terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ainda ''viajando'', só que desta vez dentro de São Paulo: Parque do Carmo( Zona Leste)...

Encerrada a viagem a Montevidéu, mostrada exaustivamente em vários posts neste blog, continuamos a ''viajar''- só que agora ''para dentro''...
A capital paulista, eis um de seus principais méritos, nos oferece continuamente inúmeras opções no que se refere a passeios. Horto Florestal, Zoológico, Jardim Botânico, Museus do Futebol e da Língua Portuguesa, Parques, Ciclovia às margens do Rio Pinheiros, etc, etc,etc...
Já tínhamos um projeto antigo de conhecer este Parque do Carmo, na Zona Leste da cidade de São Paulo. Agora, recém-retornados do exterior, decidimos enfim botar as ''mãos à obra''. Como chegar lá?
Saindo da Paulista, linha verde do metrô até a Estação Paraíso. Depois, linha azul até a Praça da Sé. Lá, linha vermelha sentido ''Corínthians- Itaquera''. Uma vez que esta estava naquele domingo sendo reparada, foi preciso várias vezes trocar de vagão do metrô...
Chegando, enfim, a Itaquera( a última estação da Linha Vermelha), é preciso ainda pegar um ônibus( a linha ''São Matheus'', ao lado do Terminal Rodoviário do Itaquera...Com mais uns 10 minutos, chegamos enfim ao Parque do Carmo...
Uma vez que este Parque é célebre por suas cerejeiras, vamos empreender uma verdadeira ''caça'' às mesmas em seu interior...''Onde estão as cerejeiras?'', nos perguntávamos o tempo inteiro. Será que iremos encontrá-las?
O resultado você verá aqui, alguns posts adiante...
Alcnol.
PS: Saindo da Paulista às 11 horas da manhã de um domingo recente, levei cerca de 2 horas mais ou menos para chegar ao Parque do Carmo...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Despedida de Montevidéu: almoço no ''La Perdiz'' no último dia...

Nada melhor para aproveitar os últimos momentos em Montevidéu do que me despedir da cidade no restaurante ''La  Perdiz''- que eu descobrira na véspera. Sem sombra de dúvida, o melhor ''custo-benefício'' de todos os restaurantes que frequentei ali( não me refiro exclusivamente a preço, fique bem claro, mas à relação entre a qualidade dos pratos e seu custo...).
Tal como inúmeros outros cafés e restaurantes daquela cidade, o ''La Perdiz'' conta com uma estrutura externa para dias de sol como aquele. Não é feita para pessoas como eu, fique bem claro: com calor, em uma temperatura de 15/16 graus, jamais pensaria em ficar ao sol sem uma cobertura qualquer. No entanto, em poucos minutos esta área ao ar livre ficou cheia, tornando-se o ''point'' do dia no estabelecimento...
Seguem-se fotos do segundo andar da casa, com uma privilegiada vista para o lado de fora...Não é demais avisar que é bom chegar cedo- inclusive no almoço- pois o ''La Perdiz'' é concorridíssimo...
Finalizo o post, e esta série sobre a capital uruguaia, com o prato que degustei antes de me dirigir para o Aeroporto de Carrasco( minha mala já estava pronta no hotel): uma excelente ''picaña''( picanha)com batatas...Devido à pressa, acabei- decisão dolorosa esta- dispensando a sobremesa. Preço desta última refeição da viagem: quatrocentos e oitenta pesos( menos do que R$48,00), sem vinhos- fique claro...
Tivesse mais um ou dois dias, adivinhem onde é que eu voltaria em Montevidéu para almoçar ou jantar?
Alcnol.
PS: Depois de comer tantas carnes, acho que vou me tornar um vegetariano por um bom tempo...A não ser que o estabelecimento ofereça carnes uruguaias, irresistíveis...
PS: E vocês: ficariam ao sol em um ''calorão'' destes?

Montevidéu, último passeio: o lado de ''dentro''...

