Um terapeuta havaiano foi designado para um Presídio naquele estado norte-americano, onde estavam alguns dos piores criminosos. Utilizou simplesmente a seguinte técnica: ao invés de falar alguma coisa a ''eles'', passou a pensar em algumas expressões. Como ''sinto muito'', ''perdoe-me'', ''eu te amo''. A técnica chama-se ''O'ho'o'pono'pono''. Os resultados foram impressionantes, e no plano ''externo'', servindo para mudar vários daqueles indivíduos rebeldes e recalcitrantes. Ele usou também a técnica com um garotinho em estado catatônico. Ele ficava simplesmente mudo, sem reagir a pais ou professores. Repetindo mentalmente as expressões acima referidas, em questão de minutos o garoto foi se aproximando e acabou propondo que os dois brincassem de alguma coisa...Tudo isto abala as nossas tradicionais noções de ''eu'' e ''eles'', de ''interior'' e ''exterior''. Estamos todos interligados...Um ''eu te amo'' repetido interiormente tem impacto forte e significativo não só para resolver os nossos problemas internos, mas como também é aplicável a situações difíceis profissionais e familiares. A coisa não precisa ser expressa em palavras, até mesmo porque as palavras ''eu te amo'' estão desgastadas pelo uso repetitivo e mecânico. Não é preciso falar. Basta pensar. É aplicável a tudo, até mesmo quando estamos escrevendo um email...Ou um texto destes...A fonte desta técnica é o livro ''A chave'', do norte-americano Joe Vitale, que fez um livro também com o tal terapeuta havaiano. A técnica é inteiramente simples, e grátis...Vamos utilizar?
sexta-feira, 28 de março de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
Gratidão-II
Hoje me passou pela cabeça a ''estranha'' idéia de que, pela primeira vez em minha vida, eu poderia pensar no meu crescimento da seguinte forma: ao invés de partir da tradicional premissa de ''algo está errado, preciso melhorar'', eu poderia pensar ''minha vida está muito boa- como posso melhorá-la ainda mais?". De fato, analisando diversos aspectos de minha existência atual, é indisfarçável- como tenho mostrado inclusive neste blog- que já alcancei diversas coisas que um ser humano poderia querer. Inclusive morar em uma cidade que ama...Ler, escrever, viajar para lugares que gostamos, comer gostosamente, assistir bons filmes- inclusive em casa, no DVD. O fato de estarmos felizes não impede- ao contrário, até favorece- que queiramos APERFEIÇOAR ainda mais esta felicidade. Estou feliz, e quero ser ainda mais feliz- e independente. OBRIGADO!
Gratidão!
Pela leitura de alguns livros de auto-ajuda, podemos ser erroneamente levados a acreditar que, para manifestarmos a nossa gratidão em relação ao Criador, basta dizermos um mecânico e simples ''obrigado''. Ou seja, agradeceríamos formalmente enquanto, por dentro, continuaríamos remoendo as nossas desgraças e misérias. Botando com uma mão, e tirando com a outra...A VERDADEIRA gratidão não mostramos com palavras, e sim com felicidade verdadeira. Religiões podem ter incensado os sofredores como os verdadeiros filhos de Deus. E são, como todos. Mas os verdadeiros Filhos de Deus são os seres felizes. Os Filhos de Deus são aqueles capazes de realizar prodígios com os atributos que foram concedidos a todos. Ele não nos colocou aqui para sofrer. O CULTO da dor, do sofrimento, da cruz, é criação humana. Por paradoxal que seja, se todos estivéssemos COMPROMETIDOS de fato com a nossa própria felicidade, ''egoisticamente'', empregando todos os meios possíveis e lícitos para a nossa própria auto-realização, faríamos muito mais para a felicidade do mundo- como um todo- do que sentindo ''pena'' e ''comiseração'' pelos que sofrem, e tentando ''ajudá-los'' quando somos impotentes para ajudar a nós mesmos...
Espelhos...
