sábado, 28 de fevereiro de 2009

O que são ''chiqueirinhos''? Vejam só um exemplo, na Arena da Baixada...

Desde que se tornou ''moda'' estabelecer áreas reduzidas e restritas para torcedores das equipes visitantes em estádios de futebol- isto já vem sendo praticado há um bom tempo na capital paranaense, graças à inexistência de um bom estádio público- geralmente localizadas nas piores áreas( na lateral e atrás de um dos gols), o termo ''chiqueirinho'' passou a ser utilizado em relação ás mesmas. Muitas pessoas ainda não conhecem um. Eis porque, em pleno clássico Atlético-PR X Paraná Clube disputado na Arena da Baixada- em pleno domingo de Carnaval- decidimos registrar um destes ''chiqueirinhos'' para vocês. Detalhe: integrantes de torcidas organizadas do Atlético-PR decidiram se concentrar nas proximidades do local, travando um preocupante ''duelo verbal'' com torcedores da torcida ''Fúria'' do Paraná, separados apenas por um pequeno cordão de policiais militares e seguranças...Eu te pergunto: será que isto vai contribuir para a redução da violência nos estádios de futebol? Se você respondeu sim, então porque já se fala inclusive na realização de partidas ''com uma torcida só''- o fim do espírito democrático e de confraternização que o futebol almejava proporcionar?

Propaganda do Uruguai no Batel, em Curitiba...

O Uruguai está na minha ''mira''. Após escrever aquele apaixonado texto sobre os ''lugares frios'', como não sonhar com uma Montevidéu gelada no inverno? O país amigo e vizinho, do qual pouco ouvimos falar, merece uma visita mais detalhada- não é mesmo? Quando ocorrerá eu não sei, mas já faço ''planos'' antecipados, e apaixonados, de conhecer o Uruguai. Que ocorra em breve...PS: Para dar-nos ''água na boca'', eis esta propaganda do Uruguai em pleno Batel, nas imediações dos shoppings Cristal Plaza e Novo Batel...PS2: Como já conheço Buenos Aires, à qual também desejo voltar um dia, a capital chilena- Santiago- também é um projeto à parte. Quem sabe conheça Montevidéu e Santiago durante uma mesma viagem? Mas ,por enquanto, tudo isto não passa de um belo sonho...

Fonte das Mocinhas

Embora ,com cerca de 9/10 viagens anteriores, já possa dizer que ''conheço um pouco'' da capital paranaense, nunca havia visto estas belas fontes aí- situadas em uma das ruas do centro da cidade...Homenagem aos artistas, em especial aos cantores, dos áureos tempos de uma Curitiba antiga que não volta mais...

Exagerada influência de fora...

Os cadernos mostrados nesta foto foram retratados em uma das filiais das ''Livrarias Curitiba''. Procurei em várias lojas por cadernos com as estampas dos clubes locais( Paraná, Atlético-PR, Coritiba), mas minha procura não foi bem sucedida. É assim que acabamos chegando à triste conclusão de que, embora com população bem maior do que a da capital gaúcha, Curitiba é por demais influenciada por seus vizinhos de São Paulo e até de Porto Alegre...Certos mercados, como o Pão de Açúcar, só vendem águas minerais paulistas( ''Vitaleve'', ''Lindóia'', etc.). Até mesmo marcas famosas de laticínio oriundas do estado do Paraná- como a Batavo- são difíceis de encontrar em alguns mercados, enquanto seus rivais( paulistas)estão presentes em grande número...A recente notícia de que o Corínthians teria a maior torcida no estado do Paraná vem se somar a todos estes dados preocupantes...Um pouco mais de regionalismo por parte dos paranaenses não faria mal...

Finalizando o ''Carnaval Gastronômico'' em Curitiba...

Sexta e sábado de Carnaval eu fiz o que normalmente não costumo fazer: almocei e jantei...Tudo para pegar alguns dos melhores lugares da cidade ainda abertos( para quem não sabe, é nestes feriadões que a cidade fica meio parada- com várias placas de ''fechado até o dia tal''). A este frenesi, que me custou alguns quilos a mais, poderia batizar também de ''Maratona Gastronômica'' em Curitiba...Mas eu fiz isto por vocês(''oh, quanto sacrifício!'', já posso ver alguns de meus melhores amigos fazendo comentários desta espécie...). A próxima casa, a última a ser mostrada neste destaque à parte que conferimos à culinária da capital paranaense, nós descobrimos por acaso. Um dia, caminhando nas proximidades do Shopping Novo Batel, vimos um cardápio bem interessante- denotando um lugar de alta qualidade. Como era dia não estava aberto( só abre, como parece ser costume em várias capitais do Sul, para o jantar...). Mas nós ficamos com a casa em ''mira''. No sábado à noite decidimos passar por ali( esquina das Ruas Coronel Dulcídio e Pedro II). O nome do lugar, que pretende fazer uma culinária contemporânea de alta qualidade em Curitiba, é ''At Home''. A cozinha transparente é uma de suas mais marcantes características. Música suave, luzes baixas, ambiente romântico. O cardápio é um primor, com atrações como um congrio negro( que ficará para uma próxima oportunidade)e o prato que pedi: um risoto de cabrito com redução de cabernet sauvignon( se beber não dirija...). Entre os inúmeros ingredientes anotamos estes: alecrim, pimenta do reino, cognac, vinho branco...O resultado é maravilhoso. Que bom que, de uns tempos para cá, Curitiba também tenha embarcado neste ritmo frenético da área culinária, que já conquistou lugares como Rio de Janeiro e São Paulo. Agora não nos sentimos mais saudosos, quando visitamos outras cidades, do ''melhor que há em São Paulo''- comida- pois o mundo está se ''estreitando'' em várias áreas: a informação circula, diversas revistas especializadas interessantes são publicadas nesta área, chefs internacionais participam cada vez mais de eventos no Brasil...Graças a tudo isto, e à ousadia dos jovens chefs, é possível hoje comer bem( muito bem)onde quer que estejamos- como neste agradável ''At Home'' de Curitiba...Não estamos menosprezando a cultura local, mas é importante contar com boas opções na parte contemporânea onde quer que estejamos. Um porém: ainda vai levar um ''pouco de tempo'' para que Curitiba ou Porto Alegre( ou Brasília) contem com 12 mil restaurantes como em São Paulo- possibilitando-nos que comamos bem a qualquer hora do dia ou da noite...Mas esta é uma outra estória...Alcnol.

