Saindo do ''Chácara Santa Cecília'', onde almocei no dia de hoje, fiz um pequeno passeio pelos arredores- na tranquila Rua Ferreira Araújo, em Pinheiros. Rua florida, pouco movimentada de automóveis, repleta de vários bares e restaurantes, um novo mundo se apresentou para mim nesta região próxima da Rua Pedroso de Morais e da Avenida Faria Lima...No melhor estilo de uma área( incluindo a Vila Madalena, claro)que é uma espécie de pequena síntese da cidade de São Paulo- com edifícios ''chiques'' e ''ultra-modernos'' ao lado de pequenas casinhas e de outras ruas igualmente tranquilas. Detalhe: a Rua Ferreira Araújo não acaba na Pedroso de Morais, como tivemos oportunidade de descobrir após atravessar esta última. Continua por todo um quarteirão exclusivo de casas, já no bairro do Alto de Pinheiros. Nos próximos posts, um rápido passeio por esta região meio desconhecida para este escriba. Um passeio, digamos, meio ''surreal''...Alcnol. PS: Repararam na pequena vila de casinhas?
terça-feira, 30 de junho de 2009
Almoço em uma chácara...
O tradutor do Google deu-me apenas a palavra ''farm'' como significado de chácara. ''Lunched on a farm''( almocei em uma fazenda). Pobre tradução. Fazendas e chácaras são distintas. É possível ter uma fazenda completamente sem árvores( pergunte para os proprietários de terra no interior do Estado de São Paulo...centenas de quilômetros ao redor da Rodovia Anhanguera, e nem uma árvore...)Onde você estava?, perguntariam os mais curiosos. Não saí de São Paulo, aviso. E nem fui muito longe: o bairro de Pinheiros foi o meu destino. Mas com um adendo: comi em uma chácara...Resquício dos bons e velhos tempos em que o bairro de Pinheiros era dividido em chácaras, o restaurante ''Chácara Santa Cecília'' tem no ambiente verde com frondosas árvores o seu grande diferencial...Não que a comida( R$31,oo o bufê, fora bebidas)também não seja boa. Ao contrário...Bufê com arroz integral, feijão azuki, salada, batatas, peixe e, de quebra, basta pedir aos garçons que eles trazem uma picanha saborosa da cozinha( sem nenhum acréscimo no preço...). No meu caso até ofereceram mais uma, quando eu já estava terminando o prato quente...Recusei, de olho nas sobremesas- um detalhe à parte. Uma freguesa que estava com um grupo de colegas de trabalho só exclamava ''Oh, meu Deus!'', ''Oh, meu Deus!''. Não sei se estava falando com o pudim de leite, com a cocada branca ou com o pavê de limão...Mas é fato que estes restaurantes estilo ''bufê'' são locais ideais para ''encher o prato''- e, se você estiver lutando com a balança, isto é um alto risco...Bom mas, fora estes alertas, a refeição foi muito boa, melhor do que o esperado. Pois não é todo dia que temos a oportunidade de almoçar sob a sombra das árvores, ouvindo o canto dos pássaros ( mesmo com a conversa alta dos paulistanos, isto é possível...). Descobrimos que às segundas e terças o restaurante fica restrito a uma área específica no final da ''mata''. Mas, no restante da semana, temos todo um espaço verde especialíssimo onde cabem cerca de 700 pessoas para escolher o local mais apropriado para nossas refeições...Destaque, uma vez mais, para o fato de que são raríssimos os espaços na cidade de São Paulo onde se pode contar com uma área verde tão bela e vasta( tem o Figueira Rubayat, o ''La Table'' da Bela Cintra, o ''Capim Santo'' da Ministro Rocha Azevedo, e um restaurante que ainda não visitamos na Rua Casa do Ator, no Itaim...). Aproveitamos o tempo livre após o almoço para dar um pequeno passeio pelos arredores deste ''Chácara Santa Cecília'', que será mostrado nos próximos posts deste blog...Alcnol. PS: Juro que não almocei aquela galinha flagrada nos jardins do restaurante...
Verde-limão, retrô e fashion ao mesmo tempo: mais um Fusca...
