sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O fenômeno Fernando Gabeira e o ''Cisne Negro''...

O ''normal'' das campanhas políticas você viu Brasil afora. Candidatos à reeleição, amparados por fortíssimas máquinas político-partidárias, muito dinheiro, os melhores profissionais de ''marketing'', tudo isto ainda é capaz de angariar vários apoiadores no Brasil. No entanto, toda regra tem sua exceção. Toda regra é sujeita à teoria do ''Cisne Negro'', já esmiuçada em um post anterior. Gabeira é o ''cisne negro'' carioca. Chegou ao segundo turno mais por seus méritos que por qualquer outra coisa. Derrotou, nas urnas, ás fortes máquinas partidárias do PT( 5% dos votos), do PC do B(9%) e mesmo a ''máquina religiosa'' de uma determinada Igreja Evangélica. No segundo turno, como era de se esperar, todas as máquinas referidas uniram-se para apoiar um político tradicional, que é apoiado pelo Governador do Estado e pelo Presidente da República. Seria de se esperar que o nosso ''cisne negro'' fosse esmagado nas urnas, certo? Não é o que indicam as pesquisas. O ''anti-político'' Fernando Gabeira, mesmo que por pequena diferença, está liderando todas as enquetes do segundo turno. É por isto que, provocativamente, ele veio à tona para afirmar : ''vencerei as máquinas estadual, federal e universal''. O carioca gosta disto. São célebres as ''viradas'' eleitorais de última hora, como a que levou Gabeira ao segundo turno. É tradicional o papel da cidade do Rio de Janeiro como pólo crítico e oposicionista, seja quem quer que ocupe o Governo Federal. Gabeira encarna, nestas eleições, o ''anti-político'' contra as máquinas e a maneira tradicional de fazer política. Na aritmética tradicional, os inúmeros apoios colecionados por seu opositor significariam uma simples soma: a soma dos votos dos apoiadores de Alexandre Molon( do PT), de Jandira Feghali( do PC do B) e do Bispo Marcelo Crivela. No entanto, o eleitor ''comum'' repudia tais ''acordões'' entre as máquinas partidárias e continua dando a liderança a Gabeira. Seja quem for o vencedor destas eleições, o jeito de se fazer política neste país nunca mais será o mesmo...Alcnol.

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