Em outro post sobre o restaurante ''Pomodori''( Itaim Bibi, Rua Renato Paes de Barros), até cheguei a mostrar o famoso ''trio suíno'' da casa( 3 diferentes versões de carne de porco em um mesmo prato). Mas, que azar!, aquele não foi o meu pedido...E nem tive a iniciativa de pedir um pouco para a acompanhante daquele dia...
Por isto, quando voltei este domingo ao mesmo restaurante, qual não foi a minha surpresa ao pedir pela primeira vez aquele prato. ''Divino'', ''Excelente'', ''Sensacional'', adjetivos não faltam para descrevê-lo. Embora em um ambiente ''chique'', ''5 estrelas'', ao provar uma refeição como esta temos a sensação de estar em outro lugar: quem sabe em uma fazenda, no interior deste país? Isto porque este ''carro-chefe'' do ''Pomodori'' alia a competência ao sabor( e que sabor!).
Esqueçamos as constantes considerações a respeito do preço, comuns em estabelecimentos de primeira categoria como este. Pelo contrário: a relação ''custo-benefício''( tão comum nestas nossas avaliações)pende quase que inteiramente para o nosso lado( o lado do cliente...). Nestas horas, melhor cumprimentar a todos- chef e equipe de garçons- e pagar rapidinho. Saiamos às pressas, com a sensação de que desembolsamos- com toda certeza- bem menos do que vale esta maravilha...
Alcnol.
PS: Para quem gosta de notas, daríamos a mais alta cotação a este prato...
PS2: Para os curiosos, o prato mostrado abaixo é uma ''linguiça de frutos do mar'' com massa...
PS3: É ou não é para ''raspar os pratos''???
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Mais uma peça do enigma de ''Lost''...
No último episódio, que comentamos em um post anterior, os personagens ''Ben'' e ''John Locke'' se encontram no ''plano espiritual''( isto é, longe do cenário da Ilha...). ''Ben'' pede ''perdão'' a ''Locke'' por tê-lo ''assassinado''. Locke diz que tudo não passava de fantasia, e que não havia nada a perdoar. ''Mas'', ele continua, ''se isto for importante para você, eu o perdôo''...
Como afirmamos anteriormente, o último episódio da série se baseia em diversas tradições espirituais que tratam do chamado ''pós-morte''( quando o indivíduo resiste a passar para um plano superior, e cria todo um ''cenário'' conforme o padrão dominante de seus pensamentos. Tal cenário pode até mesmo incluir cenas de um ''inferno'', caso ele seja tomado por sentimentos de culpa...).
O grupo de ''Lost'' foi possuído por uma ilusão coletiva: a de que eles haviam sobrevivido na Ilha em que se passam os episódios da série. A ''negação'' suprema é a vida alternativa em que vários personagens continuam normalmente suas existências, como se não tivesse havido nenhum acidente...
O último personagem a ''despertar'' daquele sonho coletivo foi o médico ''Jack''- com a ajuda do pai( que já havia ''morrido''). ''Jack'' aperta o corpo do pai em um abraço, e comenta: ''- Você é real''. ''- Você também'', replica seu pai. Só então ele se dá conta de que também está ''morto''. ''Morto'' sem que, como acreditam muitos, tenha havido um ''final'' permanente...''Morto'' sem perecer, acabar para sempre...
Mas ainda há uma interpretação decorrente deste capítulo de ''Lost'': se fantasiamos mesmo após o final de nossas vidas, é porque vivemos fantasiando o tempo inteiro durante as mesmas...
Aí é que entram as tradições espirituais/religiões. Todas, praticamente todas( budismo, hinduísmo, cristãos místicos, espiritismo)enfatizam o fato de que ''é preciso estar no instante presente''. Nem no futuro e nem no passado: no presente. Isto por que? Porque os seres humanos tem uma incrível tendência a fantasiar. Todos nós estamos presos não à realidade, como deveria ser, mas- nas palavras de Don Miguel Ruiz, o autor do excelente livro ''Os quatro compromissos''- às ''nossas estórias''. Ás estórias que permanentemente contamos a nós mesmos( nossa visão sobre nós mesmos, nossa visão do mundo, nossa visão de como as coisas ''deveriam ser'', etc.).
O chamado ''pós-morte''- como vimos no último episódio de ''Lost''- é apenas um prolongamento de todas estas fantasias. E será mais ou menos doloroso- e duradouro- conforme acreditemos nestas versões que nós mesmos criamos...
