Uma torcida carioca, creio que a do Botafogo, até compôs uma música com esta expressão que, acredito, se aplique também à própria cidade do Rio de Janeiro: ''à beira do caos''.
Estranho isto. Normalmente, ''caos'' é uma situação que caracteriza excepcionalidade. Como seria ''viver à beira do caos'', ter o ''caos'' como fato comum do dia-a-dia?
O Rio de Janeiro- cidade que volta e meia tem suas principais vias tomadas por bandidos que trocam tiros com cidadãos inocentes ou contra a Polícia, que criou a expressão ''bala perdida'' para se referir a pessoas alheias ao conflito que cotidianamente são atingidas indiretamente pelo mesmo- possui um certo ''know-how'' de convivência com o caos, não é mesmo?
Mas ainda estávamos, naquela tarde de quinta-feira, inebriados por nosso passeio pelo Bairro Peixoto, uma área singular de Copacabana. Tanto que, olhando melhor, até mesmo estas fotos- tiradas já fora do Bairro Peixoto- caracterizam-se por uma certa semelhança e proximidade com aquela tranquila região da cidade...
Um condomínio de casinhas á beira de uma montanha: eis um Rio de Janeiro que continua a pulsar entre o ''novo'' e o ''velho'', entre a ''modernidade'' de seus ''espigões'' à beira da praia- neste que é um dos mais caóticos e mal planejados bairros de toda a cidade- e os sinais de um Rio onde o tempo insiste em correr( ou melhor, caminhar)em um ritmo bem mais pausado...
Alcnol.
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