A dificuldade de saber se todas as pessoas de cara amarrada com quem cruzo são assim, ou estão reagindo á MINHA cara amarrada. O problema de saber se todas as pessoas ansiosas e apressadas com quem cruzo diariamente são assim por si mesmas, ou estão imitando a MINHA própria pressa e ansiedade. A questão de saber se todas as pessoas que passam ao meu redor fingindo ignorar a existência de outras pessoas são deste jeito, ou estão simplesmente reagindo á MINHA necessidade de ignorar tudo ao meu redor, porque estas coisas me fazem sofrer. A árdua indagação sobre o fato de que todas as pessoas que fazem planos consumistas de adquirir novos carros, imóveis, fazer viagens ao exterior, comprar roupas caríssimas, comer em restaurantes da moda, são consumistas deste jeito mesmo, enquanto eu não sou, ou se somos todos deste jeito- e mesmo quem não tem estas coisas as deseja também. E todas as pessoas vaidosas que estão ao meu redor? Serão elas naturalmente deste jeito por si mesmas, ou elas buscam atrair os olhares de outras pessoas igualmetne vaidosas e pomposas, incluindo eu mesmo? A violência estará fora de mim, exclusivamente, ou dentro de mim mesmo? E as reclamações, como podem ''estas pessoas'', os ''outros'', como podem ficar reclamando o tempo todo de tudo? E isto que estou escrevendo: não será uma outra forma de queixume?
Delícias da Modernidade
Embora eu costumasse LER sobre o assunto, foi só depois de baixar o arquivo Itunes, da Apple, que eu passei a ouvir cotidianamente as mais diversas rádios da Internet. Nós escolhemos por gênero musical. A qualidade é boa, levando-se em conta o tamanho pequeno das caixas de som do meu computador. AGORA eu entendo porque tem tanta gente deixando de comprar CD's...Eu estou viciado em uma rádio que transmite 24 horas por dia- ''Groovera, Low Mercury''- músicas suaves e ''viajantes'', do gênero musical conhecido como ''lounge''. Não interferem nos estudos, e caem muito bem como fundo das leituras em geral. A casa fica repleta de som, de qualidade. Como todas as nossas conquistas, não dá para imaginar a vida sem isto...E olha que estou falando do ''básico dos básicos'' no que se refere á Internet...Não tenho celular, ainda, mas a resistência é cada vez menor à idéia de ter. E estas pessoas todas que vemos tirando fotos com o celular, e depois baixando os arquivos e mandando-os para os outros? Será que vou virar mais um destes maníacos??? A coisa vicia...A (boa)música a que temos acesso GRATUITO vicia...Mas, como sou um cara à moda antiga, anoto o nome de vários destes músicos para pesquisar depois na Amazon.com se eles já tem CD's, estes objetos da que, ao que tudo indica, a ''Pré-História'' da Era Digital...PS: Fazendo uma pesquisa no Google sobre as cores, encontrei um link para meu texto neste blog sobre os times de cor vinho...O mundo fica cada vez menor, e integrado...
quarta-feira, 26 de março de 2008
Sensacional!
Quase todos somos atraídos, no curso de Direito, pela disciplina ''Direito Penal''. Porque as descrições de crimes são as mais espetaculosas possíveis, uma prova da imensa criatividade do ser humano. Peguemos qualquer livro da doutrina alemã desta disciplina, e teremos uma idéia disto. Agora, o que foi noticiado na TV ontem, excede qualquer caso que já tenhamos visto anteriormente. É coisa de filme. Na Itália, um assaltante usou HIPNOSE para levar o dinheiro dos caixas de um supermercado! Não fosse a presença das câmeras, ele passaria inteiramente despercebido...Vejam bem. Ele hipnotizou não apenas um, mas TODOS OS CAIXAS!!! Creio que até vimos, hipoteticamente, este caso no Curso de Direito, mas ver um exemplo destes NA VIDA REAL é espetacular. E os caixas não cometeram nenhum crime. Para haver crime é preciso haver vontade, vontade livre. Os caixas foram instrumentos...O que acontecerá com o criminoso? Será ele um mágico, um psicólogo? A coisa foi espetacular demais para ficar impune, como boa parte dos crimes cometidos no Brasil...