O mais legal nisto tudo é que, às vezes, precisamos da ''ficção'' para entender um pouco mais o mundo em que vivemos e, sobretudo, a nós mesmos...
Alcnol.
PS: O que propõe Don Ruiz em um de seus ''compromissos''? ''Desconfie de si mesmo''...Desconfie das estórias todas que outros contaram a você, e que você fica repetindo inúmeras vezes em sua própria ''versão''. Em outras palavras, desperte...
PS2: O fato de termos entendido, ou pretendido entender, um pouco deste último episódio de ''Lost'' não quer dizer que acreditemos também que seus criadores ''sabiam desde o início o que queriam fazer''...Ao menos eles contrataram alguém que deu um fecho aceitável e significativo- para quem entender deste modo...
Passeio de metrô: inauguração da nova Linha Amarela...
As imagens anexadas foram captadas no dia seguinte ao da inauguração da mais nova linha do metrô paulistano( Linha Amarela).
Na surreal ordem proporcionada pelo ''blogger''- de baixo para cima:
1- aberturas em formato de escotilha na entrada da Estação ''Paulista''( localizada na...Rua da Consolação...).
2- passarela sob a Rua da Consolação, ligando duas entradas da Estação Paulista.
3- ''Viagem ao Centro da Terra'': um dos vários níveis da Estação Paulista- uma das mais profundas do metrô paulistano.
4- Esteira rolante ligando a Estação Consolação( na Avenida Paulista)à Estação Paulista(na Rua da Consolação). Mais uma das comodidades da nova linha de metrô...
5- 11 e meia da manhã e, mesmo assim, a nova Linha Amarela estava LOTADA de curiosos...Nos primeiros dias não será cobrada passagem dos usuários da nova linha...
6- Nosso destino final: Estação Faria Lima, localizada no Largo da Batata. Agora o bairro de Pinheiros- incluindo a filial da Fnac- ficará bem mais próximo da Paulista...E não teremos mais de aguentar os solavancos dos ônibus no esburacado Corredor da Avenida Rebouças...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O emocionante último episódio de ''Lost''...
Foi sofrido ter de esperar pela exibição do último episódio da série ''Lost'' no Brasil, nesta terça-feira, dois dias após o final da série nos Estados Unidos. Isto porque a imprensa não deixou de fazer análises neste intervalo, inclusive com algumas revelações( que insisti em não ler...).
O tom predominante nos periódicos foi o de que ''teria faltado alguma coisa'' e ''a série deixou muito mais perguntas do que respostas''. Será?
Alguns fâs de ''Lost'' e a imprensa parecem ter se deixado levar por algumas pistas falsas. ''Enigmas'' que, como em um livro policial, são largados aqui e ali para despistar os leitores...
Analisando o último capítulo de ''Lost'' ,por si só, acredito, ao contrário, que este episódio final respondeu as principais perguntas. Explicarei porque...
Várias tradições espirituais tentam explicar o motivo pelo qual estamos aqui neste planeta. Esta é a trilha para tentar entender o que se passou em ''Lost''.
No episódio final, vários personagens que parecem viver uma realidade alternativa- em que o vôo da ''Oceanic'' não caiu na ilha- são tomados subitamente por um sentimento de ''dejá vu'', quando lembram de tudo o que ocorreu após a queda do avião. Mais do que um súbito ''flashback'', provocado pela presença de pessoas queridas, esta é uma metáfora das vidas que levamos neste mundo.
Nascemos como que ''zerados'', sem lembrança alguma de existências passadas ou do propósito de nossa vida presente. Os ''conflitos'' e insatisfação decorrem justamente disto: deste desconhecimento do que somos na realidade( seres espirituais, sob a máscara de seres em carne e osso...).
O encontro de ''Jack'' com o pai esclarece tudo isto: o pai lembra que o Doutor está ''morto''. Que o propósito da reunião daquele grupo era o de fazerem juntos uma evolução. Que não há um ''fim'', e sim uma transição para algo maior. Na Igreja, estão vários outros componentes do grupo- alguns dados como ''mortos''...
O que ocorreu na Ilha? A Ilha é uma metáfora de nossas vidas. Das existências que vivemos muitas vezes sem saber por que. Dos conflitos que marcam as nossas existências. Das inúmeras dúvidas que nos ocorrem enquanto vivemos.Não há como ''fugir'' da Ilha. Só podemos ''deixá-la'' quando, assim como aquele grupo de personagens, quando nos dermos conta do que verdadeiramente somos( espíritos ).
