sábado, 29 de dezembro de 2007
Conversas com motoristas de táxi em Curitiba...
É dezembro, a chuva cai mais uma vez quando chego a esta inesquecível e acolhedora cidade. Os jornais anunciam uma ''fuga'' dos moradores rumo ao litoral e às aprazíveis praias de Santa Catarina. Enquanto os periódicos de Florianópolis brandiam assustados o número de 8 assassinatos NO ESTADO em um final-de-semana, 3 deles na Capital, os de Curitiba falam em 21 mortes nos últimos 5 dias. Assaltos e seqüestros são novidade lugares antes provincianos que começam a agora a conviver com a modernidade- para o bem e para o mal...O primeiro motorista com quem conversei, e que me levou para o hotel onde sempre me hospedo quando estou lá, disse-me que há alguns anos as chuvas levavam uma semana inteira, e hoje não passam de chuviscos passageiros...O último motorista, que me levou de volta para a Rodoviária de lá comentou que quando era um ''piá'' ( guri, na gíria local), no inverno as calçadas amanheciam cobertas por uma fina camada de gelo. E que realmente, como eu ouvi falar de uma terceira pessoa, as pessoas tinham de fazer pequenas reservas de água para beberem ou se banharem de manhã, pois ''a água congelava nas torneiras". Me lembro que o Gazeta do Povo, jornal local, mostrou que, em 1975, NEVOU na cidade- como este ano, em Buenos Aires...Pois bem, o segundo motorista comentou ainda, assustado, que no verão as máximas, que não passavam dos 30 graus, hoje chegam a 35/36 graus( um absurdo para um lugar onde já ouvi uma camareira de hotel reclamando de um ''calorão monstro'' quando o relógio marcava 25 graus...). Este ano, no geral, a imprensa fala em temperaturas médias no mês de dezembro 7 graus mais quentes, atribuindo o fenômeno ao ''La Niña''. O fato é que o processo de aquecimento global parece andar muito mais rápido que as mais pessimistas das previsões, e temos de nos preparar para dias ainda mais difíceis pela frente. Talvez os cientistas já saibam que o processo é irreversível, mas não falam para não alarmar ainda mais a população. Investimento do século: ações de empresas que fabricam protetores solares, bem como de empresas que colaborarem para a reconstrução de cidades destruídas por catástrofes naturais, como furacões, etc...Enquanto isto, a frota de veículos em São Paulo cresce 800 carros POR DIA...
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