia deserta e gelada nas imediações da Patagônia. Ingleses reclamam de tudo, é a revelação do recém-publicado livro ''Geografia da Felicidade''. Ao responder que estava naquele belo país para pesquisar sobre a ''Felicidade'', seu autor foi tratado quase como um terrorista...E o que mais gostam de fazer estes ''intratáveis'' britânicos? Reclamam de tudo, inclusive de um tempo que faria a alegria de pessoas como eu( quase sempre chuvoso)...Resumindo: a insatisfação parece ser inerente à espécie humana. Melhor seria contentar-nos com o que temos, e não com o que aspiramos. ''Mais vale um pássaro na mão do que dois voando'', diz o ditado. Outro dia destes estive em uma cidade bastante quente do Sudeste- Vitória/ES- e estava fazendo cerca de 32 graus. Mas só percebi um certo incômodo ao caminhar pelas ruas à procura de um táxi. Dentro do táxi, assim como de restaurantes, hotéis e shoppings, a temperatura estava bem agradável e...fria...graças aos aparelhos de ar condicionado...Outro dia, um dia chuvoso e meio frio aqui em São Paulo, escolhi ficar na varanda externa do restaurante ''Dalva e Dito''. E, enquanto degustava a minha ''galinha d'angola'', ouvia sistematicamente diversas pessoas preparando-se para sentar nas mesas mais próximas e desistindo na última hora ''por que estava muito frio''. Detalhe: todos estavam mal agasalhados para aquele tipo de temperatura...Em especial as mulheres, que costumam andar com menos roupa do que nós, homens... Como não podiam pedir para ''desligar ou diminuir o ar condicionado'', desistiam e corriam prontamente para o interior do estabelecimento...O ser humano procura sempre evitar o incômodo. Para muitos, o ''frio'' em uma varanda de São Paulo. Para outros, como eu, chato é ter de andar molhado de suor em um dia ensolarado e quente. Mas detalhe: alguém da família já descobriu que, no Rio de Janeiro, eu não reclamo de nada...Alcnol.
domingo, 26 de abril de 2009
Melhor matéria do fim-de-semana...
Sem dúvida nenhuma outra matéria publicada nos jornais do último fim-de-semana é capaz de superar a ''Tempo, tempo, tempo, tempo''( de autoria de Karla Monteiro), publicada na revista do jornal ''O Globo'' de domingo, 26 de abril. O tema é a Aceleração dos tempos modernos. Entrevistou-se tanto a monja Cohen( budista)quanto o sociólogo polonês Zygmunt Bauman( autor, entre outros, dos livros ''Modernidade Líquida'' e ''Amor Líquido). Reproduzimos aqui, com todo o respeito à autoria da matéria, alguns trechos desta excelente entrevista com Bauman. SOBRE OS JOVENS: ''(...)Esse ritmo é o ritmo do tempo em que habitam, um tempo que abortou o que eu chamaria de tempo livre, o tempo não preenchido com o consumo de imagens, sons, gostos e sensações táteis(...)Nós somos seres que se escoram no que vem de fora. Perdemos a capacidade de nos auto-estimular. Estar sozinho- a liberdade de gastar o tempo com nossos próprios pensamentos, perseguida e sonhada por nossos ancestrais- é identificado hoje com solidão, com abandono, com a sensação de não pertencer. No MySpace, no Facebook ou no Twitter, o ser humano enfim conseguiu abolir a solidão, o olho no olho consigo mesmo''( nosso grifo, página 36). NOVA FASE DE ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, NEM CÍCLICA NEM LINEAR: ''(...)uma forma de vivenciar a passagem do tempo que não é nem cíclica nem linear, um tempo sem seta, sem direção, dissipado numa infinidade de momentos, cada um deles episódico, fechado e curto, apenas frouxamente conectado com o momento anterior ou o seguinte, numa sucessão caótica. As oportunidades são imprevisíveis e incontrolájveis. Então a vigilância sem trégua parece imprescindível. Esse tempo da modernidade líquida gera ansiedade e a sensação de ter perdido algo. Não importa o quanto tentamos, nunca estaremos em dia com o que aparentemente nos é oferecido. Vivemos um tempo em que estamos constantemente correndo atrás. O que ninguém sabe é correndo atrás de quê( nosso grifo)''.- O que o senhor apontaria como o epicentro da aceleração que tornou o mundo tão rápido e tão raso ao mesmo tempo? ''- A sociedade pegou a estrada de uma vida orientada somente pelo consumo. O ser humano autossuficiente e satisfeito nas suas necessidades materiais ou espirituais perdeu o jogo para o mercado. Qualquer caminho que satisfaça os desejos e que não esteja ligado a compras e lucros é amaldiçoado. Vivemos o tempo do conecta e desconecta''( página 36 da revista de ''O Globo''). Concluímos com o interessante depoimento do matemático Marcos Cavalcanti, pesquisador da Coppe/UFRJ e integrante do Novo Clube de Paris: ''- Não adianta ter só informação. Um computador manipula melhor do que qualquer ser humano o conhecimento explícito. O que o computador não sabe é se está faltando uma pitada de sal para realçar o doce do bolo. E esse tipo de conhecimento só é gerado com reflexão, concentração, investimento pessoal( nosso grifo), diz Cavalcanti. - Aí entra a questão do tempo. Em vez de correr para não perder nada, o ideal nesse momento é consumir pouca informação e parar para pensar. As pessoas que desenvolverem a capacidade de gerar conhecimento tácito estarão bem no futuro, valorizadas e insubstituíveis. A sociedade da informação está migrando para a sociedade do conhecimento''( nosso grifo, página 32). Sabedoras disto, inúmeras empresas- como o Google- se preocupam menos com o tempo de trabalho de seus funcionários do que com sua produtividade. E não é verdade que temos as melhores idéias quanto estamos relaxados, fazendo alguma outra atividade- como caminhar, correr, fazer amor, cochilar- não relacionada com o ''trabalho'' propriamente dito? Alcnol.