Assim, o capítulo final de ''Lost''- com duração de duas horas e meia- é completo em si mesmo, esclarece nossas principais dúvidas. É emocionante para os fãs da série, que podem até mesmo deixar-se levar pelas lágrimas em determinados momentos. E é profundamente espiritual( nenhuma surpresa para uma série que tinha uma ''Iniciativa Dharma''...).
O que podemos concluir ao final? Vendo o avião caído, destruído, podemos achar tranquilamente que não sobrou nenhum sobrevivente do vôo da ''Oceanic''. Que tudo o que vimos ali nos vários anos de exibição de ''Lost'' refletiu nada mais nada menos a resistência daquele grupo de espíritos em assumir que haviam ''morrido''. E que exatamente por isto, assim como ''Kate'' disse para ''Jack'' que ''assim que ele estivesse pronto os demais o estariam esperando'', a ''decolagem do avião'' nada mais era do que um símbolo para a ascensão daquele grupo para planos superiores...
Claro que não será esta explicação de ''Lost'' a definitiva. A série foi criada justamente para despertar mais dúvidas do que certezas...Por isto atraiu tanto público, mundialmente.
Mas confesso que, pelo que havia lido nos jornais, esperava ficar tão ''confuso'' quanto alguns repórteres...O que, surpreendentemente, não se deu. O episódio final é, repetimos, coerente- faz sentido. Não é apenas um jogo, aleatório e arbitrário. E não inova, na realidade. Na verdade, diz em outras palavras o que várias tradições espirituais vem abordando há milhares de anos. Basta que, assim como os personagens da série neste último episódio, tenhamos disposição e abertura para olhar além do que consideramos, neste mundo, ''real''...
Alcnol.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Vida sem muros...
quarta-feira, 19 de maio de 2010
No último domingo, retorno ao restaurante uruguaio ''El Tranvía''...
Enquanto não posso realizar meu desejo de comer as famosas carnes uruguaias pessoalmente- em visita a Montevidéu- tenho de satisfazer-me com a existência de um estabelecimento ligado àquele país vizinho na capital paulista...
Falo do ''El Tranvía''- misto de restaurante e galeria de arte- localizado no bairro de Santa Cecília( Rua Conselheiro Brotero).
Este domingo estive lá, mais uma vez para provar de suas excelentes carnes. E, ansioso que estava por fazê-lo, acabei pedindo uma porção inteira de filé de cordeiro( que, tecnicamente, não é uma ''carne'' como as demais- de vaca...).
O resultado foi este: uma porção para ninguém botar defeito, acompanhada- a meu pedido- por farofa de ovos e mandioca frita...
Enquanto não vou ao Uruguai, um sonho antigo que pretendo realizar o mais brevemente possível, o simpático país vizinho vem a mim na forma de suas inigualáveis carnes...Acompanhadas, para quem gosta de beber, por sua cerveja local( a forte ''Norteña'', com garrafa de quase um litro...).
Alcnol.
PS: Para quem estiver ainda curioso sobre o ''El Tranvia'', há um outro post neste blog sobre aquele estabelecimento. Mostra a primeira vez em que estivemos lá, com fotos do ambiente e tudo...
terça-feira, 18 de maio de 2010
Restaurante ''Sobaria'', na Vila Mariana...
Já visitamos um típico representante do Estado do Mato Grosso. O restaurante ''Siá Mariana'' ( Rua Amauri ), célebre pelo seu ''rodízio de peixes de água doce''.
A culinária do vizinho Estado do Mato Grosso do Sul não podia ficar atrás. Assim, nos dirigimos até a Vila Mariana( Rua Áurea, já mostrada no blog), com o objetivo de conhecer mais um restaurante: o ''Sobaria'', daquele Estado...
Começamos com um ''caldinho'' ( na verdade ''caldão'', em um grande vasilhame)''de piranha'', prato típico da região do Pantanal. Este caldinho também é servido no restaurante ''Brasil a Gosto'', em seu Festival dedicado à região pantaneira...
Prosseguindo, pedimos uma ''linguiça pantaneira''( feita de carne de porco). Prato forte, substancioso. Acompanhado de arroz e farofa.
E, aproveitando o fato de o ''Sobaria'' estar localizado ao lado da sorveteria ''Frutos do Cerrado''( os dois estabelecimentos pertencem ao mesmo dono), decidimos comer a sobremesa- um pequeno pote de sorvete de jaca- nesta última...