terça-feira, 25 de março de 2008
Chocolate 1/3
Uma vez que foi desfeito o melhor trio de ataque do futebol brasileiro- Washington, Dodô e Leandro Amaral- o ''presente'' de Páscoa do Flu para o timinho presidido por um vice(?)também foi esfacelado. Levaram apenas 1/3 do ovo que lhes era destinado...Como só Washington jogou, o Flu aplicou apenas 2 gols sobre o Vasco. Lamentável a arbitragem, que não marcou um claro pênalti para o esquadrão das Laranjeiras. Eurico, com cara de choro, foi logo ''avisando'' que ''perdeu na hora certa'', e ''certamente o Vasco será o campeão do segundo turno e do campeonato''. O que o Vasco tem mostrado é que é a equipe mais fraca dos grandes do Rio, uma quarta força. Virou saco de pancada de todo mundo. Do Flamengo, do Fluminense...Os adversários agradecem: "Eurico 4 ever" no timinho suburbano!!!
domingo, 23 de março de 2008
Big Brother
Não, me recuso a discutir o ''programa'' de igual nome que passa na Globo...Sequer para criticar, coisa difícil para quem nunca o assistiu ou teve curiosidade para ''dar uma espiadinha''...Estou me referindo ao Grande Irmão do romance ''1984'', de George Orwell. Um autor norte-americano que li recentemente, em inglês, que é crítico da Internet, afirmou que, segundo pesquisadores, o Google está a apenas 5 anos de desenvolver um gigantesco mecanismo UNIVERSAL de buscas, com todos os tipos de informação sobre as nossas humildes pessoas...Isto é possível porque, já atualmente, os sites que frequentamos sub-repticiamente inserem um mecanismo em nossos computadores para buscar informações sobre os nossos gostos. Estes mecanismos chamam-se ''cookies'', ou biscoitos numa tradução literal...Quantos de nós costumamos apagar estes cookies? Determinados sites, como Yahoo e Google, inclusive alertam para o fato de que, sem os tais dos cookies, é impossível acessar as nossas páginas prediletas! Uma coisa incrível é o fato de que, ao mudarmos de cidade, em pouco tempo já somos bombardeados por uma tempestade de telefonemas comerciais bem como propagandas impressas. Quem fornece os nossos dados? Suspeito que seja a TV a Cabo que assinamos...Na Internet, o objetivo é usar as informações sobre os nossos gostos para fazer propaganda. Imagine a cena ''maravilhosa'' : você está passando por determinado lugar, e o seu celular o alertará sobre a proximidade de determinada loja ou restaurante...É de estremecer...O Big Brother pretendido pelos socialistas, e criticado por Orwell, é fichinha perto deste Grande Irmão pretendido pelos capitalistas. Quem viver verá ( ou melhor, será visto- ao vivo e a cores! ). PS: Os nossos dados de saúde serão igualmente públicos. No Brasil, até mesmo o CPF dos contribuintes já foi descoberto pela pirataria e vendido, em CD's, por camelôs em banquinhas dos centros das grandes cidades...
Lei da Atração
É incrível como, conversando com pessoas que manifestam preferência a respeito de uma cor, um objeto, ou uma cidade- como eu com Curitiba- tendem a ver repetidas vezes o objeto de sua predileção por todos os lugares onde andam. Conheço alguém que possuía um carro amarelo, e contava deparar com inúmeros carros da mesma cor pela cidade- por mais rara que seja esta cor em veículos...Isto vale para tudo, e exemplifica o quão forte é a idéia da ''Lei da Atração'': nós só vemos o que nos atrai (ou nos repele fortemente...sei que esta segunda hipótese é de provocar calafrios...mas é verdadeira- queiramos ou não...). Esta é a Lei que rege este mundo. Infelizmente, boa parte do tempo nós passamos às cegas- e ainda proclamamos ''querer'' determinadas coisas , pessoas, situações que afastamos por meio de nossos pensamentos. Êta povinho complicado que nós somos, sô!
