sábado, 30 de outubro de 2010

Rua Barão de Itapetininga, rumo à Praça da República- a última caminhada da campanha Serra Presidente em São Paulo...

Havia de tudo um pouco nesta caminhada pró-José Serra Presidente realizada no dia de ontem( sexta, 29 de outubro de 2010)pelo centro da cidade de São Paulo: aposentados, jovens, grupos representando outros estados( a exemplo de Santa Catarina), militantes pela causa da Diversidade Sexual( o candidato manifestou-se favoravelmente ao reconhecimento da União Civil entre pessoas do mesmo sexo), manifestantes usando capacetes( lembrando aquele infeliz episódio ocorrido semana passada no Rio de Janeiro, quando militantes petistas atiraram um rolo de fita crepe contra o candidato Serra).
Confesso que, neófito em manifestações tucanas, não esperava ver tantos grupos diferentes. E nem tanta animação...É como se todo este ânimo estivesse represado, à espera de se libertar...O partido contrário- o PT- é mais conhecido por sua capacidade de mobilização das ''massas''...
Até mesmo eu, distante há vários anos de manifestações do gênero, senti um certo sentimento de ''deja-vu''. De uma rara empolgação. Mas não deu para pegar bandeiras, faixas ou coisas do gênero, já que estava também preocupado em registrar a caminhada...
Estamos nos aproximando do ''clímax'' do ato, em plena Praça da República...
Alcnol.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mostra Internacional de Cinema...

Para mim, esta Mostra Internacional de Cinema  de  São Paulo( edição 2010)é marcada por algumas peculiaridades:
Em primeiro lugar, descartamos filmes por ''incompatibilidade geográfica''. Nem pensar em, novamente, sair da Cinemateca( Vila Mariana)com destino ao Shopping Frei Caneca, com pouco mais de 20 minutos entre um filme e outro...Verdadeira ''Missão Impossível''...
Mesmo próximos, alguns cinemas nos forçam cada vez mais a sair antes do final de uma sessão para chegar( atrasados)a outra...Nossa mente fica, ao final, repleta de ''flashes'' de filmes: parte de um dinamarquês, parte de um japonês...
Ontem isto ocorreu comigo, com uma vantagem: os atrasos, cada vez mais comuns, fizeram com que eu, finalmente, pudesse assistir uma sessão ''cheia''( completa).
Os horários de alimentação também já foram para o espaço, com algumas sessões iniciando 12h...
Filmes alternativos podem ser repletos de ''clichês'', dando origem a gêneros( latino, asiático, europeu, etc.). Porém, com a rara exceção do alemão ''Anjos de Cara Suja''- uma ''bomba'', a que daria a nota mínima  de 1- mesmo as obras mais ''medianas'' estão acima da média do que se vê normalmente nos cinemas brasileiros. 
Se não fosse por isto, valeria sofrer todo este ''stress'' da Mostra  de São Paulo?
Alcnol.
PS: Uma vez mais, enquanto a cidade promete esvaziar-se neste feriado prolongado- apesar das eleições de domingo- os cinemas deverão estar, com toda certeza, bem cheios. Prepare o seu lugar...

Entre a Berrini e a Marginal Pinheiros há um ''mundo''...