Em suma, esta Rua Áurea permite ''programas casados'' deste tipo. Sem contar o fato de que a Vila Mariana, onde ela se encontra, é pródiga em ruazinhas como esta- um verdadeiro ''lado B'' de São Paulo( mais tranquilo, tradicional, com cara de cidade do interior)- ao lado do ''lado A'' que nós bem conhecemos...
Alcnol.
domingo, 16 de maio de 2010
Edifício sem grades em Higienópolis...
Lugares que remetem ao Rio de Janeiro...
Retorno ao restaurante ''Sal''...
Ruas estreitas do centro: e bota estreita nisto...
Metrô Luz, no final da tarde: uma confusão só...
sábado, 15 de maio de 2010
Centro de São Paulo: arredores da ( Dona)''Onça''...
Na foto 6 o Anhangabaú, visto de cima desta vez...A imagem é tão bonita que acabei colocando-a entre as que ilustram o blog...
Finalizando, foto 7, com uma foto tirada no alto do Viaduto Santa Ifigênia( imediações da Estação São Bento e da Rua 25 de Março): vistos de cima, um dos maiores problemas da capital paulista- os engarrafamentos- até parecem ''belos''...Isto porque, claro, não estamos ali no meio daquela ''muvuca''...
Ao contrário de certas metrópoles, como o Rio de Janeiro( conhecida mundialmente por suas atrações físicas como as praias e montanhas), a cidade de São Paulo parece transcender conceitos e avaliações apressadas: é ''bela'' e ''feia'', dependendo do ângulo que se veja...No final, é um pouco de uma e de outra coisa, tudo ao mesmo tempo...
Alcnol.
PS: Podem me acusar de ''otimista'', mas há quem consiga ver beleza no ''caos''...
Bar? Restaurante? O ''Dona Onça'' transcende todos os conceitos...
Já mostramos o bar ''Dona Onça'' aqui no blog. Isto antes da reforma que dobrou o espaço deste estabelecimento...
Na sequência de andanças pelo Centro da cidade de São Paulo, decidimos retornar ao lugar que transcende conceitos: bar? restaurante? E onde já se viu bar com ''chef''?
Sentimos que estamos em um bar quando prestamos atenção à clientela da casa. Pessoas com aparência mais humilde se misturam a executivos engravatados...
Mas uma olhada mais atenta ao cardápio serve para minar nossas certezas. O cardápio, sob responsabilidade da chef Janaína Rueda- bastante atenta a tudo enquanto conversava alegremente no balcão da casa- possui vários ítens com nível de restaurante e não de bar( como constataríamos durante a refeição)...
Abrimos( foto de baixo)com uma panelinha de frutos do mar com curry. Salvo as animadas conversas nas mesas ao lado, regadas a bebidas diversas, já não dar para manter a impressão inicial de ''bar''. Algo mais está sendo gestado ali...
Nossas suspeitas se confirmam quando chega à nossa mesa o prato principal: ''stinco de leitoa caipira''. Ali percebemos em toda a sua extensão o talento da chef deste inusitado ''bar''...
Como as comidas são de ''gente grande'', feitas para degustar lentamente- ao contrário dos petiscos habituais dos chamados ''bares''- os preços também correspondem ao que conhecemos como ''restaurantes''...
Nada que possa assustar-nos( não chega aos valores praticados em certos estabelecimentos da região dos Jardins/Itaim Bibi). Afinal, não existe- salvo em ''lendas urbanas''- comida de primeira servida a preços de ''PF''( prato feito)...
O mínimo que se pode dizer deste ''Dona Onça'' é que ao final lembramos muito mais da qualidade da refeição que saboreamos do que dos preços cobrados. O que, em se tratando da capital paulista, já é um elogio e tanto...
PS: Sem contar o fato de termos mantido nesta segunda visita a mesma impressão favorável que predominou na primeira...E que é, sobretudo, um convite para novas- e preferencialmente próximas- incursões por este estabelecimento no térreo do Edifício Copam...
Alcnol.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Mais centro de São Paulo...
O Blog tem destas vantagens: é possível apresentar imagens tiradas em dias completamente diferentes como se fosse uma coisa só...
Isto porque o ''tema'' é o mesmo: o centro da cidade de São Paulo...
Depois de uma caminhada pelo Anhangabaú, onde voltaremos mais adiante, pulamos para a região da Praça da República. Logo na saída do metrô República registramos as imagens deste post. O que faremos por ali? Vamos almoçar em um dos bares da região...
O caminho percorrido desde a saída do metrô República pode ser acompanhado melhor de baixo para cima...
A foto de cima mostra as formas do Edifício Copan, nosso destino...
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