Involuntariamente começamos esta série no Paraná, ao registrarmos nossas passagens pelos Estádios ''Arena da Baixada''( do Atlético-PR)e ''Couto Pereira''( do Coritiba). Fazer o que? Como brasileiros, o futebol está ''no nosso sangue''...Em São Paulo, apesar de declaradamente torcermos pelo tricolor paulista, nossa primeira visita foi ao Palmeiras- até por uma questão de conveniência( estava passando na porta do clube justamente no dia e na hora de uma excursão guiada para não-sócios...). Também mostramos aqui o Fluminense, do Rio de Janeiro( visita incompleta, apenas pelo estádio, loja de produtos oficiais e pelos arredores do clube no bairro de Laranjeiras). Sempre movidos pelo intuito de informar, iniciamos neste post uma nova visita: desta vez ao Esporte Clube Corínthians Paulista. De início mostramos a fachada do clube e a loja de produtos oficiais. Nos próximos posts faremos uma visita pelo ''Memorial do Corínthians''( a estrutura lembra a do ''Museu do Futebol'', no Estádio do Pacaembu)e pelo interior do alvi-negro paulistano. Bom passeio a todos...Alcnol.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Onde fica o Corínthians???
Que o clube tem origem na Zona Leste da cidade de São Paulo é óbvio. Tanto que acabou ''homenageado'' pelo metrô na ''Linha Vermelha''- que vai da ''Barra Funda/Palmeiras'' até a estação ''Corínthians/Itaquera''. Mas estas denominações podem enganar virtuais visitantes dos dois tradicionais clubes: enquanto o Palmeiras fica realmente localizado nas imediações da Estação Barra Funda do metrô, o Corínthians não tem a menor relação com a região de Itaquera...Isto descobrimos a duras penas ontem, ao chegar à Estação ''Corínthians/ Itaquera'': ao avistarmos um torcedor com a camisa roxa do ''timão'' perguntamos se o Parque São Jorge era ali perto. ''Não'', ele replicou. ''Vá até a Estação Penha''( OBS: a mais ou menos 7 estações dali...). Na Penha perguntei para um segurança se o Corínthians era ali perto. ''Melhor descer na Estação Carrão'', ele orientou. Nesta hora lembrei de uma visita ao Shopping Anália Franco- na região do Tatuapé- onde havia uma placa de homenagem ao alvi-negro paulistano. A raiz do clube estava ali, no meio da Linha Vermelha do metrô, e não no distante bairro de Itaquera...Saindo da Estação Carrão deparamos com um cenário um pouco diferente da São Paulo habitual. Parece que estamos em uma pequena cidade do interior, com inúmeras casas e pessoas na rua que parecem prestar atenção nos estranhos que estão a visitar a área. Orientado pelo mapa de ruas que vi na Estação do metrô, busco a Rua São Jorge. Cruzo a Avenida Celso Garcia, que tem um canteiro central para passantes em meio às árvores( tal como a Avenida Sumaré, que tanto elogiei neste blog...). Edifícios mais altos não são comuns na região, embora uma foto registre a construção de um novo prédio nas imediações do Corínthians...E, à medida que nos aproximamos de um dos maiores clubes do futebol brasileiro, os sinais vão se tornando mais evidentes, nas camisas dos torcedores e sócios que se dirigem para o mesmo ou saem dele rumo a outros lugares. Torna-se cada vez mais evidente o que verei no final da Rua São Jorge, que acompanharemos nos próximos posts...Alcnol.
Almoço na Gabriel Monteiro, a ''Rua dos Móveis''...
A ''Gabriel Monteiro'' é conhecida como a ''Rua dos Móveis''. De ''grife'', acrescente-se. Passando pela mesma outro dia, a caminho de mais um almoço na vizinha ''Joaquim Antunes'', deparamos com um nome familiar. ''Gardênia'', era a placa do restaurante. Decidi conhecê-lo no dia seguinte, ontem. Incrivelmente, trata-se do mesmo estabelecimento que já visitamos em Pinheiros, na praça em frente á Fnac( ''Praça dos Omaguás''). Antigamente conhecido como ''Casa Europa'', esta casa comandada pela jovem Chef Marina Moraes acaba de mudar o seu nome para ''Gardênia''- assim como a de Pinheiros...No cardápio, a mesma quantidade impressionante de pratos com cordeiro. Ontem optamos pelo cordeiro ''indiano'': acompanhado de cuscuz e iogurte para temperar. Leve, não deixa vestígios ou incômodo como vários pratos ''comuns'' que usualmente experimentamos. Saímos do ''Casa Europa'', digo, ''Gardênia, e decidimos passear um pouco pela movimentada- de automóveis, claro- rua dos Jardins. Haveria algo ali que fugisse ao perfil tradicional de lojas de móveis? A Gabriel Monteiro marca a ''divisa'' entre a região de Pinheiros e as luxuosas mansões dos Jardins. Como toda área limítrofe é, por si só, fascinante: reparem nos surpreendentes edifícios que fotografamos, que devem ter uma das mais belas vistas de toda a cidade de São Paulo: nada ao redor, exceto as casas ''baixinhas'' dos Jardins...A Gabriel Monteiro também abriga um outro restaurante mais abaixo- sentido Faria Lima- no estilo ''bufê'', além de um colégio e dois prédios antigos no estilo que estou sempre a registrar por aqui: baixo, com apenas 3 andares. Vejam que por trás de toda aquela ''ordem'' comercial infiltra-se o habitual ''caos'' da cidade de São Paulo, e é justamente atrás deste ''caos'' que estou sempre a buscar. O ''caos'' é nosso material cotidiano. Maior fonte de ''surpresas'' a alimentar o trabalho deste blog...Alcnol. PS( fotos): 1- a ''calma'' da Gabriel Monteiro, nas proximidades da Avenida Faria Lima...2- Colégio antigo quebra a ''mesmice'' da ''Rua dos Móveis''...3- A diferente fachada de uma das lojas; 4- o outro restaurante da Gabriel, estilo ''bufê''( preço fixo); 5, 6 e 7- parece incrível, mas existem prédios altos naquela região- a um passo dos Jardins...8 e 9- a charmosa varanda com frente para a rua e a placa do ''Gardênia''; 10- um dos dois prédios antigos e baixos da Gabriel, resquícios da tradição em meio à ''modernidade'' comercial paulistana...
