sexta-feira, 6 de março de 2009

Flagrantes da Oscar Freire no início do mês de março...

Além da proximidade e da diversidade de atrações gastronômicas nos seus arredores, a Rua Oscar Freire- o seu célebre trecho que virou um ''shopping a céu aberto'' comparável a algumas das ruas mais famosas do mundo- está constantemente surpreendo-nos por suas novidades. Na Galeria Melissa, um elefante gigantesco virou a alegria da criançada. E, quem diria?, na Oscar Freire até bancas de jornal assumem uma inusitada decoração, fazendo referência ao cinema...

Retorno ao novo ''Le Buteque'', da Haddock Lobo...

Ontem estive lá com um grupo de amigos, para comemorar o aniversário de um deles. Ao contrário dos primeiros dias, desta vez a casa estava completamente lotada, o que comprova o sucesso da mistura ''ecumênica''- ao melhor estilo brasileiro- adotada pelo restaurante. Explicando: embora sejamos demasiadamente ''frouxos'' no aspecto moral e de respeito às Leis, onde precisamos nos aperfeiçoar um pouco mais, a cultura brasileira também é uma cultura de respeito e tolerância à diversidade. E este é o seu principal aspecto positivo. Judeus e árabes convivem aqui pacificamente como em nenhum outro lugar do mundo. E as pessoas, mesmo declarando ser adeptas desta ou daquela Igreja, não deixam de fazer suas investigações próprias na área espiritual. É assim que católicos praticantes frequentam terreiros espíritas, o que não deixa de ser bom: revela uma abertura da mente...Mas estávamos falando sobre o novo estabelecimento, ''Le Buteque''. Assim como o famoso chef Alex Atala acalentava seu sonho de criar um restaurante mais rústico, que servisse comida com gosto das saborosas refeições servidas por nossas mães e avós na nossa infância- e criou o ''Dalva e Dito'', já mostrado aqui- Erick Jacquin, chef francês, seguindo a mais recente das tendências na área gastronômica mundial( chefs famosos que fazem comida de bistrô, acessível a um número maior de pessoas), concebeu este agradável ''Le Buteque''. De espírito ''ecumênico'', aberto a novas experiências, misturando o melhor das culturas de seu próprio país- a França- e o Brasil. As fotos mostram bem o que é o espírito da nova casa: entrada de ovo com lentilhas, picadinho, navarin de cordeiro( prato do dia, escolhido por mim), e uma sobremesa de pão-de-ló com morango que fez enorme sucesso na nossa mesa...Além do ''ecumenismo'' já apontado, misturando elementos da culinária dos dois países, outra vantagem da nova casa- em que não faltam quadros e elementos que fazem referência a Paris- é que não precisamos saber falar francês para fazer o pedido...Mas ,se quiserem, tenho certeza que alguém na cozinha ou entre os atendentes entenderá...Alcnol.

Praça da Sé, ou como sempre é possível encontrar um novo ângulo de um local conhecido...

Uma vez que possui várias entradas, e comumente utilizamos pelo menos duas delas, a Praça da Sé me dava a impressão de ser um lugar já ''visto'', ''conhecido''. Foi só lá, ''nas alturas'' do Edifício Banespa, ao contemplar aquela ''bucólica'' pracinha com fontes de água e imponentes e belos prédios ao redor, que tive a vontade de ver de verdade aquilo tudo. Primeiramente não sabia que era a Sé, o que ''complicou'' um pouco o meu trabalho...Vasculhei a região em torno do terminal Pedro II. Depois andei mais um pouco pelos arredores da Avenida do Estado, passando por cima de um rio- felizmente ainda não aterrado como vários córregos que passavam pela capital paulista, mas bastante poluído... Foi só ao ''desistir'' de procurar a praça, já voltando para o Metrô Sé- por outro caminho que normalmente não faço- que percebi, já nos túneis sob a Praça da Sé, as tais fontes d'água, onde meninos de rua tomavam ''banho'' alegremente. A Praça da Sé foi recentemente reformada e, tal como as demais- especialmente a região do Vale do Anhangabaú- virou ''refúgio'' de mendigos, assaltantes e menores de rua...Enquanto sonhamos com o dia em que estas praças todas- dotadas de segurança- sejam devolvidas aos seus principais proprietários( a população de São Paulo), tiramos rapidamente algumas fotos da bela( quem diria?)Praça da Sé. Com muita cautela e tensão, pois não faltam ''amigos da coisa alheia'' por ali...Felizmente alguns estavam mais preocupados em tomar banho no calor sufocante que tem feito por estes dias em São Paulo( até 35 graus...!). Alcnol.

