terça-feira, 31 de maio de 2011

''Timão Tricolor'', ou a polêmica sobre a nova camisa do Corínthians...

No último domingo o Corínthians- time do qual estou longe de ser ''simpatizante''- jogou pela primeira vez com sua nova camisa número 3. E, a exemplo de vários times europeus, o clube do Parque São Jorge, optou por uma cor diferente: o grená( vinho ).
No dia seguinte, e a nosso ver de modo muito oportuno, o jornal Folha de São Paulo circulou com a seguinte manchete na capa: ''Timão Tricolor''. Mostrava um membro de torcida organizada que, revoltado com a ''traição'' às cores tradicionais do time, exibia a camisa tradicional para um dos jogadores ''neo-grenás''.
A polêmica deve, em nossa opinião, passar longe de considerações puramente estéticas, do tipo ''curti''/ ''não curti''.
Na verdade, mesmo torcendo para outras equipes- São Paulo e Fluminense- acredito ser preocupante o papel do ''marketing'' no plano esportivo. Este é, verdadeiramente, o tema deste post.
Um dos maiores ''marqueteiros'' do século XX foi o ditador alemão Adolf Hitler. Em sua principal obra- Mein Kampf, ''Minha Luta''- Hitler dava atenção inclusive para detalhes menores que acabaram contribuindo decisivamente para sua ascensão ao Poder. Entre eles detalhes, a importância dos símbolos: o estandarte, as cores do Partido. As marchas dos nazistas pelas principais cidades alemãs tinham o aspecto de verdadeiras festas: bumbos, bandeiras ao vento, milhares de militantes marchando a plenos pulmões.
Antes que alguém pense que eu ''pirei'', mostrando uma até aqui insuspeita simpatia por ideais de extrema-direita, ressalto que este é apenas um exemplo histórico que mostra a importância de distintivos, símbolos, bandeiras, cores no imaginário popular de todos os tempos.
Os fascistas de Mussolini notabilizaram-se por suas ''camisas pretas''. E o vermelho acabou tornando-se o símbolo dos revolucionários de todo o mundo( particularmente os comunistas).
Municípios, Estados, Países, grupos e organizações políticas, todos ostentam com orgulho os seus símbolos( hinos e bandeiras entre eles). No caso de nosso país, a inconfundível combinação verde e amarelo- reconhecida mundo afora de imediato, especialmente nas épocas de Copa do Mundo...
O futebol não é diferente. Temos o ''colorado'' gaúcho( Internacional), os ''tricolores''( cada um com sua combinação distinta de cores) Grêmio, Fluminense, São Paulo, Paraná Clube, os ''alviverdes'' Coritiba e Palmeiras, os ''rubro-negros'' Flamengo, Vitória-BA, Sport-PE e Atletico-PR, os ''alvinegros'' Botafogo, Ceará, Atlético-MG e, pelo menos até aqui, o Corínthians...
Os símbolos e, por que não?, as cores de nossas equipes prediletas são parte inseparável da nossa paixão. Muitas vezes, e de modo equivocado- deixemos bem claro- estes símbolos são até mesmo confundidos com estandartes de guerra- dos quais guardam, é preciso reconhecer, uma certa semelhança- e bandos de torcedores se engalfinham em lugares públicos para supostamente ''defendê-los''. Isto só mostra a importância dos mesmos no imaginário popular...
''Marqueteiros'', ao contrário, são conhecidos por zombar de tudo. Movem-se não por paixões- sentimentos que devem considerar ''menores'', pois pouco ''úteis''- e sim por dinheiro. Comerciais debocham de tudo: costumes, religiões, símbolos históricos, nacionais, políticos( Che Guevara já foi objeto de um sem-número de comerciais...).
Exatamente por não se prenderem a nada, consideram-se ''livres'' para falar sobre qualquer assunto. O que conta- infelizmente este também é o tom de parte da Internet hoje em dia- é a ''novidade''...
 Pois bem. Um dia o tal ''marqueteiro'' a serviço do Corínthians lê em algum lugar que o time do Torino(  Itália)morreu em um acidente de avião em meados do século passado. E, admirado com a bela cor daquela equipe, decide ''homenageá-la'' criando um novo uniforme para o ''Timão''...
Não se trata de uma questão puramente estética, repetimos.
A cor escolhida, o grená, é belíssima. Outro dia até mesmo comprei um jogo de cama na loja ''Zêlo'' exatamente desta cor. Tenho várias camisas, inclusive duas de times de futebol- o Juventus da Mooca, e o Fluminense- RJ- exatamente desta tonalidade.
O problema é de outra ordem.
Esta cor notabiliza a smpática equipe da Mooca, o célebre ''Moleque Travesso'', atualmente na Terceira Divisão do futebol paulista. E é uma das 3 cores características do Tricolor das Laranjeiras( possuidor, aliás, da camisa mais bonita do futebol brasileiro...).
Revoltado, e com razão, ficou o torcedor que acordou um dia e viu algo que ''não é Corínthians''. Não tem nada a ver com a história e com as tradições daquele clube. Algo feito apenas para vender camisas e encher os cofres daquela agremiação. 
Mais acertado ainda foi o jornal Folha de São Paulo, que ''meteu o dedo na ferida'' com sua manchete ''Timão Tricolor''. Afinal, existem 7 cores principais das quais todas as outras são derivadas. Preto é a ausência de cor, dizem os livros especializados. Branco é a junção de todas as cores. Grená, vejam só, é apenas uma cor derivada do vermelho- uma subtonalidade.
Por causa da ''brincadeirinha'' de algum garoto ''marqueteiro'', naquele dia o ''Timão'' vestiu de verdade 3 cores, uma das quais derivadas do vermelho. Que notabiliza, vejam só, o seu ''arqui-rival'' São Paulo...
O título da Folha estava coberto de razão...
O torcedor tem toda a razão também, ao menos desta vez, em resistir contra estas artimanhas do marketing, feitas por gente que não sabe o que é realmente o que é sofrer por alguma coisa- ainda mais pelas vestes de uma ''simples'' equipe de futebol...
Ele, como muitos outros aliás, honra os símbolos que ostenta com orgulho em seu peito- e a tradição da equipe pela qual torce...
Alcnol.
PS: De todas as peças acima, só a almofada é ''puramente'' vermelha. Mas vejam só como se parece com as demais peças retratadas...Seria ''equívoco'' de nossa câmera digital?
PS2: Eu também não quero ver meu time vestindo azul, amanhã, por exigência de algum marqueteiro ou patrocinador...

