Não sou eu que eu estou inventando isto. Segundo o jornal ''O Globo'' de 16/9, o novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral( TRE-RJ)do Estado do Rio de Janeiro, se diz chocado com estado de pavor e coação que encontrou em favelas da Zona Oeste da ''Cidade Maravilhosa''. O desembargador Alberto Motta Moraes, segundo o periódico, afirmou que conheceu ''um campo de concentração sem arame farpado''. Motta Moraes, ainda segundo a reportagem, ''comentou ainda sobre a moradora de nome Cristina que conversou com ele, agradecendo a presença das tropas federais na ''Coréia''. Segundo o magistrado, a moradora contou que está deixando o local onde vive há anos por imposição do tráfico, que também teria lhe tirado o pequeno comércio que o marido falecido deixou: - Ela disse que estava feliz porque vai pegar um ônibus para o Ceará na terça-feira e, como as tropas federais ficam no local até a terça, ela poderá retirar seus pertences de casa. E chegou a me confidenciar que pretende queimar tudo o que construiu para não deixar para os traficantes(...)''. O desembargador aproveitou para criticar a questão da segurança pública no estado, lembrando que não existe a idéia de ''espaços vazios'': ''Se a autoridade não se faz presente, alguém se faz presente. Não existe ausência de autoridade, o que existe são tipos de autoridade. Infelizmente, lá a autoridade que manda não somos nós, nem as forças federais. Somos nós enquanto estamos lá; quando sairmos, serão outros os que mandam. Infelizmente é assim''. Me digam: isto que estamos vivendo se assemelha a um ''Estado Policial'', como dizem lá nos gabinetes de Brasília? Um bando armado se apodera de vastas regiões da segunda maior cidade do país, impondo o seu terror e as suas próprias leis, transformando os moradores daquelas ''comunidades'' em reféns e confiscando bens. Qual é o nome disto? Seria isto ''caso de polícia''? Isto é- sem meio-termo ou palavras conciliatórias- TERROR, TERRORISMO...Uma autoridade visita um destes lugares e o compara a um campo de concentração, tal o pavor e o pânico de seus moradores, mas também deixa claro que a atual presença do Poder Público tem hora e data certas para acabar...Cuidado, senhores governantes: a História mostra que as situações de ''dualidade de poder'' não se sustentam por muito tempo. O MAIS FORTE SEMPRE ACABA VENCENDO. Vá perguntar para algum daqueles milhares de moradores- ou melhor, PRISIONEIROS- quem eles consideram o lado ''mais forte''...
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