Quando fui a Buenos Aires, no final do ano passado, estava devidamente advertido por várias reportagens em jornais brasileiros que apontavam alguns dos ''golpes'' frequentemente cometidos por lá.
Assim, ''prevenido'', acabei não passando por nenhuma situação embaraçosa. Meu ''portunhol'' deve ter sido suficientemente ''convincente'' para não ''animar'' nenhum motorista de táxi( os que são apontados como responsáveis por algumas destas ''trapaças'')...
Na cidade de Bogotá, segui a regra do ''portunhol'' monossilábico, o suficiente apenas para indicar o destino.
Ao fazer este único destino turístico ''típico''- subir o Cerro de Monserrate- acabei caindo em uma ''arapuca'' logo ao chegar ao térreo...
Peguei um táxi, logo nas imediações do Cerro. O motorista, ''simpático'', quis logo saber de onde eu era. Caí na besteira de falar que era brasileiro. A conversa fluiu. O táxi percorreu uma estrada no pé da montanha- a chamada ''circunvalar'', que liga diversos pontos da cidade de Bogotá- que lembra algumas vias do Rio de Janeiro e de Niterói: repletas de verde, em que ''cruzamos'' montanhas em um roteiro paradisíaco.
O destino era o Parque de La 93, onde iria jantar.
Quando cheguei lá, a ''facada'': $ 26.000( vinte e seis mil pesos colombianos- a mais cara corrida que fiz na cidade de Bogotá- o equivalente a R$26,00).
Para piorar, quando entreguei as notas o motorista disse que eu havia dado $2.000( dois mil pesos colombianos)como se fossem $20.000( vinte mil pesos). Resultado: atônito, sem tempo de refletir, acabei dando outra nota de vinte mil pesos...
Só depois, ao conferir a carteira, vi que esta ''brincadeira'' fez uma boa diferença em meu bolso...
Uma amiga costuma dizer que ''turista sofre''...
Exatamente por isto, fica o alerta: devemos procurar, por mais difícil que isto seja- fascinados que estamos por outra nação, outra cultura, com vontade de ''registrar'' tudo- não parecer ''turistas'', onde quer que estejamos...''Baixar a guarda'', como no caso em questão, pode custar caro...
Alcnol.
PS: Um triste episódio como este não é capaz de ''manchar'', no mínimo que seja, o passeio que fizemos pela capital da Colômbia. Lamentavelmente, poderia ocorrer em qualquer outra cidade( aqui mesmo, em São Paulo, soubemos que taxistas cobraram o TRIPLO do preço para conduzir pessoas que foram assistir os shows da banda U2...). Em Buenos Aires é comum, mas felizmente não tivemos que passar por isto lá também...
PS2: A recomendação que fica é: procurar falar na língua local, o mínimo necessário( salvo em restaurantes e lojas, claro), não ''dando bandeira'' de que somos turistas...E conferir, atentamente, as notas que entregamos aos outros- especialmente motoristas de táxi...
PS3: Feito o alerta, boa viagem...