Sobre o Vinho
Aos que são chegados a uma garrafa de vinho, uma explicação. O vinho que abordaremos aqui é o vinho como cor...futebolisticamente falando...Mas não dá para deixar de constatar que o vinho, cor, é a tonalidade predileta dos restaurantes franceses e seus toldos ( aqui, de São Paulo, podemos citar ''Le Vin'' e ''La Brasserie Erick Jacquin , assim como a loja DE VINHOS ''Le Grand Cru'', dos Jardins, cuja fachada é inteiramente desta cor...). Aliás, um livro sobre cores que li há algum tempo, informa que o vinho é a cor predileta de apenas 2% da população...Definitivamente não é uma cor de predileção das massas...Por isto a vemos tão pouco. Nos carros, poderia citar no momento apenas um Toyota Corolla que vi meses atrás...No futebol, expressão das massas, a cor vinho- a atual deste blog também, vocês já devem ter notado!- é igualmente rara. Vendo um jogo da Libertadores do ano passado, constatei que um pequeno time argentino- o Lanús, detentor das preferências de apenas 0,3% dos torcedores argentinos, cerca de 35 mil torcedores- tem uma camisa da cor grená. E as arquibancadas de seu estádio também são pintadas da mesma cor. Lanús é o time de uma pequena cidadezinha da pequena Buenos Aires, para quem não sabe. Independentemente da cor, não teria mesmo muita torcida por lá...Aqui em São Paulo, temos a belíssima camisa do ''moleque travesso'', o segundo time de minha predileção após o tricolor paulista: o Juventus, do bairro da Mooca. Ainda hei de adquirir a camisa grená deste nobre clube, detentor de um estádio para meros 3 mil torcedores. Ameaçado de rebaixamento no Paulistão, o Juventus tem feito bonito na Copa do Brasil e já está na segunda fase. Derrotou, aqui, o Náutico(PE)por 2 a 0...Arrancou um empate com o Corínthians, por 2 X 2 , em pleno Morumbi...No Rio de Janeiro, o vinho/grená é uma das 3 cores de um dos maiores clubes: o Fluminense. Na atual Copa Libertadores, o Fluminense tem utilizado o vinho por completo em sua segunda camiseta- com umas listras brancas também. A opção pelo vinho, e não pelo popular vermelho de seu grande adversário- o Flamengo- talvez explique porque o Flu nunca teve uma grande torcida...Enfim, estas são as minhas referências futebolísticas sobre o vinho. Na Europa, suspeito que a camisa do Arsenal, da Inglaterra, se assemelha a esta cor, mas não tenho certeza. Mas não importa. Populares ou não, com muitos títulos ou não, a certeza que fica é que as equipes que optaram pelo grená, e são objeto desta breve crônica, são todas muito nobres com seus garbosos uniformes, que indubitavelmente podem todos constar da galerias dos mais belos uniformes do futebol mundial. Aos que ficarem sedentos por tantas referências ao vinho, saúde! Eu, nesta vida, sou abstêmio...
sexta-feira, 21 de março de 2008
Achado
Outro dia, durante uma de minhas CAÇADAS na Livraria Cultura, deparei-me com uma obra cujo título pareceu-me irresistivel: ''Os livros da minha vida'', de Henry Miller ( Editora Antígona, de Portugal). Antes de quaisquer comentários, algumas observações sobre os Apêndices da obra. Neles, Miller elenca: I) ''Os cem livros que mais me influenciaram''; II) ''Livros que ainda tenciono ler'' ( esta a grande surpresa, que ainda não havia visto em nenhuma obra semelhante); e III) ''Amigos que me ofereceram ou emprestaram livros'' ( esta, então, é uma idéia generosa e deliciosa, da descoberta de livros como uma atividade conjunta, e não solitária...). Outra surpresa da obra são os comentários elogiosos ao indiano Krishnamurti. Surpresa porque normalmente identificamos Henry Miller à ''devassidão'', à sua trilogia iniciada por ''Sexus''. Mas aqui cabe um pequeno reparo: pelas citações, reparamos que a