Aqui em São Paulo há um cinema- da rede Espaço Unibanco- onde eles colocam na entrada os cartazes dos próximos filmes. O ''Nome Próprio''( de Murillo Salles, com Leandra Leal) era um daqueles que mais chamavam a minha atenção. - Como será o ''filme da Internet brasileira?'', eu me perguntava. A ''espera'', após o aparecimento do cartaz, levou mais de 2 meses. E, quanto maior a espera, maior a decepção...Sabemos que não é fácil para o cinema brasileiro competir com os ''blockbusters'', em especial no período de férias. O número de espectadores de filmes brasileiros está em plena queda, aponta-nos a imprensa. Há que se separar, para avaliar o ''Nome Próprio'', dois aspectos: a estória- repleta das velhas fórmulas de bebedeira, sexo casual e ''radicalismo'' existencial, um ''barracão'' bem ao estilo dos ''reality shows'' tão abundantes na TV de todo o mundo- e a parte em que ela escreve o seu blog. Nesta segunda, para não ficar ''monótona'' para a platéia uma atividade que é essencialmente interior, as palavras vão deslizando pela telinha à medida em que ela escreve...Como todo filme dividido em pelo menos dois aspectos, este fica devendo pela dosagem. Muito ''barraco'', muita nudez exterior, como os diretores nacionais parecem imaginar que a platéia ''prefere'', e pouca Internet- que foi o principal motivo que nos levou a assistir esta película...Em suma: não houvesse uma ''parte Internet/blogueira/literária'', tratar-se-ia de uma obra perfeitamente dispensável...Este não é, definitivamente, um filme que vai empolgar o universo blogueiro aqui e pós-fronteiras. Também não é uma grande obra de arte( nisto europeus e argentinos estão anos-luz à nossa frente). Mas vale a pena assistí-lo, se fizermos a nossa ''edição personalizada''. Nem tudo presta, nem tudo é ruim...Como na...Internet???
Nenhum comentário:
Postar um comentário