São Paulo desafia ''puristas'' de todos  os tipos...
Mesmo em um simples post como este, que mostra os arredores da Praça General Gentil Falcão- no Brooklin, arredores da Avenida Luís Carlos Berrini- é quase impossível deixar de ter a impressão de que o autor deste blog ''enlouqueceu'': afinal, o que há em comum entre a Praça e os majestosos prédios ao redor?
Em comum apenas o mesmo espaço geográfico, é a resposta óbvia...São Paulo, salvo talvez nos condomínios mais afastados, não é dotada dos atributos do ''planejamento'', da ''homogeneidade''. Quem gosta de ver tudo ''certinho'', ''arrumado'', se sentirá desconfortável aqui, pois nem sequer uma mesma região é digna de receber estes adjetivos...
São Paulo já viveu diversas ''ondas'' no mercado imobiliário: de ''chique'', o centro da cidade foi sendo progressivamente abandonado( e até hoje ainda está longe de recuperar-se...), a Avenida Paulista já abrigou o ''boom'' de lançamentos imobiliários( especialmente de escritórios), mas a falta de espaço forçou a descoberta de novas áreas.
Estas novas regiões- em torno da Rua Funchal, no Itaim Bibi, ou nos arredores da Avenida Luís Carlos Berrini, que estamos mostrando- possuem algumas características surreais:  são repletas de movimento apenas durante o dia, transformando-se em ''cidades vazias'' à noite...
Quanto à busca por ''homogeneidade'', este objetivo foi parcialmente conquistado: não se vêem, de fato, moradores ''indesejáveis''( como mendigos, por exemplo)nestas ''cidades-escritório''. Quase não se vê até mesmo gente fora dos horários de pico, para falar a verdade...
Estas construções modernas, repletas de vidros fumê, não fariam feio em alguma locação de filmes de ficção científica sediados na capital paulista: se os orientais conseguem fazer películas sensacionais em cidades como Cingapura, para dar apenas um exemplo, com as ruas praticamente desertas, por que não conseguiríamos fazer o mesmo? Está lançada a ideia...
Enquanto isto, a palavra que nos vem à mente para descrever tais cenários é ''funcionalidade''. Paulistanos são bastante simpáticos ao conceito: a ''ordem'' que vislumbramos por aqui é a ''ordem'' do concreto, das ruas e dos edifícios bem desenhados, das praças em ordem( certamente mantidas assim por algumas das empresas sediadas ao redor).
Nem sempre ''funcionalidade'', e esta é a pequena crítica que fazemos, está ligada a ''humanismo''- colocar o ser humano no centro de tudo. Nas ''cidades-escritório'' paulistanas não há lugar para moradias no entorno, salvo como raríssimas exceções...Quem usa todas estas praças que estamos mostrando? Provavelmente os funcionários de todos estes escritórios, antes ou após o almoço...
Alcnol.
PS: Na ''funcionalidade'' paulistana, sequer há espaço para pedestres em diversas construções como a Ponte Estaiada. Os ''corredores de ônibus'' também são feitos no mesmo modelo, aproveitando cada centímetro de espaço disponível na cidade que, como ninguém, conseguiu fazer( e ser)uma mistura de escritório com garagem...
São Paulo não deixa de ser um verdadeiro ''altar para o automóvel''- este centro de todas as coisas. Pena que é um ''altar para carros cada vez mais imóveis''...

Avenida Luís Carlos Berrini, em São Paulo...

O passeio pelo bairro paulistano do Brooklin poderia ter acabado por aqui. E até surpreendente que não tenhamos encerrado tudo neste lugar tão cheio de tudo o que São Paulo possui de pior: barulho de buzinas, automóveis parados na faixa de pedestre mesmo com o sinal fechado, congestionamentos gigantescos...
No entanto, mesmo a Avenida Luís Carlos Berrini é capaz de possuir um certo encanto- eis um paradoxo. Sua ''feiura'' é também inseparável de um claro ar de ''modernidade'' que reveste suas construções. Se você não é capaz de enxergar isto, também não gostará muito da capital paulista- da qual a Berrini é apenas uma gota no oceano...
Se o corpo humano é capaz de, mesmo belo, apresentar defeitos como estrias e barrigas salientes, do mesmo modo a metrópole reune lado a lado suas maravilhas e suas misérias. Quem busca a ''perfeição absoluta'' deve mudar-se urgentemente para o lugar mais isolado possível: uma praia deserta, uma cidadezinha longe da tal ''civilização''.
Nós, que vivemos por aqui, mal conseguimos disfarçar nosso descontentamento e nosso ''tédio'' quando temos de abandonar toda esta ''agitação'' que nos cerca no dia-a-dia. E ,afinal, só quem tem o ''direito'' de criticar nossas ''mazelas'' somos nós mesmos, os moradores, que estamos imersos nelas. Dizem que ''roupa suja'', em família, se lava em casa...
Alcnol.
PS: Nos próximos posts, um passeio pelos arredores da Berrini...