Plataforma Superior e Rodoviária vistas do Conjunto Nacional, em Brasília...

Abaixo desta área arborizada em frente á Rodoviária está situada a Estação Central do Metrô do Distrito Federal...
A  seguir: passeio naquele ônibus especial que liga o Aeroporto ao centro de Brasília. E muitas novas fotos...

A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, vista do alto da Rodoviária...

Palco de tantos shows e manifestações políticas, a Esplanada dos Ministérios parecia tranquila naquelas primeiras horas de uma manhã de quinta-feira...
Nas 2 fotos de cima, que na verdade foram as últimas tiradas, destaque para o Teatro Nacional e para o terreno vazio, que futuramente abrigará as novas construções da Esplanada dos Ministérios, em Brasília...
Na terceira foto, destaque para os dois prédios que vimos primeiro lá em baixo: Biblioteca e Museu da República.
Impossível ignorá-los. Eles já se destacam, definitivamente, em meio ao conjunto...
Na última foto, podemos ver que até um carro de Polícia estava abrigado sob a sombra de uma das árvores da Esplanada. Afinal, faz um ''calorão''' em Brasília nesta época...
Alcnol.

O antigo prédio do ''Touring Club'', em Brasília, hoje abriga uma Delegacia de Polícia...


Passeio pelos mais recentes edifícios da Esplanada dos Ministérios, em Brasília...

Nenhuma surpresa quanto à Biblioteca. Exatamente como tantas outras, esta possui uma cara de ''caixinha''. Uma ''caixinha para guardar livros''...Se faltam verbas até para comprar livros, que dirá para conceber projetos mais criativos para as nossas Bibliotecas...
 O que nos ATRAIU MESMO, ''EXCITOU'' todos os nossos sentidos, foi o Museu Nacional. Com cara de ''planetário'', de nave espacial, ele certamente pode ser considerado uma das mais interessantes criações da Arquitetura Nacional de todos os tempos...
Palmas para Oscar Niemeyer, que quando o concebeu deveria estar em um de seus dias mais inspirados...
Como o nosso tempo era curto- tínhamos um compromisso logo depois disto- não deu tempo para fotografar o Museu por dentro( fica para a próxima visita a Brasília).
No próximo post, as fotos que tiramos da Esplanada vista do alto da Rodoviária...
Alcnol.