quarta-feira, 11 de junho de 2008

A escolha de Obama

O maior risco na escolha de Obama pelos democratas não é sequer o pouco que conhecemos sobre sua vida e suas propostas. É o fato de que Obama- um candidato que não tem adeptos , mas sim FÃS, na imprensa brasileira inclusive- tem um apoio muito maior fora que dentro dos Estados Unidos...O mundo inteiro se identifica com a origem simples do candidato, com sua imagem, porém as pesquisas norte-americanas mostram que sua diferença para McCain não passa da casa dos 5/6 pontos. Ou seja, internamente Obama ainda não ''decolou''. E o jogo sujo dos republicanos, que irão vasculhar os ''podres'' de Obama de modo ainda mais incisivo que os Clinton jamais poderiam imaginar, sequer começou de verdade...Nosso prognóstico é que esta será uma das eleições mais disputadas, e sujas, de todos os tempos. Será algo no estilo Kennedy X Nixon. Decidida por uns 2 pontos de diferença...A favor de Obama a juventude e a disposição para enfrentar os adversários em todos os estados, fato que o ajudou decisivamente a derrotar Hillary. Obama também não tem a imagem desgastada de um político profissional, o que o ajuda especialmente na hora de receber doações de milhões de eleitores- muitos dos quais já haviam desistido inclusive de votar nas viciadas eleições americanas. Enfim, escolhido candidato democrata Obama tem agora a nossa ''torcida''. O que não quer dizer que fecharemos os olhos para eventuais erros de campanha e de um virtual Governo Obama. O apoiamos por ser o candidato democrata que pode por fim aos desastrosos anos Bush. Deixemos aos jornalistas brasileiros, entre eles os Sérgios ( Augusto, do Estadão, e D'Ávila, da Folha)e o americano-''brasileiro'' Matthew Shirts, o papel de ''fãs'' incondicionais. E preparemo-nos para o ''tsunami'' que será a próxima eleição presidencial norte-americana...