Comer, Rezar e Amar...

Minha maior relutância em assistir este filme- no período anterior ao início da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, edição 2010- foi a sensação de que se trataria de mais um filme ''mulherzinha''( ''água-com-açúcar'', final previsível, piadas sem graça, algo para se assistir bem acompanhado e apenas por causa da companhia...).
Quanto ao final, corresponde ao que eu esperava...
No entanto, a ideia de largar tudo e passar um ''ano sabático'' viajando pelo mundo inteiro e fazendo apenas o que nós gostamos é comum aos dois sexos. Ou seja, a todas as pessoas...
E os lugares mostrados( Itália, Índia, Bali)são maravilhosos, o que só recomenda a obra em discussão.
Bali, por sinal, é um sonho antigo meu. Que perdeu um pouco de força após os atentados de 2004( creio ser esta a data, mas não tenho certeza)...
Julia Roberts, em si, já ''enche'' a tela com todo o seu charme e beleza, mas acho que a predominante plateia feminina na sessão que assisti não estava ali para vê-la...Aliás, não lembro de nenhum filme ruim com a Julia Roberts...Sinal de que ela sabe escolher muito bem os papéis, e também de que a sua simples presença em uma película já é capaz de dar-lhe um pouco mais de qualidade...
Mas por que falar neste filme em plena Mostra?
Talvez sinal de que o tal ''ano sabático'' não me saiu da cabeça desde então...
Alcnol.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Arredores da ( Avenida Luís Carlos)Berrini...

Esta bucólica pracinha representa um ''marco'' neste passeio pelo Brooklin: este é o último ponto distante da São Paulo ''real'' de todos os dias. Aquela tão conhecida, marcada pelo barulho, pela poluição, pelo trânsito carregado, pelo stress...
Estranho foi o fato de, pela primeira vez, termos chegado a um dos epicentros desta ''São Paulo real''- a Avenida Luís Carlos Berrini- por um caminho totalmente diferente. Que foi mostrado aqui nos últimos posts.
O passeio acabou? Ainda não. Ainda falta um pouco para chegarmos aos arredores da Marginal Pinheiros, onde tomaremos o trem da CPTM com destino a nossa residência( somando-se, também, um pequeno passeio de ônibus para completar...).
Vou poupá-los destes detalhes. O Brooklin é que é o tema desta série de posts...
Alcnol.

Descendo a ( Rua) Pensilvânia, no Brooklin...

O que todos estes lugares da cidade de São Paulo que já mostramos aqui em inúmeros passeios tem em comum?
Simples. O fato de que as mais diversas regiões da cidade possuem, em si, um pouco deste ''caos'' que a caracteriza como um todo...
Poder-se-ia afirmar, portanto, que no fundo este é um blog de ''um tema só''...Certo...
Em um único passeio, como este pelo Brooklin, andamos por ruas semi-desertas, repletas de belas casinhas. Depois, deparamos com edifícios valorizados e elegantes- certamente de alto padrão. O cenário que observamos nesta descida pela Rua Pensilvânia não é muito diferente( à exceção do fantástico ''Bosque do Brooklin'', que ficou definitivamente para trás).
Estas fotos- que, para melhor compreensão, devem ser vistas ''de baixo para cima'', na ordem em que foram publicadas- refletem parte deste ''caos'' paulistano( ruas tranquilas ao redor, condomínio de apartamentos ocupando todo um quarteirão, e, ao fundo, os sinais de que estamos entrando em uma área vizinha completamente oposta: a Avenida Luís Carlos Berrini...Sobre esta, falaremos mais no próximo post...).
Em São Paulo, as paisagens mudam em questão de segundos. Ou metros...
Alcnol.

sábado, 23 de outubro de 2010

Este não é mesmo o Brooklin que eu esperava ver...