''Small is beautiful''...
Lembro-me de ter lido uma vez, há muito tempo, o texto de um economista- escrito nos anos 60 do século passado- defendendo as vantagens dos pequenos empreendimentos. Aquilo me marcou. A tal ponto que, tantos anos após, é irresistível a comparação entre esta receita- das pequenas coisas- e a tão difundida prática no Brasil das obras ''faraônicas''. São Paulo, por exemplo, tem uma predileção por ''Prefeitos- Engenheiros''. Daqueles que, sob qualquer pretexto, vendem como ''solução'' para os infindáveis engarrafamentos a construção de mais elevados e túneis...Se as ruas andam sujas como nunca não importa. Façamos uma nova ponte, construamos uma nova estrada, alarguemos as Marginais...São Paulo não pode parar! Um ex-Governador do Distrito Federal revelou em um debate pela TV com seu oponente que ''obras abaixo da superfície não dão votos''. As tais obras, e ele mostrou isto através de sua prática como governante, devem ser vistosas, aparentes. Mesmo que super-faturadas...A julgar pela leitura dos jornais, que impressiona os mais incautos, o país está uma m...''Nada dá certo'', ''nada funciona'', ''estamos todos entregues nas mãos de corruptos'', eis a ladainha que ouvimos todos os dias. Ouso afirmar algo contrário a isto, ao menos parcialmente. O país está repleto de boas iniciativas( já sinto o rosnar de alguns...). No entanto, estas boas iniciativas estão isoladas como ilhas. O papel de um bom governante seria o de fomentar projetos como o do fechamento de bares às 11 horas da noite, que garantiu um expressivo declínio no número de ocorrências policiais em Diadema- SP. Algo bem simples, compreensível pela população em geral, e factível sem ter de empregar fortunas do dinheiro público. Neste exato momento, alguns municípios do interior de São Paulo estão começando a aplicar um ''toque de recolher'' para menores de idade. Todos devem voltar para suas residências a partir de um determinado horário. Nada de menores frequentando bares e postos de gasolina desacompanhados ou acompanhados de amigos que igualmente fazem consumo de elevadas doses de substâncias entorpecentes, sob as vistas grossas de comerciantes inescrupulosos. Ótima iniciativa. A lamentar apenas o fato de se tratar de práticas isoladas. Onde estão os demais governantes que não imitam estes belos gestos? Sabem qual é o maior ''mal'' do Brasil? É o fato de nossas autoridades e lideranças políticas estarem o tempo todo tentanto ''inventar a roda''. Tratam o país como se fosse uma ilha perdida e isolada do restante do mundo. O tempo inteiro estamos inventando novas leis, enquanto não garantimos sequer que as anteriores sejam conhecidas e cumpridas pela população. Quando algo não dá certo, e ocorre um ''acidente'', apela-se para as tradicionais promessas de ''investigar tudo e punir os culpados''. Pois em um país de Terceiro Mundo é necessário sempre achar um ''culpado''. Confesso estar cansado a esta altura de minha vida de caçar estes eternos ''culpados''. Que tal nos preocuparmos mais em resolver problemas? Em buscar- sem medo de copiar descaradamente como é comum em países como o Japão e a China- os melhores modelos e soluções onde quer que se encontrem no mundo inteiro, e transplantálos para cá com as devidas adaptações às nossas especificidades? Boas iniciativas e práticas- como a relatada na última crônica de Ignácio de Loyola Brandão em sua coluna no ''Estadão'' da última sexta-feira, em que descreve uma escola pública em Teresina( PI)na qual os estudantes lêem cerca de 10 livros por mês, muito mais do que inúmeras pessoas ditas ''escolarizadas'' de classes mais elevadas inclusive...- não faltam. Só o Estado- bem governado, claro- pode contribuir para descobrí-las e fomentá-las, disseminando-as por todo o território nacional. E dizer que a cerca de 40 anos atrás estávamos no mesmo nível da Coréia do Sul...Por que paramos? Por que estagnamos? Por que repetimos as piores práticas de Terceiro Mundo ao invés de nos nivelarmos a um grupo reduzido de nações que constituem um exemplo para o resto? É hora de redescobrir que ''small is beautiful''( o pequeno é belo)...Alcnol. PS: O nome japonês para pequenas e contínuas mudanças, para melhor, é ''Kaizen''...Graças a estas práticas cotidianas, hoje a maior montadora de automóveis de todo o mundo é a Toyota, e não a Ford ou a GM...