Edifício ''invisível'' na Alameda Tietê- Jardins...
Sabe quando você passa inúmeras vezes por um lugar , e só depois de muito tempo ''descobre'' algo que já estava ali desde sempre? É o caso deste pequeno edifício na Alameda Tietê- entre as Ruas Bela Cintra e Haddock Lobo- nos Jardins. Área nobre, cercado de inúmeras ''mansões'' verticais, e o prédiozinho antigo lá, escondido por uma árvore bem na sua frente...Desta vez ele não me ''escapou'': aqui fica o registro de mais um destes contrastes da cidade de São Paulo...Alcnol.
O Mediterrâneo, na Pedroso Alvarenga( Itaim)
Nesta atividade de ''crítico gastronômico amador'', que acabamos exercendo de forma meio que involuntária nos últimos meses, já deparamos com inúmeras espécies de restaurantes na capital paulista. De bufês vegetarianos a cantinas italianas, churrascarias, passando também- quando o bolso permite- por alguns dos mais ''badalados'' estabelecimentos da cidade de São Paulo. Até mesmo com direito a alguns ''furos''( informação jornalística de primeira mão), como no recém-inaugurado ''Siá-Mariana''( rodízio de peixes de água doce)na Rua Amauri, no ''Le Buteque''( Rua Haddock Lobo), ou no peruano ''La Mar''. Após tanto ''esforço'', não dá para evitar classificar e avaliar os lugares de acordo com padrões pré-estabelecidos. Já afirmei até mesmo, neste mesmo blog, dispensar os lugares ''apenas bons''- porque somente os ''muito bons'' e ''ótimos'' me interessariam em uma cidade com tantas opções...De vez em quando, deparamos com algo que vai de encontro aos nossos padrões e conceitos. O ''Cantaloup'', restaurante visitado na terça-feira passada, bem mereceria fazer parte de uma imaginária categoria ''seis estrelas''...E há um outro problema: os bistrôs, abundantes nesta gigantesca metrópole, também desafiam nossas categorias. Isto porque, como descobri este domingo ao almoçar no ''Provenza''( Rua Pedroso Alvarenga, 500 e poucos- Itaim), estes estabelecimentos conseguem como ninguém combinar a boa gastronomia com lugares charmosos e preços acessíveis. O lugar, criado há cerca de 3 meses, fica do outro lado da rua, em frente ao conhecido ''Dolce Villa''( culinária italiana). Ambos foram criados pela jornalista e agora ''chef'' Lindinha Sayon. Na nova casa, ela pretendeu- até mesmo na criação do ambiente, claro e com sacadas e paredes de pedra- transportar seus frequentadores e clientes à região do Mediterrâneo. Por isto já afirmamos anteriormente que ''em São Paulo não se come apenas, se viaja...''. Os pratos tem inspiração em países como a Espanha, França, Itália, Grécia, Líbano, Marrocos...Experimentamos o espeto de cordeiro com rodelas de tomate e cebola, acompanhado de arroz com ''pignolis''( o nosso conhecido ''pinhão''...), bem como um pouco do ''leitãozinho'' pedido por outra pessoa na nossa mesa( este com farta porção, no melhor estilo das cantinas italianas). Uma comida leve, saborosa, e ainda com ótima relação ''custo-benefício''... O ''Provenza'' conta com 3 ambientes e, no momento em que encerramos o nosso almoço, os dois de baixo já estavam repletos de gente( sinal de que a nova casa da ''chef-jornalista'' já caiu no gosto dos paulistanos apreciadores da boa culinária o que, a julgar pelo que comemos, não é nenhuma surpresa...). Saímos curiosos por informações a respeito da ''casa-matriz''( o ''Dolce Villa, do outro lado da rua), que merecerá também uma visita especial mais à frente. Como conclusão, apenas uma breve frase: com bistrôs como este ''Provenza'', a nossa atividade de ''crítico gastronômico'' torna-se bem menos ''arriscada''...Alcnol. PS: Fotos( de baixo para cima)do leitãozinho, do saboroso espeto de cordeiro, de um dos ambientes do ''Provenza'' e de sua entrada...
Assinar:
Postagens (Atom)