admiração de Miller pelo sábio indiano deve-se à sua independência. Pelas citações escolhidas, defere-se que Henry Miller destacou Krishnamurti por suas frases em defesa da independência do ser humano, até mesmo contra a existência de ''mestres'' e ''gurus'': ''Descobre por ti mesmo quais são os bens e ideais que não desejas. Ao saberes o que não desejas, por eliminação, irás aliviar a mente, e só então entenderá o essencial que está sempre ao seu alcance''. O aprendizado, aqui, é visto por Krishnamurti muito mais como um desfazer-se de coisas/pensamentos/''ideais'' do que como uma acumulação de pretensos ''saberes''. De fato, este desapegar-se é uma das principais conquistas que alcançamos conforme avançamos em idade...Para o mestre hindu ( o único ''mestre contra os mestres'' ), ''o objetivo da evolução é tornar-nos como os Mestres, que são o apogeu, a perfeição da humanidade''. Para isto, ele indaga: ''Por que te preocupas com os Mestres? O essencial é seres firme e forte, o que não é possível se fores discípulo de outrem, se tiveres gurus, mediadores ou Mestres a quem consideres superiores. Não podes ser livre e forte se me fizeres teu Mestre, teu guru. Não quero que isto aconteça...''. Em outro trecho, ele afirma: ''O homem é o seu próprio libertador''. E explica: ''Mestres? Sem dúvida. Homens que abraçaram a vida, não princípios, leis, dogmas, morais e credos. Na realidade, os grandes professores não estabelecem leis, mas desejam libertar o homem''. E define o gênio como ''a capacidade de um indivíduo se libertar das circunstâncias em que está enredado, a capacidade de sair do círculo vicioso. Podem dizer-me que não possuem este tipo de coragem.É esse exatamente o meu ponto de vista. A fim de descobrirem a vossa própria força, o poder que está dentro de vós, têm de estar dispostos a aceitar todos os tipos de experiência. E é isso precisamente o que vocês recusam fazer!''. Sobre a leitura, propriamente dita, Miller menciona as palavras de Gurdjieff- outro líder espiritual- tal como são citadas por seu discípulo Ouspenski: ''Se compreendes tudo o que leste na vida, agora já sabes do que andas à procura''. Para Henry Miller, ''devemos refletir vezes sem conta sobre esta afirmação, pois ela revela a verdadeira relação entre a vida e os livros. Ensina-nos como ler. Prova- a mim, pelo menos- algo que afirmei diversas vezes, ou seja, que a leitura de livros tem em vista o prazer da corroboração, e que essa é a descoberta decisiva que fazemos acerca deles. Quanto à verdadeira leitura- um processo que nunca tem fim- pode ser feita com tudo(...)Todo o universo terá então de se tornar como um livro aberto''. E menciona obras em que ''o drama só tem início quando o homem abre os olhos voluntariamente. Este ato, o único a que é possível atribuir um significado heróico, desloca todo o som e a fúria da substância histórica. Orientado para o exterior, o homem é finalmente capaz de olhar para o interior de bom grado e sem incerteza. Já sem olhar para a vida a partir do plano terreno, deixa de ser vítima do acaso ou das circunstâncias: ''opta'' por seguir a sua visão, por se tornar um todo com a imaginação. A partir deste momento, começa a viajar; e todas as viagens anteriores não passaram de circum-navegação''. Aos que acharem estas discussões parecidas com as que fazemos habitualmente neste blog, alertamos que não se trata de mera ''coincidência''. Aliás, os trechos mencionados foram escolhidos especialmente por mim, e nesta escolha são reveladas preferências temáticas deste que vos fala...O livro de Henry Miller não se esgota nesta conversa. Teremos oportunidade de, posteriormente, voltarmos ao tema, em especial referente aos livros...
