Paula Oliveira, recapitulando, é aquela brasileira supostamente agredida por um grupo de skinheads na Suíça. Dias após, o caso sofreu uma reviravolta espetacular, e Paula começou a ser investigada pela polícia daquele país. Suspeita-se, agora, que ela tenha forjado a própria agressão...A revista ''Época'' desta semana, já nas bancas, fez um longo tratado psicológico sobre o tema ''mentira''. Mostra-se ali casos semelhantes, outros de criminosos patológicos e alguns até ''engraçadinhos''- como o do indivíduo que se fez passar por filho do dono da Gol Linhas Aéreas...E ainda lucrou escrevendo um livro sobre seus golpes...Enquanto a reação após a suposta ''agressão'' sofrida por Paula variou da indignação a uma manifestação oficial do Governo Brasileiro, nossa atitude típica agora parece ser a de um mal-disfarçado constrangimento- ao que a ''Época'' ainda acrescenta um ingrediente: ''a moça não merece ir para a cadeia por causa disto. A solução é mais terapêutica do que um caso de política criminal''. Em suma, ''Época'' esboça uma típica saída ''brasileira'' para o caso. O Brasil, para quem não sabe, pune duramente adolescentes da periferia- às vezes até mesmo por furtarem um simples shampoo em um supermercado- enquanto indivíduos de classe média( traficantes, assaltantes de banco, entre outras ''travessuras'' a que costumam se dedicar filhos até mesmo de autoridades e empresários importantes)costumam ser defendidos por seus pais até mesmo quando presos em flagrante...''Meu filho não é bandido'', dizem aos prantos. ''Ele só andou com gente errada''...A saída ''brasileira'' para casos semelhantes envolve, muitas vezes, internações em clínicas e tratamento psiquiátrico. ''Cadeia? Não, esta é só para os bandidos''...Afinal, o que estava em jogo no caso Paula Oliveira? Suspeitam os suíços que ela pretendia pedir uma indenização milionária pela suposta ''agressão''. Este não é o primeiro caso deste gênero, o que levou a Polícia Suíça a desconfiar desde o início. Não se trata de uma ''mentira qualquer'', como quer fazer parecer a revista ''Época'' . Caso seja verdadeira esta suspeita da Polícia, a ''mentirinha'' na verdade esconderia um golpe muito maior...Mobilizou-se a opinião pública e os órgãos diplomáticos para encobrir esta- salvo prova em contrário- FARSA. É aqui que nos posicionamos fortemente em contrário à ''solução terapêutica'' proposta por ''Época'' para o caso da brasileira. Estamos escandalizados com este golpe cometido além das fronteiras do nosso país. Que compromente ainda mais a imagem dos demais brasileiros- tão desgastada por golpes semelhantes- que, quando ousam fazer qualquer reclamação diante de maus-tratos em Aeroportos, são tratados como pessoas de ''segunda categoria''( sob a complacência das autoridades daqueles países). Contra a saída ''brasileira''( a contemporização, a solução ''terapêutica para evitar o cárcere), defendemos que os suíços são os mais habilitados para resolver esta questão toda...Afinal, a atitude supostamente cometida por Paula iria se voltar, ao final, contra o povo suíço- a quem caberia pagar a conta...O caso todo, como está se revelando, não envolve nações. Trata-se de um delito comum que foi cometido em solo suíço. Deixemos os suíços resolverem...O ''ruim''( para os que ainda acreditam na inocência de Paula Oliveira) desta solução ''suíça'' é que, ao contrário do complacente sistema penal brasileiro, dificilmente o acusado escapará da cadeia, pura e simples. O Sistema Penal pode não ser a ''Panacéia''- solução universal para todos os delitos- entendida por muitos. Somos ardentes defensores de penas de multa para diversos crimes, incluindo os econômicos. Punir-se-ia melhor com uma multa severa, de várias vezes o valor desviado pelo réu, e com muito mais agilidade. No entanto, determinados ''desvios de conduta'' como o do caso em questão- que vão muito além de uma simples ''mentirinha'' cometida por algum adolescente desajustado- merecem um tratamento exemplar. Até mesmo para evitar casos semelhantes, e como uma dura advertência para os que os tiverem cometido. A ''saída suíça'' para a hipótese costuma ser a cadeia, o cárcere puro e simples. Deixemos os suíços- com a total garantia de defesa que a brasileira terá no decorrer do processo- resolverem o caso Paula Oliveira. Certamente lá a solução dada será muito mais adequada, e sem qualquer possíbilidade de contemporização ou saídas ''fáceis'' para o delito supostamente cometido...Alcnol. PS: Segundo um livro que estou lendo, que mostra a procura do autor pela Felicidade em diversos países, os suíços são extremamente ciosos pelo cumprimento de Regulamentos e Leis. Após as 22 horas é terminantemente proibido dar a descarga na nossa própria casa ou apartamento, para não perturbar os vizinhos...A jovem brasileira escolheu, caso seja mesmo culpada, definitivamente o lugar errado para aprontar a sua ''travessura''...
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