Não saí planejando fazer isto. De inicio, após passar em uma agência dos Correios, meu projeto era almoçar na região de Higienópolis- até em função das inúmeras opções oferecidas por ali( Ici Bistrô, AK Delilatessen, Bar des Arts, Ráscal, Bio e Carlota, entre outros...). No entanto, ao pegar o sentido da Rua Bela Cintra, sentido centro, a vontade de rever o restaurante ''Tordesilhas''- já mostrado aqui em outro post- foi irresistível. E, ao pegar o cardápio, a primeira opção que me veio à mente foi ''costeletas de porco''. ''- Você está louco'', já ouço os comentários. ''Deste jeito logo será um EX- blogueiro...''. Mas foi a forma prática de materializar os meus comentários sobre a tal gripe ''suína''. Uma coisa é afirmar, teoricamente, que não acreditamos que a carne de porco possa causar mal a seres humanos. Outra coisa é ''botar a mão na massa''( ou melhor, a BOCA na massa...)para provar a nossa tese de que a carne suína não tem a menor relação com a doença que está afetando o mundo. Explico. Esta não é a primeira doença dos últimos anos. Já tivemos uma ''gripe aviária''( restrita ao Oriente), uma doença da ''vaca louca''( quantos deixaram de comer carne bovina após a mesma?), e agora o noticiário fala de uma ''gripe suína''. Segundo o ''Bom Dia Brasil'' a doença é provocada por um vírus que sequer é 100% de origem suína( dizem que seria 80%, com parte também proveniente das aves...). Um médico veio a público afirmar que a alta temperatura com que a carne de porco é preparada é capaz de matar qualquer espécie de vírus, inclusive o da tal gripe ''suína''...O mais importante, nestas horas, é indagar por que estamos sendo afetados por tantas doenças, em tão curto período de tempo. Nosso modo de vida ajuda a explicar isto. Em primeiro lugar, a quantidade excessiva de remédios que vão minando o nosso sistema imunológico. Remédios para dor-de-cabeça, dor de estômago, etc. Todos estes remédios- estas drogas legalizadas- são compostos por inúmeras substâncias químicas desconhecidas. Em função disto, e de uma alimentação artificial, nossos corpos se tornaram verdadeiros ''laboratórios humanos''. Até quando poderemos aguentar isto? As chamadas ''doenças'' são um indicativo de que não podemos aguentar por muito tempo...Em função deste raciocínio, comer ou não carne suína neste momento é e continuará a ser mera opção. A carne bovina, por sinal, não está livre de fenômenos semelhantes. Haja vista o livro ''Fast Food Nation''- que inspirou um filme de mesmo nome- que mostra a falta de higiene nos abatedouros clandestinos de carne na fronteira dos Estados Unidos com o México...Concentremo-nos, neste momento, no fato de que não são os animais que estão causando inúmeras doenças capazes de afetar os seres humanos. São os seres humanos que, em busca de cada vez mais lucros, estão afetando o ciclo de vida dos animais que servem para a nossa alimentação a qual, em função disto, torna-se cada vez menos segura...Baseado nestes raciocínios, comi sim a minha costeleta de porco , que estava deliciosa... Acompanham fotos do restaurante, da decoração das mesas, da ''manteiga de garrafa''( usada para temperar os pratos), da forte pimenta e, enfim, da deliciosa costeleta... suína...Alcnol.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Nomes de lugares que remetem ao Rio de Janeiro( série infinita...)
Outro dia mostramos um edifício ''Ipanema Palace'' em plena Avenida Brigadeiro Luís Antônio...Prédio simples, não chamaria a atenção salvo por este nome pomposo, digno de um hotel 5 estrelas à beira-mar... Este aqui está situado em Higienópolis. ''Edifício Leblon' Palace''...Pelo padrão de vida dos moradores daquela região poderia até ser possível traçar paralelos entre os dois bairros- exceto pelo fato de que o similar paulistano não tem praia...Mas a homenagem foi feita e aí está: ''Edifício Leblon Palace'', Higienópolis, São Paulo- SP...Deste jeito fica difícil não lembrar do Rio de Janeiro o tempo todo...Alcnol.
Gripe ''suína''...
Ainda estamos longe de uma explicação completa o suficiente para poder entender o que está por trás desta ''Gripe Suína''. No entanto, é possível fazer uma pequena pergunta neste instante: caso o vírus fosse proveniente de gado, seria dada uma ênfase tão grande ao nome desta doença? Imaginemos: ''Gripe Bovina''...Bilhões de pessoas ao redor do Globo hesitando ao tomar seus copos de leite no café da manhã ou comer os seus iogurtes e queijos, como fazem todos os dias, ou ao comer seus inocentes e habituais ''bifinhos'' na hora do almoço...Interesses poderosíssimos afetados, prejuízos gigantescos para os criadores de gado...Acho que, antes disto, ligações telefônicas urgentes seriam feitas para as autoridades encarregadas que, ao final de um curto processo de reflexão, decidiriam rebatizar o vírus para algo mais trivial e inocente como ''Gripe Mexicana''...É ''absurdo'' fazer reflexões como estas? ''Suíno'' afeta menos interesses que ''bovino'' neste mundo em que vivemos...Alcnol.
