Escrevemos estas linhas ainda sob a forte repercussão do incidente na capital do Estado de Goiás, em que um homem tomou posse de um avião e, após circular por parte da cidade, atirou o mesmo contra um movimentado Shopping Center frequentado por milhares de pessoas. O homem era investigado pela Polícia por, entre outras coisas, ter abusado de uma menor de 13 anos de idade( estupro presumido, segundo a Lei Penal). Por isto, pegou a própria filha de apenas 5 anos e, armado, se apossou de um avião monomotor da Embraer em uma pequena cidade a 100 KM de Goiânia. Agora é que os fatos se tornam mais polêmicos: foi acompanhado por dois aviões da Força Aérea Brasileira no seu percurso até a Capital goiana. Aqui um dilema cruel: o que vale mais, a vida de uma menina de 5 anos ou a segurança de milhares de pessoas? A escolha da nossa Força Aérea aponta para a primeira hipótese. Para não bombardear o avião de imediato, enquanto se aproximava de uma Capital de Estado, devem ter pensado em preservar a vida da menina. Isto mostra o quanto estamos atrasados em matéria de segurança, despreparados para atentados ou incidentes do tipo. Será que a Força Aérea teria sido tão ''tolerante'' se o avião tivesse se dirigido para Brasília? Será que os pilotos ficariam olhando enquanto o monomotor se aproximasse das ''Torres Gêmeas'' do Congresso Nacional, ou do Palácio do Planalto? Em Goiânia, sabe-se, eles nada fizeram enquanto o avião passava nos arredores do Aeroporto e acabou chocando-se contra o estacionamento do Shopping que, naquela hora, estava lotado...A intenção do suicida, claro, era chocar-se contra o Shopping. Se tivesse tido êxito, estaríamos agora falando em uma tragédia de grandes proporções. Todo este incidente revela que, em matéria de segurança, ainda temos muito a aprender. Sugerimos aos nossos ''especialistas em segurança'' que assistam alguns episódios da série norte-americana ''24 Horas''. O agente ''Jack Bauer'' não teria hesitado em abater o avião, nas proximidades de Goiânia...
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