quarta-feira, 9 de abril de 2008

O inferno são os outros. Certo?

Neste enorme oceano de informações que é a internet, este blog ocupa um minúsculo espaço. Sequer sei se é lido por alguém, mas este não é o seu propósito principal. Lido ou não, se aproxima do número 100, e isto é motivo de comemoração: como pode alguém tão instável criar uma coisa constante? Como pude resistir á eterna tentação de ''chutar o pau da barraca'' e deletar tudo de uma hora para outra? Como pude resistir á vergonha de ter os meus pensamentos devassados/devassáveis por todo mundo, isto se houvesse alguém interessado em ler estas besteiras todas?Mas o tema desta postagem não é o meu umbigo. A esta altura já tive tempo de aceitar o meu umbigo como ele é...He, he, he...O tema deste ''post'' é a liberdade. A mais radical liberdade, defendida pelo autor da frase ''o inferno são os outros'' ( Jean Paul Sartre ). Como podemos ser livres sem deixar os outros livres? Se escutarmos as conversas alheias, veremos que elas giram mais ou menos em torno do mesmo tema: ''eles'' não me entendem, ''eles'' ( meus filhos, meu marido/esposa, meu gato, meu cachorro, meu namorado/a/ as/os ). Nós estamos sempre esperando que os ''outros'' se ''emendem'', e ''eles não estão nem aí''. Isto é ser livre? Poderemos ser livres em eterno estado de expectativa quanto à conduta dos outros? Os ''outros'' não vão se ''corrigir', nem ''emendar''. O papel destes outros é mesmo este, o de nos ''atazanar'', ''provocar'', ''maltratar'', até que NÓS descubramos a nossa força. Ser LIVRE é ser FORTE, independentemente da opinião dos ''outros'' sobre nós. O ''comando'' divino é diferente dos vários comandos deste mundo. Nestes, um manda e os outros obedecem. No plano divino, este é o palco em que nós aprenderemos, por bem ou por mal, a viver uns com os outros. Por mais sofrido que seja. É TUDO UMA FARSA, UM TEATRO, mas nós achamos que é sofrido. Dói, mas passa...Depois vem uma nova vida, um novo palco, onde nós, novamente, no momento em que recordemos a verdade, descubriremos uma vez mais a nossa força. Ser livre, enfim, é aprender a revelar o que está dentro de nós, e isto é nossa missão indelegável, e aprender a conviver com os demais como eles são também: seres livres, independentes, DIFERENTES, autônomos, que nós iremos aceitar ou não em nossas vidas se quisermos, e vice-versa. Belo mundo este em que todos podemos ter a nossa própria página pessoal, onde nos revelamos por meio das nossas divagações/perguntas. Discordam? Melhor para vocês...

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