Saí para almoçar por volta de meio-dia e meia. Atravessei a Paulista rumo à Consolação. Desci a mesma. Alguns metros após, o relógio de rua marcava cerca de 13 graus de temperatura. A sensação térmica era de menos de 10...Neste dia era possível utilizar o quentíssimo casaco comprado em uma rede de lojas que tem sede em Curitiba-PR. A última vez que usei o mesmo, em outro dia de frio, mal aguentei andar cerca de 15 minutos. Ele é bastante quente. Bastante útil para situações extremas...Ontem era um destes casos. Seria possível usá-lo, mas eu não tive a idéia, e saí ''apenas'' com uma camiseta simples coberta por uma malha. Se senti frio? Sim. Divirtam-se aqueles que me lêem cantar loas ao frio...Acontece que tenho uma pequena tese sobre este assunto: devemos sim proteger-nos contra o frio, mas não a ponto de eliminá-lo totalmente...Isto mesmo: o frio é necessário. É preciso sentir um pouco de frio, até mesmo para aumentar a nossa resistência ao mesmo...Não é o que pensam as multidões . Por toda parte: em cursos, shoppings, livrarias, há uma pressão constante para que a sensação térmica de frio seja eliminada. Como resultado, sentimos um ''choque térmico'' ao visitar tais lugares. Saímos do frio para um ambiente em que circulam muitas pessoas e em que, invariavelmente, o ar condicionado está DESLIGADO para agradar os muitos friorentos...Não é de admirar que a gripe também campeie em tais lugares...Estou usando aqui- mais do que em outros lugares- mantas, jaquetas, meias de lã. Seria loucura, podendo, não fazê-lo. Mas continuo fiel à tese que, como tantas outras coisas, o frio é necessário. Há todo um equilíbrio por trás desta alternância de dias ensolarados e chuvosos. E cobrir-me totalmente, em uma insana busca de ''proteção contra o frio'' que eliminasse totalmente os seus efeitos, soaria como uma ''traição'' contra a natureza que me proporcionou toda esta beleza do inverno paulistano. Eu quero, pasmem!, é MAIS frio...
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