Que tal darmos uma voltinha?
Em tempos de crise, a indústria automobilística inventa de tudo: desde carros chineses ''fabricados''( ou montados?)no Uruguai, até o veículo indiano fabricado pela Tata Motors com preço de apenas 2 mil dólares, sem contar o pequeno ''Smart'' da Mercedes Benz( vendido aqui por quase 60 mil reais...). Em uma rápida volta pelo centro da cidade de São Paulo, flagrei um veículo que pode ser a ''solução'' para problemas que afligem a civilização moderna- como os engarrafamentos...''Que tal darmos uma voltinha?''. Os mais céticos replicariam: ''será que ele anda?''. Alcnol.
Quem diria: segundo economista o funcionalismo público é ''exército anticrise''
Estamos acostumados aos tradicionais posicionamentos dos veículos de comunicação- em especial a revista ''Veja''- contrários ao ''inchaço'' da máquina pública e às ''mordomias'' dos ''marajás do serviço público''. Contrariando estes clichês da imprensa nacional o jornal paranaense ''Gazeta do Povo''- em sua edição deste domingo, 26 de abril- publica em manchete que, segundo um economista, o ''Funcionalismo é exército anticrise''. Segundo o periódico, ''a consultoria paulista LCA vai na contramão do mercado ao prever um aumento de 0,9% no Produto Interno Bruto( PIB)brasileiro em 2009''. O motivo desta surpreendente previsão, que contraria estimativas do mercado que variam de 0,5% a 1%( previsão do FMI),está relacionado ao poder de compra dos servidores públicos. Ainda segundo o ''Gazeta do Povo'', ''a partir de dados do IBGE, a LCA chegou à conclusão de que servidores públicos, juntamente com aposentados e pensionistas, respondem por 35%( trinta e cinco por cento)da ''massa de rendimentos'' do país. Ou seja, quase um terço da renda nacional seria ''imune'' ao movimento de demissões e reduções de salários observado no setor privado desde o estouro da crise. ''Grande parte da renda não depende do mercado. Por isso, emprego público, aposentadorias e pensões amortecem a queda do consumo'', argumenta o economista Francisco Pessoa da LCA. ''Esses amortecedores, e outros fatores positivos como a queda da inflação, não estão sendo considerados nas projeções mais pessimistas''. Destaque-se que, normalmente, o discurso dominante defende a privatização e o fim do ''inchaço'' na máquina pública. No entanto em tempos de crise, em que a reação do ''mercado'' tem sido a pior possível( demissões e cortes de salário nem sempre justificados), uma vez mais o sistema recorre aos cofres publicos. A revista de negócios ''Dinheiro'' desta semana- edição do dia 29/4- revela que até agora os Governos ao redor do mundo já gastaram cerca de U$13 TRILHÕES( 13 TRILHÕES DE DÓLARES)para tentar debelar a atual crise financeira...Outra prova de que o economista citado acima pode estar certo é que, enquanto diversas outras capitais de Estado tentam lidar com a ameaça de recessão, em Brasília- cidade que possui o maior número de servidores públicos de todo o país- o mercado imobiliário não para de crescer, assim como a venda de automóveis...Tão condenados anteriormente o Estado e seus servidores- quem diria?- agora são vistos como ''salvadores'' no contexto de uma crise gerada no interior do ''onipotente mercado'' que, dizia-se com frequência, deveria ser ''liberado de suas amarras'' para conduzir o país ao desenvolvimento...Alcnol.
