Já antevejo os mais puristas, como o meu caríssimo amigo ''Dudaleu'', torcendo o nariz para as novíssimas fotos publicadas no blog. Afinal, aqui você poderá encontrar também um texto em que faço um enorme louvor à palavra, o que há de mais importante no mundo. A nossa razão de existir, inclusive deste blog. Mas, comparando com o que vou relatar aqui em instantes, as poucas fotos que incluí no último post não são nada. Apenas uma adesão tardia a algumas comodidades da tecnologia. Segundo a interessante revista ''Veja Tecnologia'', o cientista Gordon Bell arquiva no disco rígido tudo o que ouve, diz, vê- ou sente. Ele, segundo a matéria, ''é um dos precursores da era da digitalização total, em que todas as experiências de uma vida podem ser convertidas em bits''. Ainda de acordo com a reportagem, ''transformado em bits, Bell ocupa um espaço de 180 gigabytes(GB). Ou seja, pode ser armazenado num PC convencional. Os registros feitos pelo cientista incluem conversas com amigos, fotografias de viagem, documentos, artigos, cartas, telefonemas, recortes de jornal, livros e- surpreendentemente- detalhes de sua navegação na Internet. Há cópias de 176733 páginas consultadas na web e de 136675 e-mails trocados. Outras 800 páginas oferecem um perfil da saúde do pesquisador, com informações sobre a duração da bateria de seu marca-passo( Gordon Bell tem 74 anos...). São mais de 460000 mil ítens. Bell digitaliza sua vida desde os anos 90( nosso grifo). No início, a curiosidade o motivou. ''Eu queria saber qual o tamanho da minha memória em bits'', disse a Veja''. Curioso: ''desde 2003, Bell usa uma câmera, batizada de SenseCann, pendurada no pescoço. A máquina tira 200 fotos por hora'( nosso grifo). O engenheiro de computação Deb Roy, diretor do grupo de máquinas cognitivas no laboratório de mídia do MIT, foi além: completou em julho a gravação- em áudio e em vídeo- de grande parte dos três primeiros anos de vida de seu filho. Segundo a ''Veja Tecnologia'', ''Roy instalou em casa 11 câmeras(!)comlentes grande-angulares, que permitem total monitoramento do ambiente, e 14 microfones(!). Gravou 70% de toda a vida do filho quando acordado. Os arquivos incluem 16 milhões de sons e palavras balbuciados pelo garoto''. ( ''Veja Tecnologia'', setembro de 2008, Editora Abril, ''Quero ser digital'', páginas 30 a 35- trechos selecionados). Diante disto tudo, as pequenas mudanças que faço aqui parecem pré-históricas...Grande coisa: aprender a fotografar com celular, quando até crianças pequenas já fazem isto...E, em caso de dúvida, resolvem os ''pepinos'' para seus pais...Nem ''integrados'' nem ''apocalípticos'', ou melhor, talvez um pouco de cada. A tecnologia nos fascina e atemoriza ao mesmo tempo. No rumo em que as coisas andam, isto é até compreensível...
2 comentários:
Paisagens? Não serão essas fotos reflexos do purismo do autor?
Purismo? Como assim? Você estaria dizendo que eu só fico mostrando paisagens verdes, para amenizar o fato de viver em uma ''selva de asfalto''?
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