quinta-feira, 20 de março de 2008
Mistérios da Alma
Há um clássico do cinema, chamado ''All About Eve'' - traduzido como ''Todas as faces de Eva''. Trata-se da estória de uma mulher com múltiplas personalidades. A psicologia lida eventualmente com problemas semelhantes. O que nos interessa é que é algo puramente subjetivo, uma vez que, no plano material, é claro que só há uma pessoa. Mas o material, o que nos vemos, o que consideramos ''real'' é só uma infinita parte do mundo e de nós mesmos. Se optamos por considerar apenas o material, ''o real'', esquecemos o Universo. Dentro e fora de nós. A psicologia, bem como diversas terapias ditas alternativas, lida com o subjetivo. O interno. O não-palpável. O terapeuta não pode ver todas estas diversas sub-personalidades de Eva, mas lida com elas. Elas se manifestam, e ele busca trazê-las a um plano de certa ''normalidade'' em que elas possam coexistir entre si e com a personalidade dominante. Nas curas alternativas, muitas vezes o terapeuta dá comandos a uma parte da pessoa que só esta conhece. E ela, e esta parte, reagem a estes comandos. Vemos isto até em programas de TV. Um antigo terapeuta e escritor dizia que ''no conflito entre a nossa vontade e a imaginação, prevalece a imaginação''. Talvez isto explique um pouco porque tanta gente boa reclame de problemas como obesidade, uso de drogas, vícios diversos, agindo como se tudo isto fosse a manifestação de algo externo a elas mesmas. Por que tanta gente age de modo auto-destrutivo? E ,depois de descobertos, até manifestam uma sensação de ''alívio'' frente a uma punição iminente? O caso recente do ex-governador de Nova York, flagrado com uma garota de programa, é um bom exemplo. Disseram os jornais que o governador, um ''ultra'' no que se refere à prostituição, que aprovou uma lei severa contra os clientes de prostitutas e que foi conhecido como ''xerife de Wall Street'' pela diligência com que investigava os crimes alheios, inexplicavelmente deixou várias pistas, como se quisesse ser descoberto...O chamado mundo ''exterior'' é de uma pobreza tamanha, que mal renderia dois parágrafos em um livro. São os mistérios do mundo interior, e suas mazelas infinitas, que nos interessam. E é interessante constatar que quase todas as terapias mais eficientes na cura do interior envolvem a imaginação. A hipnose sempre conviveu com a psicologia oficial. E, no que se refere a terapias e curas alternativas, várias descrições de curas ''milagrosas'' de doenças gravíssimas envolvem a visualização da cura. Coisas que a pobre ''razão'' não explica ou rejeita, mas que a ''emoção'' e a abertura para outros planos da vida mostram que em tudo isto há um pouco de verdade. O interessante é que sempre pensamos em conceitos como ''Deus'' , ''Céu'' e ''Inferno'' como coisas longinquas, distantes. Mas parece cada vez mais evidente que todas estas realidades- o material e o espiritual- estão estreitamente, indissoluvelmente ligadas. A Internet- esta estranha entidade que não tem ''lugar'', e permite a conexão de pessoas nos mais diversos lugares do mundo- é mais uma prova de que as nossas tradicionais noções de tempo/espaço estão sendo modificadas gradualmente, sem que percebamos. O homem já inventou inúmeros objetos, visitou a Lua, transformou este mundo em seu ''quintal'' ( onde, infelizmente, tem atirado a sujeira também...). Mas ainda há um enorme lapso no que se refere ás descobertas relativas á mente humana, este outro universo a ser descoberto no século que se inicia...
segunda-feira, 17 de março de 2008
Ruídos...
Difícil afastar a sensação de que quase tudo o que se chama de ''informação'' hoje em dia não passa de ruído, e que tudo isto desgasta ainda mais as pessoas e nos cansa. A tal de ''aldeia global'' , prevista por McLuhan , tem mesmo todas as características de uma aldeia, a principal dela as fofocas intermináveis. Mesmo sem assistir ''Big Brother'' e similares, acabamos sabendo quem disse ou fez tal coisa por que sites sérios, e comentaristas como Marcelo Rubens Paiva, dedicam textos inteiros a este LIXO...Pessoas sérias, principalmente nos EUA, tem combatido esta cultura infanto-juvenil da Internet- e sua busca frenética e incessante por ''novidades'' irrelevantes- mas é como bater boca com crianças: você fala, e elas te enchem com palavrões incontáveis e intermináveis, até você perder a cabeça e...deixá-las falando sózinhas e ir embora...O que poderíamos discutir com quem assiste ''Domingão do Faustão'' e similares? Ou ''Pânico na TV''?!!! Se bem que este último eu até vi algumas vezes...Nesta discussão não há ''inocentes'', uma vez que minha infância foi repleta de coisas ''trash'' na TV- todas do meu agrado, como o ''Show de Calouros'' do Sílvio Santos...Melhor deixar para lá. Estas considerações feitas ás pressas também não deixam de ser ruídos...