Onde se ''põe'' o sol, em Montevidéu? 
A impressão, quando deixamos a Avenida ''beira-mar''( beira- Rio da Prata, na verdade), é que está mais iluminado para dentro, por detrás destes prédios na região de Pocitos...
Embora já houvesse comentado, em um dos posts, a respeito destas fachadas livres dos edifícios da capital uruguaia- sem uma, duas guaritas, muros eletrificados, cachorros e vigias armados- ainda não havia feito o registro fotográfico disto.
Deste que representa, ao menos para mim, um modo de vida mais livre- embora talvez não tão ''sofisticado'' materialmente como o nosso...Qualidade de vida é isto: é poder circular livremente, sem medo. É poder olhar para um lugar destes, sem deparar com os sinais da privação de liberdade de seus moradores que, mesmo com todas as medidas elencadas acima e mais algumas outras( câmeras, etc.), nem assim livram-se totalmente do risco a seu patrimônio ou, pior, a suas próprias vidas...
Quiçá possa eu deparar no futuro, em uma de minhas muitas viagens para a capital uruguaia que certamente ainda farei, com esta mesma cena- uma prova de que a dita ''modernidade''( ou melhor, o ''pior'' da modernidade)ainda não chegou por ali, e de que as pessoas ainda podem circular alegremente- como eu vi naquele dia- de dia ou de noite. Como, não faz muito tempo, se fazia na Copacabana original( a do Rio de Janeiro), ou nas ruas de São Paulo...
Esta cena, que alguns de nós puderam ver nesta vida- há alguns anos- ainda é possível na capital do Uruguai. Só por isto já valeria a pena visitá-la...
Alcnol.

Caminhada pelas margens do Rio da Prata, no último dia em Montevidéu...

Feita a escolha( difícil dilema)entre o pôr-do-sol às margens do Rio da Prata e um interessante filme uruguaio que estava passando em um cinema em Pocitos, agora há que se seguir o caminho que decidimos tomar até o fim...
Nada mais consequente poderia surgir com a nossa trajetória na capital do Uruguai, em que procuramos sempre enxergar a ''alma das ruas''...
Estas daqui, no caminho à beira-mar pela ''Rambla'' Mahatma Gandhi( Punta Carretas), um pouco mais tranquilas do que as do centro. Mas, se eu buscava ''despedir-me'' de Montevidéu nesta viagem( melhor dizer ''até logo'' do que um ''adeus''), não haveria lugar mais apropriado. Ás margens do rio, ''curtindo'' estas tonalidades meio avermelhadas de um sol que já se pôs mas que ainda dava o ar de sua ''graça'' no céu daquela cidade...
Difícil não querer ficar ali mais um tempo. Creio que pelo menos umas duas semanas, para poder me familiarizar com tudo. Justamente quando estamos começando a ''entrar no clima'', nos adaptar a todas as mudanças climáticas/linguísticas/culturais, é chegada a hora de ir embora.
Saio levando um sentimento se não de ''amor''- ainda é cedo, estamos apenas nos conhecendo- no mínimo de muito carinho por aquela cidade. Esta não foi, com toda certeza, a minha última passagem por ali...
Hora de dizer ''adeus''( ou melhor, até logo)para a ''Copacabana Uruguaia''( a Praia de Pocitos, logo acima).
Os/as mais atentos/as perceberão que terminei este post na mesma pracinha à beira-mar( com cara de ''forte'', daqueles utilizados para proteger a cidade contra as constantes invasões no passado)mostrada em um post anterior...
Ela tem uma privilegiada vista...
Alcnol.

domingo, 29 de agosto de 2010

Pôr-do-sol em Montevidéu...

