Até pouco tempo atrás a Praça Roosevelt era uma espécie de ''micro-retrato'' da capital paulista: um dinâmico pólo cultural, com diversos teatros que fizeram e fazem história naquela cidade, e, ao mesmo tempo, um gigantesco ''lixão'' frequentado por viciados em drogas.
Com cara de ''cenário de guerra'', a ''Praça'' que só era ''Praça'' no nome- e não como um lugar de confraternização entre os moradores da vizinhança- era o maior exemplo de descuido dos Administradores de uma cidade que, no geral, também remanesce insegura, mal- cuidada e suja. Triste retrato daquela que é a maior metrópole não apenas do nosso país como também da América Latina...
Após um longo e custoso processo de reforma, a Praça começa a tomar outra feição- e a ela agora podemos nos referir sem as aspas...
Notem que, se antes mal podíamos nos concentrar em seus arredores( em especial na animada vida noturna de bares e teatros), agora os imponentes edifícios que a circundam assumem maior destaque. E como são belos...
Bonito também é deparar com Posto de Polícia, bancos para sentar, moradores e visitantes andando por todos os lados.
Não é o ideal. Sinto em todas estas ''Praças'' e ''Parques'' recém-inaugurados na cidade de São Paulo a falta de verde. Em alguns, como no chamado ''Parque do Povo''( Itaim Bibi), as ''mudas'' deverão estar crescidas dentro de uns 20 anos...
Paulistanos, e isto não é exclusividade daquela metrópole, preferem inaugurar áreas públicas sem vegetação a preservar o pouco de verde que ainda lhes resta...Dá para entender isto ?
A vegetação deveria ser o ponto de partida de uma Praça recém-reformada. Na falta dela, contentemo-nos com o novo equipamento público e com a recém-conquistada liberdade de ir e vir com segurança- ao menos naquele espaço...
Uma última observação: construir/reconstruir custa bem mais caro do que conservar. Infelizmente, nosso país- e São Paulo não é uma exceção a este quadro- prefere a primeira opção...
Alcnol.