O que há de comum entre Curitiba e o Rio de Janeiro?
Certamente não é o clima... Os 850 km de distância entre as duas capitais marcam também uma diferença climática de quase 15 graus de temperatura, entre um Rio onde é comum chegar-se a quase 40 graus e os ''vinte e poucos'' da capital paranaense...Também não é o sotaque: curitibanos dão ênfase aos finais de palavras com a letra ''e''( ''leitê quentê''), enquanto os cariocas falam com aquele chiado todo( ''maish ou menosh'', ''Vaishco da Gama'', etc.). Enquanto o atual Prefeito da Cidade Maravilhosa tenta aplicar um ''Choque de Ordem'' contra a crônica desordem que caracteriza a capital fluminense, difícil pensar em algo semelhante na bela capital paranaense onde, reconheçamos, a ordem ainda é mais comum que a desordem...O que há de comum entre as duas cidades especiais- que já foram tema de inúmeros posts neste blog- é o barulho...Tanto que este tema foi objeto de duas reportagens distintas nos principais jornais das duas cidades no mesmo dia( domingo, 26 de abril). Segundo ''O Globo'', ''Barulho, o mais democrático problema carioca: moradores de quase todas as regiões da cidade reclamam de ruídos causados por bares, restaurantes e festas''. De acordo com o periódico carioca, ''só no primeiro trimestre de 2009 o serviço de Disque Denúncia recebeu 1131 reclamações relacionadas ao problema- um aumento de cerca de 45%( quarenta e cinco por cento)do número de reclamações no mesmo período do ano passado''. E acrescentou que ''em 2007 e 2008 o barulho ocupou a sexta posição da lista de telefonemas. Os bares e casas noturnas foram apontados como a maior origem deste barulho(27,92%). Em segundo lugar ficou o barulho produzido em residências( 16,67%). Bailes ''funk'' ocuparam a terceira posição''. Prédios vizinhos a favelas são os mais afetados, mas já foram registrados incidentes inclusive no Baixo Leblon, eu acrescento. Mesmo durante o dia é possível ouvir os elevados ruídos provenientes de um daqueles bares a mais de um quarteirão de distância, como constatei em minha última visita ao Rio...O jornal paranaense ''Gazeta do Povo'' dedicou uma página inteira ao tema, sob o título ''Psssiuuuu! Não perturbe!''. O periódico informou que ''trens, ônibus, fábricas, baderneiros, casas noturnas, templos, vizinhos e cachorros são os vilões da cidade quando o assunto é barulho. E em muitos casos não adianta reclamar''. É de impressionar o caso de um morador que afirmou que ''já sei que nos fins-de-semana é impossível dormir dentro de casa por causa do som dos carros que ficam atrás do meu prédio. Uma garotada vira a madrugada fazendo arruaça e obrigando todo mundo a ouvir a sua música'', comenta o corretor de imóveis Jorge Eli de Barros Lima, 48 anos, morador da Vila Guaíra, que já chegou a se mudar de travesseiro e cobertor para dentro do carro. ''Lá eu consigo dormir''. ''Segundo Mário Sérgio Rasera, superintendente de Controle Ambiental da prefeitura( OBS: já é alguma coisa ter um cargo como este, inexistente em outras localidades...), 65% das reclamações recebidas pelo 156 são referentes à poluição sonora(...)Os principais alvos da fúria e reclamação dos moradores são as casas noturnas e os carros de propaganda''. Ainda segundo o ''Gazeta do Povo'', esta quarta-feira será celebrado o Dia Internacional de Conscientização Sobre o Ruído. E em Curitiba serão realizadas ações de alerta sobre as consequências da exposição a ruídos, entre elas um minuto de silêncio entre as 14h25 e 14h26, palestras e triagens auditivas( testes sobre a nossa capacidade auditiva)gratuitas. ''Segundo Rita de Cássia Guimarães Mendes, médica otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas, os ruídos já são a segunda causa mais importante da perda auditiva, em decorrência de lesão irreversível do ouvido interno por barulho continuado ou abrupto(...)Estes carros com alto-falantes poderosos chegam a 110 decibéis de potência, igual a uma turbina de avião''. Claro que ocorrências do gênero não são comuns apenas em Curitiba e Rio de Janeiro. Citamos estas cidades pois a situação ali já é tão grave que virou tema de reportagens dos dois principais jornais locais. O problema é comum a metrópoles como Rio e São Paulo, bem como a cidades médias como Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. Já ouvi reclamações inclusive de parentes que moram em cidades pequenas, com pouco mais de 50 mil habitantes...Assim como se fala em ''epidemias'' e ''pandemias'' na área da saúde, é preciso reconhecer que estamos diante de uma ''epidemia'' nacional de barulho- que deve ser fiscalizada e combatida por nossas autoridades e pela própria população. Moro em um lugar alto, mais alto do que a média dos apartamentos em que já vivi. No entanto, mesmo em um lugar situado no décimo quinto, décimo sexto andar de um edifício, não é possível passarmos incólumes a sirenes, buzinas, caminhôes, aparelhos de som potentes que abundam em automóveis que percorrem a cidade durante toda a noite. Para dormir, mesmo aqui, é preciso ligar um aparelho de ar condicionado para tentar abafar tudo isto...O que dizer, então, dos moradores vizinhos aos bares da Vila Madalena? Dos vizinhos aos milhares de bares e casas noturnas que abundam na cidade de São Paulo? Dos vizinhos às obras do Metrô? O mais grave, eu diria, é que as pessoas que estão perdendo sua capacidade auditiva ao frequentar determinados ambientes onde a música é tocada a todo volume, ou costumam ouvir os seus Ipod's no volume máximo, ou possuem aparelhos de som nos carros que tocam a toda potência( como ''trios elétricos individuais''), precisam cada vez mais falar berrando umas com as outras- e nem sequer percebem que estão incomodando( e muito)os demais...O barulho é apenas mais um sintoma da desordem pública e social que assola este país, que não será resolvida de uma hora para outra e que, principalmente, depende em especial do comportamento de cada um de nós...Alcnol.