terça-feira, 11 de março de 2008
Previsibilidade
Como era de se esperar, o filme que concorreu ao Oscar e ganhou boa parte dos prêmios- ''Onde os fracos não tem vez''- não tem estória. Não tem parte psicológica significativa. Trata-se, na verdade, de um desfilar incessante, por mais de duas horas, de assassinatos cometidos por um psicopata, interpretado pelo ator espanhol Javier Bardem. É diversão, para os que gostam da coisa. Provoca medo e horror, como qualquer filme do gênero. Por mais que a mídia incense os irmãos Cohen, que fizeram esta obra, é de se imaginar que o seu sucesso aponte mais para as mazelas do mundo contemporâneo do que para o mérito dos produtores. Ao menos, ''Sangue Negro'' tem um lado histórico, mostra a corrida pelo ''ouro negro'' nos Estados Unidos, e a falta de escrúpulos dos capitalistas. ''Onde os fracos não tem vez'' não tem lado histórico. Não tem parte psicológica significativa. Não tem nada. Independentemente de serem bons ou não, todas as semanas temos sempre 3 ou 4 ''lançamentos'' cinematográficos, que são objeto de comentários da imprensa, e tem público cativo de milhões de pessoas que querem ir aos cinemas e beber qualquer coisa com um balde de pipoca para acompanhar. ''O espetáculo deve continuar''. De fato, são muitos os filmes- como estes- em que o maior mérito é achar algo que fazer em cerca de duas horas. Depois? Esquecê-los não é muito difícil. Diria mesmo que é recomendável, pois o cétebro tem outra necessidades, e coisas mais importantes com que ocupá-lo...
quarta-feira, 5 de março de 2008
Viagem Submarina, ou entre líqüidos
Quanto líqüido uma pessoa deve beber por dia? Os especialistas divergem. Alguns, dizem que bastam 8 copos, cerca de 2 litros. Para outros, podemos beber entre 3 e 4 litros. Ontem, pelas mais diversas e variadas razões( entre elas uma temperatura de 31 graus)bebi 6 litros de água. Ou 12 garrafas de 500 ml. Sei que devo parar de comprar este tipo de garrafinhas, pois são um desastre para o Meio Ambiente. As garrafas PET levam até 400 anos para se decompor, e infestam cada vez mais rios e mares. Mas há um jeito. Basta guardar uma na geladeira, e enchê-la com água das garrafas grandes de água mineral. Dá trabalho, mas é mais recomendado. Mas beber 6 litros não é nada de mais . Até as 8 da manhã, eu já havia tomado 2 litros, ou 4 garrafinhas. Duas ao acordar, em jejum, e mais duas após o café-da-manhã ( só de frutas, por sinal...). Mais 4 garrafas durante a manhã, até a hora do almoço. Um copinho de 300 ml na rua, seguido de uma jarra que não consegui medir de água mineral, junto com café- outro líqüido- e doces pequenos, tudo isto em uma livraria. Depois, ao voltar para casa, mais 2 garrafas. E outras 2 no final da tarde, junto com o jantar. De modo que foram, na verdade, MAIS de 6 litros, uma vez que não computei o copo de água mineral tomado na rua nem a jarra de água bebida junto com o café. Quanto a este, confesso que tenho o hábito de cochilar durante o dia, fazendo a ''sesta'' após o almoço. Mas a pequena xícara de café ''paulista'' que tomei após o almoço ( em comparação com o café ''carioca'', servido mais suave e mais fraco) sustentou-me durante todo o dia, e parte da noite. Assim, consumindo quantidades muito maiores do que a minha mera xícara de café, as pessoas conseguem sustentar a rotina de seus dias movimentados- muito mais movimentados que os meus...O problema é que o café excita, mas não nos permite descansar realmente. Nos sustenta de pé, mesmo cansados. E, quando vamos dormir ,finalmente, não conseguimos ter um sono relaxante, completo. Os poetas ''românticos'' do século XIX eram movidos a café e absinto. Os ''existencialistas'' sartreanos da Paris pós-Segunda Guerra também eram chegados em um cafezinho, para sustentar suas vidas notívagas. O café também é a base desta civilização ( pòs ? ) industrial em que vivemos, e causa estranheza recusarmos um pequeno café após as refeições. Depois, São Paulo sempre foi chamada ''terra do café''. Hoje é palco de uma verdadeira ''guerra dos cafés'', com a instalação de verdadeiras ''grifes'' de café de qualidade, entre elas a americana Starbucks, a européia Nespresso, e a brasileira Suplicy. Mas o fato é que entre estes dois líquidos se passou mais um dia, e mais uma crônica. Aceitam um cafezinho???
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