Aí vão só as imagens do café(tem área interna e externa)e da livraria do Centro Cultural Banco do Brasil, em fotos tiradas durante a mostra de cinema ''Oriente Desconhecido''...
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Mostra de cinema ''Oriente Desconhecido'' no CCBB- Centro Cultural Banco do Brasil
Os filmes orientais, de longe os melhores do mundo na minha opinião, são assim: ''ou oito ou oitenta''. É preciso ''peneirar'' bem o que é feito naquelas bandas, pois assim como já assisti tesouros como ''Samsara'', ''Primavera, Verão, Outono, Inverno'' e ''Quarto Vazio'', também já peguei verdadeiras ''bombas'' vindas do Oriente. E nem estou falando especificamente dos filmes iranianos, aos quais se aplica a mesma lógica de ''tudo ou nada''( para mim, nada...). Foram filmes ao melhor estilo do cineasta português Manoel de Oliveira, bem paradões...Gosto de um estilo oriental bem específico, com muitas cenas urbanas. Na verdade, os bons filmes do Oriente nem precisam contar uma estória que faça sentido. Basta que seja um belo conjunto de imagens, que encha os nossos olhos...Com cenas de lugares exóticos e gelados, árvores coloridas abundantes nas grandes cidades, e muita natureza também- que ninguém é de ferro...Às vezes, confesso, não dá para entender nada da estória. Outras vezes, são estórias muito loucas e originais, que jamais passariam pelas cabeças de roteiristas e diretores ocidentais...Enfim, por tudo isto a Mostra( que começou em...Brasília!???)promete. Neste e no outro final-de-semana, uma horda de fanáticos pelo melhor do cinema deve lotar as salas do belíssimo prédio do CCBB no centro da cidade( preparo um post específico só com as imagens externas e internas dele). Por enquanto, satisfaçam-se com estas fotos...Alcnol. PS: A fila fotografada é da Mostra...
Encontro com candidato a Prefeito no centrão...
Ao menos uma vez por semana vou ao centro da cidade, na região da Praça da Sé. Lá estão localizadas várias livrarias, especialmente as jurídicas. Hoje, ao atravessar o viaduto do chá rumo à Livraria ''Martins''( do mesmo grupo Martins Fontes, mas a da região chama-se apenas ''Martins'' Livraria e Editora), onde entrei para ver as novidades e tirei algumas fotos, acabei deparando com diversos grupos de militantes. Um grupo de petistas ia na direção contrária, rumo ao Theatro Municipal. E um grupo de militantes do PSOL panfletava em frente à Livraria. De repente, reconheci no meio deles o candidato a Prefeito de São Paulo, Ivan Valente, que por sinal não é o meu candidato( juro que farei uma declaração de voto pública neste site...). Ele estava lá no meio dos militantes, fazendo animado corpo-a-corpo. Conversei com ele, que pediu especialmente voto nos candidatos a vereadores daquela agremiação, em função da existência de uma ''cláusula de barreira'' eleitoral: um número mínimo de votos que os partidos deverão ter para continuarem existindo. As fotos da livraria, da região( algumas)e do candidato( é este senhor de cabelos brancos no meio da foto)estão aí...Alcnol.
A São Paulo que quer ser um pouco mais...carioca...
O paulistano é um eficiente criador de réplicas. Continuamente, ele brinca com as coisas existentes em outros lugares, reproduzindo-as com a maior competência. Criar ambientes que remetam a outras cidades ou mesmo outras épocas é um ''esporte'' por aqui. Isto é bom para os moradores que, quando querem sentir um pouco da época daquela ''São Paulo das antigas'', podem dirigir-se ou à Rua Avanhandava, ou á Rua Tupi( mostrada ontem)ou ao Bexiga...Os paulistanos se espelham também no melhor e no inatingível de outros lugares. Paulistanos amam a Bahia e o Rio de Janeiro. Sabem onde fica a nossa ''praia''? Alguns dizem que é nos shoppings. Outros pensam que a ''praia do paulistano'' fica naqueles cafés todos da Oscar Freire, onde as pessoas costumam comer, beber e conversar em confortáveis mesas ao ar livre nos finais-de-semana, enquanto contemplam outras pessoas que passam ao redor...Colhi por intermédio de meu celular algumas imagens daquela São Paulo que ''quer ser Rio de Janeiro'': o nome do pequeno bistrô dos Jardins é Copacabana. A pequena pizzaria situada na esquina da Avenida Brigadeiro Luís Antônio com a Alameda Santos chama-se ''Urca''...Além das imagens deste post, poderíamos citar o famoso bar ''Pirajá'', o hotel ''Ipanema Inn''( próximo à Rua da Consolação, sentido centro), a rua ''Rio de Janeiro'', em Higienópolis( vide foto). O bar ''Leblon''...Muitos cariocas declaram não gostar da capital paulista. Bobagem! Os seres mais inteligentes sabem usufruir o melhor das duas cidades, que estão ligadas por um curto vôo de meros 45 minutos. O ''bairrismo'' é uma atitude menor, uma vez que- em nossa mente- enxergamos cada vez mais toda esta região ligada pela Via Dutra como UMA COISA SÓ...Alcnol.PS: Enquanto postavamos este texto, constatamos que a foto da Rua Rio de Janeiro ''sumiu'' e ''reapareceu'' no alto da página( é a primeira, de cima para baixo),e eu acabei selecionando por engano esta quarta foto- da Rua Tupi...Pedimos sinceras desculpas por mais esta ''barbeiragem''...Mas creio que vocês entenderam o espírito da coisa...
