sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Atletiba-II: adendos

Como pude esquecer de falar dos queros-queros ( ou quero-queros? ) que eu vi no gramado, inclusive depois do início do jogo? No início eles foram democráticos: 4 no campo do Curitiba, do lado esquerdo, e 3 no campo do Atlético. Depois foram se agrupando em um só dos lados. Mas não deixaram o gramado. O máximo que fizeram foi sair das quatro linhas conforme o jogo ia ficando mais disputado...Mas ficaram por ali, por perto da peleja...No intervalo e no final do jogo, as pizzas que são servidas tradicionalmente, e o cheiro forte dos pastelões que alimentam os torcedores naquela fria cidade. Ao final, quando os torcedores do Coritiba foram forçados a ficar trancados sem poder sair por 15 minutos, eu olhei ao redor e parecia que estava na Alemanha, na Suécia. Era uma brancura só! Algo estranho de ver em estádio de futebol. Só havia visto uma cena assim em Brasília, em um jogo do Fluminense...Isto não traduz a diversidade da própria cidade de Curitiba, que tem muitos orientais e alguns negros. Só mostra que, em primeiro lugar, eu estava no setor das cadeiras, e não nas arquibancadas. E, depois, que- tanto na Arena da Baixada quanto no Couto Pereira- quem freqüenta jogos de futebol é a classe média curitibana, que pode pagar, no mínimo, 30 paus por um ingresso...Depois, a cultura européia e de seus descendentes é muito forte nas cidades do Sul, e não evidencia necessariamente poder financeiro: ouvi uma daquelas pessoas falando com os amigos que ia voltar à pé porque só tinha ''um real''...

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