Tomada a decisão de ir até o final do pequeno parque situado em Punta Carretas( a ''ponta'' que dá nome ao bairro), não dava mais para voltar atrás.
Isto porque são mais ou menos 15 minutos até a extremidade, e outros 15 minutos de volta. 
Era impossível, faltando cerca de 20 minutos para as seis da tarde, voltar a tempo de assistir a sessão das seis do cinema...
Restava-me ''curtir'' as imagens inéditas que estavam á minha frente. De um lado Pocitos- a ''Copacabana uruguaia'' que já mostramos em Posts anteriores, que aparece neste na foto 3. De outro, o centro da capital uruguaia( a região da Avenida 18 de Julio, o Mercado del Puerto, a Ciudad Vieja), e a belíssima e inesquecível visão deste pôr-do-sol...
Impulsionado que fui para fazer esta viagem pelo inverno uruguaio, e suas temperaturas que se aproximam de 0 grau, os primeiros raios de sol- e a consequente elevação da temperatura, sem falar no calorzinho que fez neste meu penúltimo dia naquela cidade- agiram sobre o meu inconsciente como um ''convite'' para partir...
Meu casaco, que me abrigara durante estes últimos dias gelados, não era mais necessário- tornando-se um quase inútil apêndice sobre o meu corpo.
Porém é preciso reconhecer que, mesmo não sendo um grande apreciador do sol, as imagens do ''astro-rei'' que, naquele momento, praticamente me ''expulsava'' de Montevidéu, são sensacionais...
O sol tem destas coisas: não é propriedade de ninguém e, mesmo em lugares ''cinzentos'' e áridos como a capital paulista, é possível contemplá-lo por entre os edifícios. Tal como um artista, o sol não ''privilegia'' ninguém, dando a todos o ar de sua indiscutível grandeza...
Por outro lado, há lugares- como esta larga ''rambla'' às margens do Rio da Prata em Montevidéu, talvez o ''Rio'' que tenha mais ''cara de mar'' em todo o planeta, uma vez que não é possível enxergar o seu outro lado- privilegiados para assistirmos o ocaso diário do ''astro-rei''. Esta era a hora certa para fazê-lo, em um dos lugares mais apropriados para fazê-lo...
Ao mesmo tempo em que me ''expulsava'' da capital uruguaia, prometendo dias mais quentes naquela semana, o sol o fazia com um ''sorriso nos lábios''- como que a amenizar esta dura ''pena''...
Alcnol.

Penúltimo dia em Montevidéu: passeio à ''beira-mar'' em Punta Carretas...

O que fiz neste penúltimo dia em Montevidéu? Peguei um ônibus até a região da Avenida 18 de Julio- centro, um de meus locais preferidos na capital uruguaia- para ''despedir-me''...
Ali escrevi um de meus posts em um cybercafé, e voltei para a região de Punta Carretas- às margens do Rio da Prata.
O meu ''plano'' era registrar o final da tarde à beira do Rio e depois, às 18 horas, assistir um interessante filme uruguaio( ''La Vida Util'')em um cinema próximo...
Como quase sempre na vida, é necessário termos também um ''plano B''. A existência está sempre a desafiar os nossos projetos, oferecendo-nos métodos e caminhos alternativos...Não acredito naquela estória de ''deixa a vida me levar''. Há que se ter algum projeto, para não sermos simplesmente levados pelos planos alheios... Porém, em determinados momentos, um plano é confrontado com outro plano e, nesta hora, é preciso decidir...
Este foi o caso daquela ensolarada tarde em Montevidéu. À medida em que se aproximava o horário do filme, era necessário escolher entre uma ideia e outra: filme ou as fantásticas imagens do pôr-do-sol às margens do Rio da Prata?
Nos próximos posts, vocês verão o que eu escolhi...
Alcnol.

sábado, 28 de agosto de 2010

Dica de lugar muito bom( e barato)em Montevidéu: estava faltando? Não mais...