Número de processos judiciais contra blogueiros nos EUA cresceu quase nove vezes em apenas quatro anos...
''Cuidado com o que você escreve na web'', é o título de reportagem do ''The Wall Street Journal'' publicada ontem no jornal ''Valor Econômico''( edição de 21 de maio): ''Em março de 2008, a americana Shellee Hale, de Bellevue, Estado de Washington,postou perguntas e comentários em vários fóruns on-line sobre o ataque de um hacker a uma empresa de software que acompanha as vendas para sites de entretenimento adulto. Ela alegava que a informação pessoal dos clientes dos sites estava comprometida. Cerca de três meses depois, a empresa do software- que alegava que nenhum dado de cliente foi comprometido- processou Hale em um tribunal estadual de Nova Jersey, acusando-a de ter iniciado ''uma campanha para difamar e caluniar' a companhia em suas mensagens postadas em salas de bate-papo''. O curioso é que ,em sua defesa, Hale alegou que estava coberta por leis que protegem jornalistas de processos, porque ''estava agindo como repórter free-lance''...A discussão toda ocorre em um momento em que se discute qual será o destino do jornalismo impresso. Há poucos dias o suplemento ''Mais'', da Folha de São Paulo, publicou uma polêmica entre um crítico dos blogs e o estudioso Steve Johnson- partidário das novas formas de informação via Internet. O grande argumento dos partidários do atual modelo de jornalismo impresso- impossível não lembrá-lo neste momento- é justamente o fato de que blogueiros não tem estrutura para cobrir detalhadamente episódios ocorridos no outro lado do mundo, e costumam valer-se, para seus comentários, de textos publicados na mídia ''oficial''...Este é o meu caso, assumo...Blogueiros não teriam o poder que os jornais tem de enfrentar governos( como no episódio ''The Washington Post x Nixon, lembre-se). Acrescente-se agora que, evidentemente, blogueiros são mais frágeis para enfrentar as grandes comporações judicialmente...A mesma matéria de ''Valor Econômico'' acrescenta que ''até agora já foram concedidos cerca de US$17,4 milhões em indenizações em ações legais contra blogueiros''...Somos informados que ''empresas vasculham a Internet em busca de material protegido por direitos autorais e comentários negativos'', em uma clara tentativa de sufocar quaisquer críticas...Segundo uma sócia de um escritório de advocacia, ''embora o queixoso tenha pouca chance de vencer a causa, 'você pode ir à falência'( OBS: nos Estados Unidos existe o expediente da ''Falência Pessoal''...)só por se defender''. Em consequência deste gigantesco ''Big Brother'' empreendido por várias empresas que vasculham a Internet, ''sites que se propõem a dar notas para todo tipo de serviços, de professores universitários até médicos e empreiteiros, estão sendo processados pelos que são alvo de comentários depreciativos''. Segundo um blogueiro entrevistado pela matéria que estamos a comentar, ''como blogueiro pessoal, quando seus únicos leitores são você mesmo e sua mãe, você não imagina que algum dia vai receber advertências de um escritório de advocacia, diz Cadenhead, que começou a escrever blogs como hobby pessoal''. E Hale, a blogueira de Bellevue do início da reportagem, como consegue defender-se? Graças, vejam que sorte, a uma apólice de seguro, que a está ajudando a pagar sua defesa legal...Como nem todos tem a mesma sorte, constatamos que hoje a Internet está repleta de ''cascas de banana'' para aqueles que buscam exercer a sua expressão pessoal...Sinal dos tempos: empresas filmam o comportamento de consumidores nos mercados para estudar formas de vencer as suas defesas e vender-lhes mais produtos( isto é considerado ''lícito''). Enquanto a presença de consumidores nos estabelecimentos com celulares e câmeras digitais é hostilizada( eu que o diga...). Após o fim do Comunismo estaríamos às vésperas de um ''Big Brother''( estamos falando do livro ''1984'', de George Orwell, e não dos programas de TV com este nome...)comandado com propósitos ''estritamente comerciais''? Do mesmo modo que se discute os limites legais para comentários na Internet, é preciso repensar quais são os limites do uso de nossos dados ,quando navegamos pela Web, por parte de inúmeras empresas. O futuro é assustador. Impossível não ler uma obra como ''Numerati'', de Stephen Baker'', sem estremecer um bocado com o que já está sendo feito em termos de rastreamento comercial na Internet...Alcnol.
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