Se pudéssemos ver, de verdade, um ser humano- como ele é, de fato- poderíamos vê-lo debatendo-se entre fios invisíveis. Para ele, tais fios são ''reais''. São, em realidade, constituídos da matéria de seus pensamentos. Não há limites para o que um ser humano possa fazer. Mas, onde quer que estejamos, até mesmo em uma roda de bar, sempre uns se colocam como os ''líderes'' e os demais como ''comandados''. Nas salas de aula, não há lugares marcados. Mas os alunos sempre se situam nos mesmos lugares, e ai de quem ousar ''invadir'' um lugar ''alheio''...Mas, voltando às energias que pairam sobre as mentes humanas, a pessoa em tese- que poderia ser eu ou você/s- gasta boa parte da existência debatendo-se com os tais ''fios'' que a estariam prendendo. De fora, externamente, não podemos ver fio algum. Mas ELA os enxerga, e tenta freneticamente desprender-se deles pela força, com reza, promessas, etc. Na cabeça dela, e de muitos de nós, a Divindade poderia ser ''comprada'' com agrados, promessas, oferendas. Isto não é muito diferente da visão dos chamados povos ''primitivos'', não? Mas que ''fios'' são estes que só a pessoa pode ver? Por que nós não os vemos? Não os vemos porque não há limite algum. Não há fio algum. Nada a impede de conseguir o que quiser, EXCETO os seus próprios pensamentos ( que não são apenas dela, mas os de seus amigos, antepassados, as idéias predominantes na sociedade ). O irônico é que, no caso em exame, nós conseguimos ver que não há fio algum. Porque estamos vendo de fora. O mais complicado é que alguém que NOS veja de fora constatará facilmente que estamos lutando á tôa. Não há fio algum nos prendendo. Mas, para nós, aqueles fios são como cordas, ou algemas de metal...E a coisa se prolonga infinitamente. Veremos a pessoa que nos enxerga e analisa, e veremos que não há fio algum prendendo-a. Mas, PARA ELA...
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