Praça tranqüila em Higienópolis...
O novo ''mantra'' em Wall Street: regulamentação...
O perigo de se adotar idéias com muita ênfase é que costumeiramente fechamos os olhos para as posições contrárias. Isto pode levar a sérios acidentes...O ''mantra'' no mundo econômico dos últimos 25 anos, desde a ascensão de Ronald Reagan e dos republicanos, era a chamada ''desregulamentação''. ''Menos impostos'', ''o mercado é capaz de auto-regular-se'', eles diziam. Chamou-se estas práticas econômicas ultra-liberais de ''consenso de Washington''. No Brasil, reconheça-se, a adoção de políticas de maior abertura da economia e privatização de empresas levou-nos ao atual ciclo econômico de crescimento, iniciado no Governo do Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula, para surpresa geral, manteve a mesma política, e soube colher os frutos...No entanto, quando a crise aperta e a especulação desenfreada feita nas Bolsas de Valores ameaça afetar e contagiar o conjunto da economia, apela-se novamente para a tradicional intervenção do Estado. É, aquele mesmo tão criticado e vilipendiado outrora...Aquele que vinha sendo constantemente reduzido, com o corte de verbas para setores essenciais como a saúde, educação, fiscalização da alimentação que chega à nossa mesa. Quem é ''contra o Estado'' agora? Nestas horas, propostas radicais como a de deixar todas estas financeiras e bancos quebrarem não possuem muitos adeptos...O Governo Bush agora apela aos dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos( Obama e McCain)para que, juntos, defendam o pacote de socorro de 700 BILHÕES DE DÓLARES criado pela Casa Branca para tentar resolver a crise...O novo presidente, seja quem for, iniciará seu mandato com as mãos presas, premido pela falta de dinheiro para investir em outras áreas essenciais, mas é preciso reconhecer: não há outra saída...O jornal ''Valor Econômico'' do último dia 23/9, em matéria reproduzida da revista Business Week, admite que a ''Desregulamentação perde defensores''. No texto, informa-se que ''desde os dias distantes em que Jimmy Carter era o presidente americano, regulamentação é um palavrão em Washington. Nesse tempo todo, políticos dos dois partidos competiram para ver quanto da economia eles conseguiam libertar do 'jugo opressor' do governo''. No entanto, esta balança está mudando: ''Em áreasque vão da segurança dos alimentos ( Nota: BATATAS FRITAS!!!)às conpanhias aéreas e o comércio, uma supervisão crescente do governo vem se tornando aceitável para as empresas e também para os eleitores. ' Nos últimos anos o clima mudou', diz Chris Waldrop, diretor do Food Policy Institute da Consumer Federation of America''. A guinada do senador John McCain: ''Em março deste ano, o senador John McCain disse: ''Sempre fui a favor de uma menor regulamentação'', dizendo que ele mesmo é ''fundamentalmente um desregulamentador''. Mas em um pronunciamento feito em 16 de setembro, o candidato republicano adotou uma postura bem diferente: ''Sob as minhas reformas, o povo americano será protegido por regras abrangentes''...O alto custo social da desregulamentação: ''Nas últimas três décadas, a economia dos EUA mais do que dobrou em tamanho, e a força de trabalho do setor privado cresceu 70%. Mesmo assim, no geral, fora o Departamento de Defesa, o poder executivo emprega mais ou menos o mesmo número de pessoas de 1978. E mais: muitas agências reguladoras de Washington chegaram até mesmo a encolher...Desde 1977, o orçamento da Agência de Proteção Ambiental caiu quase 40% em termos reais. E apesar do grande aumento da complexidade do setor financeiro, o número de funcionários que trabalham no Fed( Banco Central Americano), incluindo as representações regionais do banco central, caiu desde 1990''( OBS: aha! menos funcionários para investigar as tramóias do mercado financeiro...o resultado vocês todos estão conhecendo agora...). A interessante matéria de ''Valor'' continua, informando ainda que ''normalmente os eleitores não gostam da regulamentação'', afirma Larry M. Bartels, diretor do Centro de Estudos de Políticas Democráticas da da Universidade de Princeton. ''A notável exceção é quando as pessoas estão assustadas''. Certamente houve muitos sustos nos últimos anos. Uma série de episódios de envenenamento de alimentos- especialmente o surto de salmonela que deixou cerca de 1500 pessoas doentes no começo deste ano( nosso grifo)- deixou os consumidores preocupados com a segurança do estoque de alimentos do país. E mais: ficou claro que a FDA( Food and Drugs Administration- órgão federal dos Estados Unidos responsável pelo controle dos alimentos consumidos)não tem como monitorar facilmente o caminho percorrido pelos alimentos de volta para as suas fontes''. ''A redução da regulamentação piorou as coisas, e o setor reconhece isso'', disse William R. Hubbard, um ex-comissário associado da FDA. ''Eu acho que eles de fato tomaram ciência de sua vulnerabilidade''. E você, o que prefere? O que é mais temível: a intervenção do Estado na economia, para regular vários destes ítens que nós e nossas famílias consumimos( batatas fritas, sucos ''de caixinha'', leite, carne, etc.), ou a ''desregulamentação total'' e o ''poder do mercado de, livremente, auto-regular-se? Uma dica: se você está do ''lado de cá'' da economia, ou seja, não é um produtor ou vendedor destes produtos, é mais seguro torcer para que a precária fiscalização governamental impeça que nós entremos para as amplas estatísticas de pessoas ''envenenadas pela alimentação'' que consomem...Alcnol.
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