Nós também estávamos procurando um lugar como este ''La Perdiz'' em Montevidéu: que fosse muito bom e relativamente barato ao  mesmo tempo. Que pudesse unir a qualidade ao preço. Sempre buscamos algo assim, inclusive em nossas incursões pela capital paulista, mas sejamos sinceros: é muito difícil achar...Quando conseguimos encontrar um estabelecimento que una as duas coisas, precisamos juntar as duas mãos, apontá-las para o céu em sinal de agradecimento e celebrar...
Isto porque, infelizmente, no mundo moderno a qualidade está cada vez mais ligada ao preço. Pensem no melhor tênis, e eu responderei que quase que certamente será o mais caro. Do mesmo modo, quando procuramos um terno, ou um modelo de automóvel. Claro que existem ''genéricos'' muito bons, ou não daríamos conta de adquirir todos estes ''top de linha'' ao mesmo tempo...
Quando se trata de alimentação, não é diferente. Moro em uma cidade que, com toda a certeza, está entre as mais caras das Américas( se não for a mais cara entre todas...), que é São Paulo. Onde a barreira razoável de preços por uma boa refeição já foi superada há muito. 
Montevidéu, segundo uma amiga que também esteve lá este ano, não é uma cidade ''barata'' no que se refere à alimentação. Não tão cara quanto São Paulo, mas também não fica muito distante no quesito ''preços''.
No entanto, na véspera de nossa viagem de volta para o Brasil, descobrimos um lugarzinho perfeito, que une as duas coisas( qualidade e preço). Exatamente por isto, esta não foi a última vez em que estivemos ali durante a viagem...Voltaríamos ali no último dia, antes de ir para o Aeroporto. 
O estabelecimento responsável por este ''milagre'' chama-se ''La Perdiz''( em Punta Carretas, próximo ao Hotel Sheraton e ao Shopping Punta Carretas).
Com uma cara de ''pub''- dois andares, decoração de madeira- ele alia a qualidade e os bons preços a um atendimento excepcional. Vimos inúmeros clientes- de todas as idades- sendo recebidos calorosamente com ''beijinhos'' no rosto pelas jovens atendentes. Um senhor de idade ensaiou uma reclamação, sendo tratado com um incrível ''mimo'' pela garçonete- que perguntou o que poderia fazer para agradá-lo...Ou seja, ''La Perdiz'' está muito longe do tratamento massificado que recebemos geralmente nos grandes centros...E isto não é sinal de ''amadorismo'', muito pelo contrário. 
Vários ''gurus'' dos negócios pregam o tempo inteiro que as empresas devem tentar ''fazer tudo'' para satisfazer seus clientes. As empresas defendem, em seus discursos e propagandas, que buscam fazer exatamente isto. Mas há uma imensa lacuna entre ''teoria'' e ''prática''. Raras vezes, como neste pequeno restaurante, podemos encontrar as duas coisas juntas. Exatamente por isto devemos louvar esta junção...
Mas, você pode estar querendo saber, e quanto ao que interessa- a alimentação, a refeição?
De entrada, pedimos rodelas de linguiça. Feitas ao forno.
Como prato principal, costeletas de cordeiro( uruguaio, claro...). Carne excelente, pouco salgada/temperada como normalmente é preparada por ali. Bastou um pouquinho de sal para deixá-la ''no ponto''...Acompanhada pela salada mista de uma das fotos de baixo( dizem que carne com vegetais é a combinação ideal, muito mais leve do que as habituais: com pães, etc.).
Fechando esta MAGNÍFICA refeição, as deliciosas panquecas de doce de leite. Uma especialidade de nossos ''hermanos'', que disputam com os argentinos a invenção do ''dulce de leche'' e do tango( alegam os uruguaios que Carlos Gardel seria um compatriota, nascido ali...).
Encerramos este post- e não as visitas ao agradável ''La Perdiz''- com a informação do preço desta ótima refeição: 615 pesos( em uma cotação simples 1 real a 10 pesos uruguaios seria R$61,50...). Sempre observando que o almoço não foi ''regado'' a vinho, e sim a água mineral uruguaia...
Em suma: um excelente ''custo-benefício''...
Alcnol.

Ruas que se bifurcam...

Tenho uma IMENSA atração por caminhos como este. Por ruas que se abrem, possibilitando-nos dois( ou mais)rumos diversos. 
Afinal, a vida é assim. E, feita uma escolha, jamais devemos olhar para trás...Ou não?
O mais bacana aqui é que este edifício da foto está situado exatamente em uma destas  encruzilhadas- tão comuns na capital uruguaia. Se indagarmos qual é o seu endereço, os moradores bem podiam responder: ruas ''x'' e ''y''...
PS: Os mais ''ortodoxos''- para quem sempre ''só há um caminho''- vão odiar isto...
Alcnol.

Homenagem ao escritor russo Leon Tolstoi em Montevidéu...

''Plazuela Leon Tolstoi''...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Resquícios do ''El Tranvía'', o bondinho que percorria as ruas de Montevidéu no século passado, em Pocitos...

Apesar de desativado em 1955, ainda há resquícios do ''El Tranvía''- o bondinho que percorria as ruas de Montevidéu no século passado- no bairro de Pocitos. Vejam só estes trilhos aí, inconfundíveis...