O dia em que não odiei o sol...
Conversando com um amigo proveniente de minha cidade natal- Brasília- constatei que a preferência por lugares mais frios comporta até mesmo posições ainda mais radicais que a minha. ''Não suporto o sol'', ele disse. Na hora achei engraçado, e depois até repassei o que havia ouvido para uma conhecida admiradora do sol e de climas quentes, que ficou horrorizada...Esta sexta-feira o tempo paulistano conseguiu simplesmente agradar a todos nós ao mesmo tempo: um início de dia chuvoso, seguido por um sol aberto- momento em que decidi atravessar a Paulista para almoçar. Estava ensolarado mas não quente, para meu prazer e surpresa. 22 graus marcava o relógio de rua em frente ao Conjunto Nacional. Um dia típico de outono em que descobri um novo matiz em minha relação com o sol: percebi que, ao menos por alguns minutos, podia sentir o prazer de caminhar por baixo de seus raios e me inebriar com o calorzinho que ele emanava. Sem pensar sequer em sacar de pronto o meu protetor solar do bolso...A razão de tanta tranquilidade? Este passeio tinha tempo marcado para terminar...Mal cheguei à esquina da Paulista com a Augusta, e decidi descê-la no sentido Jardins, optei de pronto pelo lado com sombra...Sequer pestanejei ao fazê-lo... Minha fugaz relação alegre com o sol - contrariando a tradicional preferência por dias nublados e frios -estava encerrada...Algumas passadas e, 5 minutos após, estava no Zucco- ''bombando'' àquela hora. Espera necessária, no que aproveitei para dar uma folheada nos suplementos de final-de-semana que são publicados na ''Folha de São Paulo'' e no ''Estadão'' às sextas-feiras. No do ''Estadão'' vou logo para a coluna da última página, para os hilários comentários sobre cinemas do ''Cri-crítico'' e para a página sobre novidades na parte de restaurantes. Minha espera de cerca de 30 minutos, às duas da tarde, comprova que o ''Zucco'' parece ter escapado do cruel destino que o público paulistano dá aos lugares ''da moda''( super-lotados de início, não resistem a alguns meses de mesas semi-vazias...). Ao degustar lentamente o prato que pedi- costeletas de porco- entendi muito bem por que: gosto suave, amenizado pelo molho, e carne tão macia que derretia na nossa boca. Não costumo comer carne de porco, mas estou mudando meus hábitos por conta de um amigo quiroprata( Doutor Lincoln, que se reveza entre Brasília e São Paulo, afirma que ela é muito mais saudável do que a carne bovina cheia de hormônios para crescimento...). Enquanto me entretia com aquela carne de porco tão deliciosa que mais parecia carne comum, bovina, o incrível tempo paulistano continuava a aprontar das suas. De repente, todas as pessoas que passavam pela varanda do ''Zucco'' passaram a ostentar solenes guarda-chuvas. O sol de meia-hora atrás, aquele sol suportável, já havia se escondido para dar lugar a nuvens e chuva...Mas não deu tempo sequer de terminar o cafe para o mesmo sol dar as caras novamente, justo na hora em que me preparava para subir a Rua Augusta rumo à Avenida Paulista. Peguei algumas contas e correspondência em geral em meu antigo edifício e, ao me aproximar do Conjunto Nacional, nova mudança de tempo: outra chuva, bem mais forte que a primeira. Para não molhar os documentos, o jeito foi comprar um guarda-chuva( mais um para a coleção)por 10 reais com um dos camelôs que sempre aparecem como que por ''mágica'' nestas horas...E assim permaneceu o tempo, nesta inesquecível sexta-feira de outono na cidade de São Paulo: abre e fecha, com intervalos curtíssimos entre uma coisa e outra. Ilustro este post com algumas fotos tiradas no final da tarde entre prédios da região dos Jardins, que dão uma boa idéia do que é um ''pôr-do-sol''( com a agradável exceção daquela praça com este nome no Alto de Pinheiros)entre os inúmeros ''espigões'' que abundam nesta cidade e que, ao chegarmos de avião, nos dão um ar de ''pós-tudo''( um misto de admiração e receio pela loucura que o ser humano é capaz de criar): em uma hora de emergência, qual será a instrução que pilotos de avião recebem? Onde pousar? Qual será a ''brecha'', o ''atalho'' utilizado para evitar uma colisão de maior profundidade? Naquele vôo da TAM ,que vinha de Porto Alegre e colidiu nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, nada foi possível fazer...Alcnol.
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