Tudo na vida tem um preço. Diz o ditado que ''não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos''. Os números se contrapõem: de um lado 63% a menos de mortes em acidentes de trânsito; do outro, 30% a menos de consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes. ''A bebidinha ou a vida'', parece ser esta a dolorosa escolha. E é...Um documentário sobre a ''indústria da falsificação'' na China, mostrado no canal GNT da Net, informa que cerca de 85%(...)do crescimento daquele país é devido à prática comum( e ILEGAL, CRIMINOSA, diga-se de passagem...)da falsificação, da cópia de produtos legítimos. Uma estória macabra recheia o programa recheado de informações: um sujeito foi visitar uma fábrica chinesa. Viu diversas crianças em um ambiente, e ficou encantado porque o estabelecimento tinha uma ''creche''. Então descobriu, para seu e nosso horror, que não havia creche. AS CRIANÇAS ERAM OS OPERÁRIOS...Se este é o preço a pagar para termos produtos ''baratinhos'', este preço eu não quero pagar...Ah, mas isto vai prejudicar a indústria chinesa, alguém diria. Do mesmo modo como as práticas daquele país estão destruindo diversas indústrias ocidentais legítimas, que não empregam crianças de 9 anos...Tudo tem um preço, parece ser a conclusão. Vejamos a proposta dos democratas de retirar as tropas norte-americanas do Iraque( diga-se que no longinqüo prazo de 16 meses...). Menos conflitos armados prejudicarão a indústria de armamentos norte-americana, certo? Toda ação, nos dias de hoje mais do que nunca, implica em uma escolha. Toda escolha é, no fundo, estimular uma coisa em detrimento de outra. Como diz a música, ''TODA ESCOLHA É UMA RENÚNCIA''...Será que não conseguiremos sobreviver fabricando outras coisas ao invés de armamentos? Combater a indústria de cigarros, como assistimos nos últimos tempos, significa ''prejudicar'', indiretamente, os trabalhadores que fabricam cigarros. Não tem outro jeito. E os nossos bifes? Estamos conscientes de que a Amazônia, patrimônio da humanidade, é a ''última fronteira'' para pecuaristas e plantadores de soja. Aliás, a atividade ''lícita'' destes dois grupos está profundamente conectada: produtores de soja plantam um produto que é pouco consumido pelos brasileiros e que, quase certamente, servirá para a alimentação dos animais que são consumidos mundo afora. Boa parte do desmatamento da Amazônia está ligada à necessidade, lucrativa mas suicida, que estes dois grupos tem de novas terras. Há MUNICÍPIOS INTEIROS da Amazônia ligados ao desmatamento ilegal. Uma intervenção da Polícia foi alvo de protestos por parte da população de um destes municípios. Com quem ficaremos: do lado da vida, não muito popular entre aqueles trabalhadores, ou da indústria da morte? Hoje em dia somos forçados a fazer cotidianamente esta espécie de escolha. Algo muito mais difícil do que a agradável opção entre as marcas que enchem as prateleiras dos shoppings...
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