''Os perigos de São Paulo'' ou ''A Queda''...
Outro dia estava em um restaurante, me preparando para almoçar, quando ouvi dois garçons conversando. O assunto era ''o perigo de se viver em São Paulo''. Já ouvi inúmeras vezes esta expressão, embora não saiba muito bem o porquê de tanta ênfase. Esta cidade não é mais perigosa que as demais( em qualquer comparação com o Rio de Janeiro, por exemplo, ganha disparadamente neste quesito...). Mas o assunto, para minha surpresa, não era propriamente este...O tema não era a Segurança Pública e os assaltos. Um deles, certamente recém-chegado à capital paulista, manifestou sua preocupação com o elevado ''risco de quedas''. Nesta hora, de súbito, entrei no meio do debate para perguntar que ''quedas'' eram aquelas. Os dois falavam em sentido figurado- do risco abstrato de ''cair'' na vida, dos altos e baixos da existência- ou literalmente, do risco de se tropeçar nas calçadas paulistanas? Era justamente das calçadas que eles falavam, e aqui cabe um parêntese: as calçadas da cidade de São Paulo são realmente péssimas, e constituem sem dúvida um fator de risco para os seus habitantes. O motivo é que sua criação e manutenção não são responsabilidade da Prefeitura, e sim de cada morador de casa ou prédio. Em virtude disto, andar pelas calçadas daqui equivale a passar por uma ''colcha de retalhos''. Inúmeros buracos, desníveis bruscos entre a frente de um prédio e de outro, um verdadeiro ''show de horrores'' que já causou inúmeras lesões aos moradores daqui- enquanto a ''culpa'' é jogada da Prefeitura para comerciantes e moradores, e vice-versa...Mesmo assim, dificilmente eu me lembraria deste assunto inocente discutido pouco antes de um ótimo almoço se não tivesse eu mesmo me tornado mais uma vítima destas calçadas irregulares. Isto porque este assunto não é propriamente uma ''novidade'' daquelas que alimentam os cronistas. Caminhar por aqui envolve, instintivamente, estar continuamente em alerta contra riscos do gênero. Desviar-se de buracos, postes e árvores às vezes instalados no meio de uma estreita calçada, disputar espaço com automóveis que costumam sair bruscamente de garagens. Fazemos isto tantas vezes durante o dia que isto acaba se tornando inconsciente. No entanto no último domingo, quando descia as calçadas da Avenida da Aclimação com destino ao Parque de mesmo nome, tive de súbito a idéia de procurar algo em um dos bolsos da bermuda. E, justo naquele instante de breve distração, estava passando por uma daquelas irregularidades típicas das calçadas que criam verdadeiros ''degraus'' entre um nível e outro. O resultado? A queda, e não foi uma queda qualquer. Senti, tal a surpresa, uma pontada no estômago, e a sensação de ter torcido o pé direito. Minha sorte foi ter caído para trás, o que impediu-me de ter projetado todo o peso do corpo sobre o pé afetado. A sensação foi, claro, horrível. Passantes perguntaram-me se estava tudo ''OK'', e eu respondi às pressas que ''sim''. Experimentei levantar e continuar a andar como se nada tivesse ocorrido e, por incrível que pareça, foi o que fiz. Com nada além de uma pequena dor no pé, que não me impediu de dar a volta completa pelo pequeno Parque( cerca de 10 minutos de caminhada)e voltar para a Avenida Paulista andando...Evidentemente que, depois de ter sido vítima destas calçadas irregulares da cidade de São Paulo- tema até mesmo de conversas horrorizadas de garçons recém-chegados a esta terra- fiquei bem mais sensível ao tema. Decidi registrar, apenas exemplificativamente, algumas destas milhares de irregularidades que vemos no nosso dia-a-dia. Os garçons estavam, reconheço, corretos em sua análise. Como é ''perigoso'' viver na cidade de São Paulo, admito. Também, com estas calçadas...Alcnol.
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