Em uma outra viagem a Santiago, lembro que um Guia de Viagem que levei classificava este ''Europeo'' como o ''Melhor Restaurante da Cidade''.
Sem nenhum demérito a esta excelente refeição que tive, acredito que afirmações como esta são temerárias em metrópoles que abrigam mais de 5 milhões de habitantes...
Em uma cidade menor, é muito mais fácil apontar o ''the best''- até porque o número de opções também é menor. Em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Santiago do Chile- para citar algumas das cidades que conheço- creio que é melhor tratarmos de ''listas''. É mais cauteloso, e justo, elencarmos um ''top 5'' ou ''top 10''- sem esquecer que muitas vezes é possível até elaborar um ''top 5'' por categorias: ''top 5 de carnes'', ''top 5 de comida italiana'', etc.
Por que estou assim tão cauteloso?
Porque conheço o ''Europeo'' e, por mais fantástica que tenha sido esta refeição- um atum, ''regado'' a um excelente vinho da ''Concha y Toro''( vide comentários a seguir)- também é necessário admitir que a cidade de Santiago não para de surpreender-nos no quesito gastronômico( sem contar a riquíssima parte cultural)...
Vinhos: em nosso país, minha cautela típica de ''classe média'' recomenda que nunca passe de uma determinada faixa de valor na hora de escolher um bom vinho. Sim, admito que o preço é um fator condicionante nesta hora- ao contrário do que fazem vários de nossos políticos...
Meu ''critério'' para escolher vinhos passa pelo preço: algo entre R$ 80,00( oitenta reais)e R$ 120,00( cento e vinte reais), quando estou acompanhado( só, fico com uma taça ou meia-garrafa- meus limites alcoólicos naturais...).
No Brasil, isto basta para ficar em uma faixa ''intermediária'' na Carta de Vinhos. Sei que existem opções muito melhores( e mais caras)acima disto, mas também dá para não ficar lá ''embaixo''( nas opções mais ''econômicas'').
Preço, no nosso mundo, quase sempre está ligado a qualidade. Não existe nada de ''graça'', e um tênis de cento e poucos reais nunca se igualará a um lançamento de seiscentos ou mais...
Bom. Foi com este ''critério'' muito mais financeiro do que técnico( o que ''entendo'' de vinhos, afinal ?!)que escolhi o vinho( Concha y Toro, que conta com uma loja vizinha ao restaurante)que acompanharia este primeiro almoço na capital chilena. Um vinho em torno de $ 25.000,( vinte e cinco mil pesos, cerca de R$ 100,00- cem reais)estaria de bom tom para ''começar'' este passeio gastronômico/''etílico''/cultural por Santiago...
Só me esqueci de um detalhe: por este valor- que mal me coloca na classe ''intermediária'' nos restaurantes brasileiros- é possível consumir os melhores vinhos ''nacionais'' lá no Chile...
Em suma, de imediato percebi que ali- além da parte gastronômica, claro- eu também era ''top'' na faixa etílica...
Ser ''top''- consumir o que há de melhor e mais caro- nunca faz mal a qualquer ser humano, por mais que alguns gostem de falar mal das ''elites''...
Alcnol.
PS: Passado este ''choque vino-econômico'', teríamos ainda uma tarde bastante movimentada no quesito ''passeios''. Sairemos da Avenida Alonso de Córdova para uma verdadeira ''maratona'' por alguns dos lugares mais interessantes da capital chilena e que, por sinal, não ficam muito distantes...
Haveria alguma coisa em Santiago que eu ainda não conheço ?
Muitas coisas, veremos a seguir...
PS2: A nota do almoço, daquele excelente atum, seria um 10. ''E meio'', para ser mais preciso...Mas estou sempre aberto no que se refere a melhorar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário