Segundo Luiz Zanin, falando de ''Avatar'', ''muitos criticaram a visão idílica de Pandora, com os habitantes vivendo em harmonia com a natureza, uma versão contemporânea do ''bon sauvage'' de Rousseau. É verdade. Mas o ponto fundamental não é esse, e sim a ocupação militar por motivos econòmicos''( nosso grifo).
E sintetiza com precisão a maior diferença entre estas duas películas: ''por fantasiosa que seja, a concepção de ''Avatar'' sobre a guerra aproxima-se mais da realidade do que ''Guerra ao Terror'' com seu realismo unidimensional''.
''Avatar'' é a estória dos atacados, concluímos, enquanto ''Guerra ao Terror'' mostra apenas o ponto de vista dos agressores. Como disse Zanin, em seu artigo do dia 14 de fevereiro, ''Guerra ao Terror'' ''conserva a perspectiva norte-americana como única durante toda a ação. Os iraquianos são coadjuvantes em seu próprio país''.
O lado mais crítico de ''Avatar'' parecia prenunciar a decisão da Academia de Hollywood: ''Guerra ao Terror'', de Miss Bigellow, veio atender à perfeição a demanda por um ponto de vista estritamente norte-americano sobre a guerra. Sua vitória deu-se, exclusivamente, por causa disto. Um filme pobre, em todos os sentidos, mas conveniente- eis a síntese de nosso raciocínio sobre este tema...
PS: Os trechos da matéria do ''Estado de São Paulo'' foram selecionados. A matéria, em si, é bem mais completa...
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