O título meio ''piegas'' me fez hesitar durante umas duas semanas antes de assistir este filme.
Só na sala, diante do cartaz da película, percebi que se trata de mais uma obra do genial cineasta Terrence Mallick.
Lembram-se do ''Árvore da Vida'', em que ele dedica cerca de DEZ longos minutos para mostrar a origem do Universo, o ''Big Bang''?
Neste ''Amor Pleno'', Mallick está ainda mais radical. A obra é uma ''colagem'' de imagens da natureza, de Paris, de inúmeros pôr-do-sol( acho que é a sua hora favorita para filmar), entremeados pela estória sutil de um homem que é incapaz de amar- acompanhado, ao longo dos anos, por duas diferentes e belíssimas mulheres que se ''derretem'' por sua figura.
Talvez a ''dica'' para ele ''cair fora'' seja aquela hora em que elas falam em casamento, ou quando declaram que o amam...
Ele, interpretado pelo ator Ben Attleck, mal fala- especialmente quando contracena com a atriz que fala em francês...
Aliás, este é um filme ''multi-línguas'': há espanhol( nas falas do padre interpretado pelo ator hispânico Javier Bardem), italiano, russo, inglês, francês, pelo que pude identificar...
E, por sinal, este é um filme do tipo ''pegar ou largar''. Se você aguentar até o fim, verá que o tema principal da obra é o Amor( humano e Divino). Este último é o único que resiste, é permanente. O que não quer dizer que tenhamos de abrir mão do primeiro...
A imagem de uma atriz com as mãos cheias de terra revela um pouco o que é o cineasta Mallick: um homem da Vida, com os pés no chão, mergulhado na natureza...
Deixe que estas imagens de um filme que parece ''longo'' passeiem por sua mente, do mesmo jeito que estão ''deslizando'' pela minha até agora...
Nota: DEZ, até o próximo filme de Terrence Mallick...
Alcnol.