Antes que você pergunte o que são ''jardineiras'', dê uma olhada atenta às fotos...Elas são veículos da década de 30 do século passado...Em uma boa iniciativa, foram recuperadas e estão em ação em frente ao Aquário de São Paulo( Rua Huet Bacelar,407- Ipiranga). Por módicos cinco reais por passageiro...Nosso destino: um passeio pelo bairro do Ipiranga, e suas principais atrações...PS: Vocês precisam ver a cara de espanto de pedestres, motoristas e passageiros de ônibus quando deparavam com a ''jardineira'', esta em ritmo- claro- bem mais modesto...
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Rua Huet Bacelar- Ipiranga...
Praça ''Jornalista Abelardo Barbosa'', no Ipiranga...
''Espera aí'', dirão os mais atentos, ''Abelardo Barbosa não é o nome do saudoso apresentador de TV Chacrinha?''. Isto mesmo. Para seus inúmeros fãs, bem que o ''Chacrinha'' mereceria uma homenagem muito maior do que esta. Mas aí está a humilde pracinha do bairro paulistano do Ipiranga que leva o nome de Abelardo Barbosa para a posteridade- como ele sempre mereceu...Que tal aumentarmos as homenagens a este gigante da televisão brasileira? Alcnol.
Chácara Klabin- III
Antes que eu desperte inúmeros ''inimigos'' entre os moradores do bairro ''Chácara Klabin'', esclareço que o bairro é apenas um exemplo entre muitos que podem ser encontrados nas principais metrópoles brasileiras( Alphaville, Alto de Pinheiros, Lagos Sul e Norte em Brasilia, condomínios na Barra da Tijuca( RJ), etc. Não buscamos denegrí-lo, nem estigmatizá-lo. Meu papel, neste modesto blog, não é o de julgador: apenas mostro- um tanto desencantado, claro- uma forte tendência da chamada ''modernidade'' que se agiganta por todos os cantos. Seguranças, muros eletrificados, carros blindados, uma verdadeira indústria...Mas tranquilizem-se, moradores da ''Chácara Klabin'': críticas feitas, eis que neste post mostrarei um posto da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo e, ao lado, uma escola estadual em meio a muito verde...E acabei descobrindo, para minha surpresa, que mesmo em um bairro ''artificial''/pré-montado como ''Chácara Klabin'' há espaço- como nesta pequena viela mostrada acima- para manifestações artísticas em defesa da natureza...Certamente de iniciativa de crianças ou adolescentes sedentos de vida, em meio à solidão dos imponentes edifícios e das ruas semi-desertas...Alcnol. PS: No próximo post, passeio no Ipiranga...
Chácara Klabin-II
O bairro paulistano ''Chácara Klabin'' é um forte exemplo de uma determinada tendência da dita ''modernidade'', com grandes chances de se generalizar em um futuro próximo: os bairros artificias, construídos ''on demand''...Sim, porque este bairro não surgiu naturalmente. Ele foi fruto da enorme procura por novos imóveis de alto padrão na cidade. Assim, eles demarcaram uma região que, claramente, já foi local de várias chácaras, e aproveitaram-na para construir inúmeros edifícios. Criado que foi pelas empreiteiras, ressente-se da falta de equipamentos públicos. OK, lá estão algumas praças- em geral vazias...Enquanto passeava por ali senti um certo arrepio( de desconforto, óbvio): quase ninguém- exceto, talvez, os empregados de todos aqueles altos edifícios- nas ruas, e muitos, mas muitos mesmo, automóveis circulando apressadamente por todos os cantos( não se engane pelas fotos de ruas vazias...). Você pode perguntar se, afinal, eu não achei sequer um café. Para falar a verdade sim. Dois( um era de uma rede famosa: ''Fran's Café'', e o outro da ''Copenhagen''...). Mas nada típico. Nada que me motivasse a sair daqui, da vizinhança da Avenida Paulista, para me dirigir até um local que eu saiba que só existe ali- na ''Chácara Klabin''...A região me lembrou alguns bairros semi-desertos de cidades que conheço: o Lago Sul, em Brasília, ou o Alto do Pinheiros, aqui em São Paulo. Com a diferença que o ''deserto'', aqui, era composto de edifícios, e não de casas...A vida nas gaiolas, digo, condomínios, é assim: de casa para o trabalho, óbviamente de automóvel, e vice-versa. Nenhum contato com ''estranhos'' no caminho. Nada de passeios a pé pela vizinhança. Assinaturas de jornais e revistas para não ter de ir até a banca de jornais...Um modo de vida que, embora compreensível porque motivado pelo medo, é radicalmente oposto ao de grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo( repletas de cafés, livrarias, cinemas, praças cheias de gente, servidas por metrôs que percorrem boa parte dos dois grandes centros). Com todo o respeito em relação aos leitores que virtualmente residam em lugares semelhantes, andar pelo bairro de ''Chácara Klabin'' me lembrou o México nos dias de ''quarentena'' após o início da epidemia de ''Gripe A''...Mas, reconheço também, tais comentários de nada servem. Estes bairros artificiais- alguns repletos de restaurantes, parques, cinemas e shoppings fechados, para o uso exclusivo de seus moradores- isto cheira cada vez mais a presente e futuro do nosso país. Queiramos ou não. E, por mais que isto pareça ''confortável'', a vida ''atrás das grades'' não tem feito boas coisas para a cabeça dos jovens que vivem nestes espaços fechados e exclusivos( com raras exceções...). Alcnol.
Arredores do metrô ''Chácara Klabin''...
Não estamos, como de hábito, seguindo nenhuma ''ordem'' sequencial. É assim que, após o almoço de segunda na Vila Mariana, decidimos mostrar uma matéria feita no último fim-de-semana...Existem guias especializados em falar sobre os arredores das Estações de Metrô. Evidentemente eles devem seguir ''roteiros'' prévios e cuidadosamente traçados, para falar sobre o que consideram assuntos mais importantes. Nosso ''métódo'' é mais simples: desembarcamos no último sábado à tarde na Estação ''Chácara Klabin'', e o objetivo é conhecer um pouco da região. Esta era, até o último sábado, a única estação de metrô da chamada ''Linha Verde''( Alto do Ipiranga- Vila Madalena)que ainda não havíamos mostrado. O nome ''chácara'' também nos animou: será um lugar repleto de verde? Será parecido com uma cidade do interior? Infelizmente, tais devaneios não se concretizaram... Falaremos mais sobre o assunto nos próximos posts. Alcnol. PS: Notem que, até aqui, não mostrei nenhum ponto de referência como cafés/restaurantes, e os lugares públicos que aparecem nestas fotos estão semi-desertos...
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