Este certamente não era o bairro do Brooklin que eu esperava ver. Após passarmos pelo ''Bosque do Brooklin'', e chegarmos à conhecida Avenida Santo Amaro, decidi fazer algo meio inusitado: descer a Rua Flórida EM LINHA RETA- prática não muito frequente em minha vida e neste blog- até a Marginal Pinheiros...
Distantes estão os prédios altos e imponentes que vimos na Rua Pensilvânia: o cenário mais parece o de uma pequena cidade do interior, repleta de casas e até árvores floridas...Tudo a ver com o nome da Rua( Flórida)...
Apesar do TRAÇADO RETO que este passeio começa a assumir, pequenas surpresas ainda nos  são reservadas. Em São Paulo, até mesmo uma simples esquina pode separar áreas radicalmente distintas entre si...Aguardem...
Alcnol.

''Bosque do Brooklin''- fim



Nada melhor do que uma pequena parada para recarregar as nossas energias após uma longa caminhada.
E olha que este passeio pelo bairro do Brooklin ainda está longe do fim...
Após uma breve passada pelo Bosque do Brooklin- objeto deste e dos posts anteriores- continuaremos o passeio no próximo post e nos seguintes.
''Carpe Diem''...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

''Bosque do Brooklin''- continuação...

O que seria deste mundo se todos os que creem em um Criador, um Deus, decidissem edificar- além de vistosas Igrejas- pequenos ''Santuários''como este, onde o silêncio e a paz nos remetessem à perfeiçaõ da Obra Divina?
Uma perspectiva espiritualista nos levaria a uma perspectiva ecológica...
Enquanto não vivemos neste mundo ideal, nada melhor do que ressaltar algumas das maiores qualidades deste em que vivemos.
Se preferi abordar a importância de lugares como este belíssimo ''Bosque do Brooklin'' nos posts anteriores, neste aqui destaco o imenso PRAZER que tive ao conhecê-lo.
Respirar ar puríssimo, em plena cidade de São Paulo, não tem preço...Assim como respirar o cheiro daquela área verdejante. Ouvir o canto dos pássaros, descansar um pouco de toda a correria desta metrópole que se orgulha de ''nunca parar''...
Se isto- o mais perto do ''céu'' que podemos atingir em plena vida- não nos fizer lembrar do Criador e de sua vasta obra, o que mais poderá fazê-lo?
Alcnol.
 

''Bosque do Brooklin''...

Esquina das Avenidas Portugal e Padre Antônio José dos Santos. 
Este é o endereço deste pequeno tesouro: uma das últimas áreas verdes da cidade constituídas de pura Mata Atlântica...''Bosque do Brooklin''- a região em que ela está situada- é o seu nome...
Nada de parques artificiais, repletos de mudas minúsculas que mal podem proteger-nos do forte calor paulistano. Eles só servem, na realidade, para aumentar as estatísticas dos diversos Governos( Estadual ou Municipal'': ''plantamos 700 mil árvores no último mandato'', eles dizem...).
O pequeno bosque é constituído de mata cerrada. Daquelas que mal permitem a entrada de raios de sol, mesmo nos dias mais quentes.
Um raro ''oásis'' que, como exceção, acaba revelando  quanto mal a perspectiva ''desenvolvimentista'' já fez tanto na cidade quanto no restante do Estado de São Paulo. Hoje o verde só serve como ''ornamentação'', ''embelezamento'' diante do crescimento incontrolável de novos imóveis e de carros trafegando pelas principais ruas e avenidas... 
Ao menos o pequeno ''Bosque do Brooklin'' nos lembra de uma coisa: se quisermos ter um futuro diferente, a hora de garantí-lo é agora. Que nossos filhos não sintam espanto diante de um bosque ou de uma floresta- abatidos implacavelmente em razão de projetos de ''crescimento econômico''...Isto vale tanto para a cidade de São Paulo quanto para o resto do país...
Alcnol.