Saí para almoçar por volta de meio-dia e meia. Atravessei a Paulista rumo à Consolação. Desci a mesma. Alguns metros após, o relógio de rua marcava cerca de 13 graus de temperatura. A sensação térmica era de menos de 10...Neste dia era possível utilizar o quentíssimo casaco comprado em uma rede de lojas que tem sede em Curitiba-PR. A última vez que usei o mesmo, em outro dia de frio, mal aguentei andar cerca de 15 minutos. Ele é bastante quente. Bastante útil para situações extremas...Ontem era um destes casos. Seria possível usá-lo, mas eu não tive a idéia, e saí ''apenas'' com uma camiseta simples coberta por uma malha. Se senti frio? Sim. Divirtam-se aqueles que me lêem cantar loas ao frio...Acontece que tenho uma pequena tese sobre este assunto: devemos sim proteger-nos contra o frio, mas não a ponto de eliminá-lo totalmente...Isto mesmo: o frio é necessário. É preciso sentir um pouco de frio, até mesmo para aumentar a nossa resistência ao mesmo...Não é o que pensam as multidões . Por toda parte: em cursos, shoppings, livrarias, há uma pressão constante para que a sensação térmica de frio seja eliminada. Como resultado, sentimos um ''choque térmico'' ao visitar tais lugares. Saímos do frio para um ambiente em que circulam muitas pessoas e em que, invariavelmente, o ar condicionado está DESLIGADO para agradar os muitos friorentos...Não é de admirar que a gripe também campeie em tais lugares...Estou usando aqui- mais do que em outros lugares- mantas, jaquetas, meias de lã. Seria loucura, podendo, não fazê-lo. Mas continuo fiel à tese que, como tantas outras coisas, o frio é necessário. Há todo um equilíbrio por trás desta alternância de dias ensolarados e chuvosos. E cobrir-me totalmente, em uma insana busca de ''proteção contra o frio'' que eliminasse totalmente os seus efeitos, soaria como uma ''traição'' contra a natureza que me proporcionou toda esta beleza do inverno paulistano. Eu quero, pasmem!, é MAIS frio...
terça-feira, 24 de junho de 2008
Saindo da rotina...
O inverno chegou pontualmente na sexta-feira, e sábado já tivemos um dia fechado e de muito frio. Bem ao meu gosto...Domingo, para ter a sensação de mudança de ares, decidi ir a um lugar próximo. Fui a Campinas, de ônibus. Uma hora e vinte minutos de viagem. Cidade diferente, bastante bonita e arborizada. Almoço em um restaurante italiano de lá que já conhecia, bem cotado no Guia 4 Rodas. Fato engraçado na entrada: havia espera, pela hora em que cheguei( 2 da tarde). Enquanto beberiscava uma água mineral, reparei em um casal que estava sentado próximo, no balcão. O cara, quando alguém entrava ou saía, levantava-se de imediato para FECHAR A PORTA, que insistia em permanecer meio aberta. Ele fez isto umas 2 ou 3 vezes. Devia estar ''incomodado'' com o frio, que nem era tanto assim: mais ou menos 20 graus, com sol...Após o bom almoço, uma ida a um shopping local para conhecer a Livraria Cultura de lá. As livrarias em geral, mesmo as de uma mesma rede, tem um estoque próprio, no qual vão fazendo pequenas alterações. Por isto, por possuírem este estoque próprio, nenhuma livraria é igual à outra. Encontramos um livro em destaque na Cultura do Market Place, em São Paulo, que está apenas nas estantes da Cultura do Conjunto Nacional. Uma privilegia um tema, a outra o subestima...Só na Internet é possível ter acesso a todos os títulos daquela loja. Enfim, a ida ao shopping Iguatemi de Campinas, além do passeio, me proporcionou acesso a DUAS megastores, uma vez que havia também uma Saraiva- de tamanho fora da média- naquele conjunto comercial. Um passeio aqui, outro ali, ida aos inúmeros cafés daquele centro comercial e, por volta das 7 da noite, já estava de volta à Rodoviária nova, onde voltei para São Paulo. A rodoviária campineira mais parecia um Aeroporto. Bonita, banheiros novos e pagos, teto de vidro. Como aquele era o primeiro dia, estava também caótica: os ônibus iam chegando e, no ''gogó'', iam anunciando seus horários para os aflitos passageiros. O acesso aos mesmos era bloqueado por paredes de vidro, e os fiscais não sabiam informar nada. Um pequeno ''caos rodoviário'', bem semelhante ao caos aéreo permanente em que vivemos há um ano e pouco...Meu ônibus, o das 19 horas, saiu DEPOIS dos de 19h1m e 19h10m ! A justificativa para tal absurdo era que o carro estava vindo de Poços de Caldas- MG...Some-se a tudo isto o fato de que a nova rodoviária fica próxima à antiga e, nas estreitas ruas ao redor, inúmeros automóveis se aglomeravam. Ou seja, como é comum neste país, uma obra nova não é precedida de obras conseqüentes no sistema viário próximo...O resultado é o caos...Mas nada que tirasse o prazer de um dia em um lugar diferente, ainda que tão próximo como é Campinas...Também é possível fazer o mesmo quanto ao litoral, que fica a meros 60 KM. Ida a Santos ou ao Guarujá, almoço, passeio...Aí já será uma outra estória...
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