Já me perguntaram se eu não estou trabalhando ''a serviço destes ET's todos'', que ilustram o blog e os emails que mando para os amigos. Ainda não, ao menos conscientemente...Se é que já não fizeram alguma ''lavagem cerebral'' anterior, após a minha abdução, para que eu responda aqui justamente isto...Isto é uma piada, por favor! Mas aqui estão mais ET's, para satisfazer a sua e a minha curiosidade...Imagem 1: ET em loja de miniaturas nos Jardins. Imagens 2 e 3: ''Loja do ET'', na Rua Augusta( que, aliás, já está com OUTRA decoração...).
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Filme: ''Cashback''
Este ''Cashback'', do diretor britânico Sean Ellis, é tão bom que me dei ao trabalho de assistí-lo novamente( a primeira foi na Mostra Internacional de Cinema de 2007, onde incrivelmente ele não figurou entre os mais votados pelo público). Em uma quinta-feira, após o encerramento da Mostra ''Indie 2008'' do Cinesesc. Uma curiosidade: você sabia que a inteira no Espaço Unibanco da Augusta, às quintas-feiras, custa módicos 5 reais??? Eu não sabia. Por isto, acabei premiado duas vezes. Por assistir um filme excelente, pelo qual eu pagaria inteira comum sem hesitar, e pela ''pechincha'' descoberta na bilheteria. O filme conta a estória de um estudante de Artes que rompe o relacionamento com a namorada, também universitária, e, movido pela insônia que passa a ter e pela falta de dinheiro, arranja um emprego em um supermercado. A peculiaridade deste personagem é que ele tem o incrível dom de congelar o tempo: imaginem só o que ele não faz com isto...Não, ele não aproveita para roubar toda a grana do caixa! Não sejam tão materialistas...Como pintor, ele congela o tempo e aproveita para desenhar as belas freguesas que passam pela loja. Detalhe: ''ajeitando'' aqui e ali determinadas peças de suas roupas para ter uma ''visão mais ampla da coisa''...No mercado, ele acaba se interessando por uma colega- caixa- que passa a ser o objeto de seu desejo e de suas criações artísticas...Como dizia o saudoso poeta Waly Salomão, ''o sonho não acabou; a vida é feita de sonhos''. O cinema- ontem, hoje e sempre- é a máquina de criação destes sonhos. Por isto chiamos tanto quanto vemos o nosso imaginário invadido gratuitamente por cenas de tortura, tiroteios em favela, filmes britânicos com mafiosos( aliás, esta repetição já virou clichê...), entre outras barbaridades. Ah, mas você não é fã de 24 Horas, com o truculento agente Jack Bauer? Sou, fã de carteirinha...E não pretendo posar aqui de ''arauto da moralidade'', defendendo a censura para filmes mais violentos. Mas tudo depende do contexto, de como se mostra a estória...Como consumidores culturais, às vezes adquirimos um disco de uma banda predileta por causa de 2 ou 3 músicas. Um livro inteiro por causa de um trecho mais interessante. Assistimos inúmeros filmes que, em uma edição mais caprichada, não passariam de meia-hora. No entanto, este ''Cashback''- que por ora estréia em São Paulo em pouquíssimas salas e quase sem divulgação, mais para ''tapar algum buraco na programação''- é um belo exemplo de filme ''redondinho'', bonito, cujas duas horas mais parecem poucos minutos, tal o prazer que sentimos assistindo-o. Por isto o assisti hoje pela segunda vez, e assistiria mais uma se ele resistir mais algumas semanas em cartaz, e comprarei o DVD- quando sair- sem pensar duas vezes. É muito bom estar diante de cinema de primeira. Antes era a regra. Hoje, uma feliz e casual exceção...
O que Obama vai herdar do ''governo''(?)Bush...
Qual é o tamanho do rombo? Qual é a herança maldita que Obama irá herdar de Bush, e qual o preço disto nos próximos anos? Uma matéria no jornal ''O Estado de São Paulo'' do último dia 9 de novembro mostra qual o tamanho do prejuízo. O título da reportagem já é sugestivo: ''Crise Financeira adia 'mudança' prometida por novo presidente''. Segundo a jornalista Patrícia Campos Melo, correspondente do ''Estadão'' em Washington, ''o déficit do orçamento deve chegar a U$1 trilhão( nosso grifo)em 2009 com o pacote de resgate do sistema financeiro e mais medidas de estímulo fiscal que o Congresso quer aprovar. A dívida dos EUA, no fim do Governo Clinton(OBS nossa: que entregou o cargo para seu sucessor com superávit nas contas públicas...), era de cerca de U$5,6 trilhões. Agora está em U$10,3 trilhões- o maior aumento já ocorrido na história( nosso grifo). E pode chegar a U$11,8 trilhões até o fim do ano fiscal. ''Com um déficit de U$1 trilhão, a agenda de qualquer um fica mais modesta'', diz Tyler Cowen, professor de economia na George Mason University. ''Acho que Obama poderá agir bastante na área de regulamentação do sistema financeiro, que não requer muitos recursos, mas seus planos ambiciosos em saúde e energia serão todos adiados''. Esta é a ''herança maldita'' do Governo Bush que Obama irá herdar. Como administrar esta ''bomba econômica'' e as elevadas expectativas de seus eleitores será uma equação política de dificílima resolução. Alguns torcedores da candidatura Obama mundo afora já podem estar inclusive se perguntando: ''por que é que sempre sobra para um negro a limpeza de toda a sujeira criada por seus antecessores?''. Por outro lado, sem a desorganização completa e o derretimento de trilhões de dólares no mercado financeiro mundo afora, quase certamente o candidato ''novato'' e ''fora dos padrões'' não teria sido eleito...O mais realista neste momento é não esperar grandes mudanças no início do Governo Obama. Primeiro ele terá de ''arrumar a casa'', ''manter o barco à tona''- navegando apesar do casco todo furado...A sua própria presença, e a forma audaciosa e original de campanha que surpreendeu os adversários e trouxe uma vitória arrasadora, esta já é, no momento, a grande mudança pela qual todos esperávamos. O resto, que virá aos poucos, e exigirá muita paciência, já será lucro...Alcnol.
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