Continuação do passeio pelo centro de São Paulo: a Torre Banespa/Santander...

A foto de baixo, a primeira postada de baixo para cima, não esconde o nosso próximo destino. Após passarmos brevemente pelo centro da cidade- região do Vale do Anhangabaú- nossa próxima parada será um dos pontos mais elevados da cidade: com 35 andares, a Torre Banespa/Santander. Construída nos anos 40 do século passado, ela nitidamente se inspirou no nova-iorquino Empire State Building. A visitação à torre é estritamente controlada, por razões de segurança. Primeiro esperamos vários minutos para fazer o nosso cadastramento, com foto e tudo. Depois, aguardamos ansiosamente pela chegada do elevador que, com duas paradas, nos levaria ao topo. Lá assinamos um livro de visitas e subimos um lance de escadas até o ponto principal- de onde foram tiradas estas fotos aí. A visão aérea de São Paulo não se parece com nenhuma outra localidade( latino-americana, pelo menos...). Um verdadeiro ''mar'' de concreto, com prédios e mais prédios. Parece até que ''há só concreto, e mais nada''. Visão inquietante da Humanidade transformada em ferro( dos automóveis)e cimento...Mas após o susto inicial começamos a procurar detalhes lá embaixo. Uma bela praça com a imponente cúpula de uma igreja e fontes de água( que descobri, mais tarde, ser a célebre Praça da Sé...veremos em um post posterior...), um parque com várias árvores( Dom Pedro II), regiões com menos prédios, as antenas de TV da Avenida Paulista, o traçado linear das avenidas do centro, entre outras coisas mais. Se você quiser ter uma visão semelhante, indicamos ainda um almoço ou jantar no restaurante do Edifício Itália( Terraço Itália). Freneticamente observamos tudo e tiramos inúmeras fotos, pois o tempo máximo de permanência no topo é de apenas 5 minutos...Como havíamos dito anteriormente, nosso próximo destino é a Praça da Sé...

Quem ganha com a crise? A Máfia Italiana, por exemplo...

Pelo menos é o que afirma a ''Folha de São Paulo'' de ontem, 5 de março. Na manchete a revelação: ''Italianos recorrem à máfia para obter crédito''. Que a Máfia é especialista em empréstimos, isto não é novidade. No entanto, principalmente após assistirmos o filme ''Gomorra''- e lermos o livro de mesmo nome- que mostra os métodos utilizados por esta secular instituição criminosa para cobrar os seus créditos( tortura, assassinatos com requintes de crueldade,etc.), surpreende-nos a elevada adesão aos empréstimos da ''Cosa Nostra'': ''No ano passado 180 mil companhias italianas recorreram a empréstimos da máfia, somando um total de 15 bilhões de euros, sendo uma das atividades que mais renderam para os grupos criminosos( as outras incluem, segundo ''Gomorra'', até mesmo enterrar lixo tóxico na proximidade de várias pequenas localidades italianas, fazendo literalmente o ''serviço sujo'' encomendado por empresas poluidoras...), segundo levantamento da Confesercenti( que reúne pequenas empresas do país''. Pasmem agora quando a mesma reportagem da ''Folha'' informa sobre os juros cobrados nestes empréstimos feitos pelos mafiosos: ''Não há dados estatisticos sobre os juros cobrados pelos agiotas, mas, nos casos denunciados no ano passado, variavam de 55% a 730% ao ano, com boa parte girando em torno de 120%''. Neste momento o periódico brasileiro faz uma tortuosa comparação com os juros cobrados nos empréstimos brasileiros( na faixa de 170%), comparação esta que não procede. Estamos falando da Itália, uma economia muito mais estável do que a nossa...A inflação italiana não deve passar de 6/8% ao ano, o que dá uma idéia do gigantesco lucro auferido pelas organizações criminosas...E do desespero dos proprietários das pequenas e médias empresas, empurrados para os braços do mundo do crime graças às crescentes restrições ao crédito feitas pelos estabelecimentos bancários ''oficiais''...Em resumo: perdem os donos das empresas- que agora terão de responder pelos empréstimos que fizeram perante agiotas de altíssima periculosidade- e a Máfia, quem diria, sai ganhando uma vez mais, agora com a Crise Econômica que varre os mercados mundo afora...Alcnol.