Almoço no sábado de Carnaval- local: o melhor da cidade, eleito pela ''Veja Curitiba''...

Para ser eleito pelos jurados de ''Veja Curitiba'' como o ''melhor da cidade'' o local deve ser bem especial. Este foi o espírito com que decidimos almoçar, no sábado de Carnaval, no restaurante ''Terra Madre''. A casa fica anexa à loja ''Vino!'', na tranquila Rua Desembargador Otávio do Amaral, 515- Bigorrilho. O lugar faz jus plenamente ao título da revista: o serviço impecável, lembra o dos restaurantes de...São Paulo...( somos informados por uma das funcionárias que a loja ''Vino!'' também está presente na capital paulista- e que lá(ou aqui, de onde escrevo)também tem um estabelecimento culinário de um estilo um pouco diferente. Sigo as instruções da revista, e também peço de entrada uma brandade de bacalhau ao azeite extravirgem e alho poró crocante. Boa pedida...O prato principal consiste em uma massa leve, especialidade da casa. As sobremesas, excelentes, merecem um destaque à parte...Além da alta qualidade de seus serviços, e dos pratos propriamente ditos, o ambiente do ''Terra Madre'' é um detalhe relevante por si só. Possui uma bela varanda com vista para a rua( vide fotos), e nós fomos os primeiros do dia a nos instalar ali. O preço foi o mais alto de todos os lugares visitados na cidade de Curitiba, similar ao dos melhores restaurantes de...São Paulo...mas detalhe: vale cada centavo...Comer bem, afinal, não é despesa: é investimento( na nossa saúde, bem-estar, alegria de viver). Saí do ''Terra Madre'' com uma pergunta na cabeça- ''quando é que eu voltarei aqui de novo?''. Alcnol.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Muito além de um ''boteco''- o novo ''Le Buteque'', recém-inaugurado em São Paulo...

Fazer um blog, afinal, dá um pouco de ''trabalho''. Ainda não encerramos os posts sobre Campos do Jordão e já viajamos para Curitiba durante o Carnaval. Mal começamos os textos sobre Curitiba, e novidades surgem no nosso regresso a São Paulo. Uma delas, talvez uma das mais aguardadas nos últimos tempos na capital paulista, é a inauguração do restaurante ''Le Buteque'', na Haddock Lobo. ''Audaciosamente'', eles foram se instalar logo ao lado do concorridíssimo ''Zucco''. No entanto, as propostas das duas casas são um pouco diferentes. ''Le buteque'', criado pelo célebre chef francês Erick Jacquin- aquele mesmo da ''Brasserie Erick Jacquin'' na Rua Bahia, em Higienópolis- surge com uma proposta de bistrô. Comidinhas leves, sanduíches, quiches, docinhos. Comprido tanto no térreo quanto no andar superior, seu formato lembra mesmo o de uma daquelas clássicas lanchonetes americanas. O interessante nome ''Le Buteque'' pode confundir apressados: a informalidade da casa não esconde o fato de que, nos mínimos detalhes, pode-se perceber a assinatura de seu criador. E ele não esconde isto: há até mesmo um prato com o nome ''Erick Jacquin''...E ,enquanto em um boteco comum as opções são um tanto limitadas/ restritas, neste novo ''Le Buteque'' a sensação é de heterogeneidade: pedi de entrada a clássica ''salada caprese'', que ali tem um formato característico dos estabelecimentos de origem francesa; no cardápio notamos também a presença de uma entrada mais ''cara''- um camembert assado, por cerca de R$61,00...mas também opções mais ''populares'', e nem por isto piores, como o ''cuscuz paulista''( que recebeu um prêmio do suplemento da Folha de São Paulo como o melhor da cidade)também constam do cardápio. Aliás, falando neste, a opção que acabei escolhendo ''saltou logo aos meus olhos'': fraldinha com cebola caramelizada e farofa. Algo simples mas, ao mesmo tempo, com uma qualidade e sabor que dificilmente encontraríamos em ''botecos'' ou casas do gênero...O ''Le Buteque'', a propósito, consegue oferecer entre seus pratos tanto o clássico ''steak tartar''- imprescindível nos melhores restaurantes franceses- quanto o ''picadinho''( outro clássico, mas de uma categoria diversa...). O lugar, com o dedo e a marca de um renomado chef, ''brinca'' conosco o tempo inteiro com esta possibilidade que oferece de transcender e combinar espécies diversas. ''Le Buteque'', falo isto mais como elogio do que como crítica, é meio ''difícil de classificar''...E a incerteza, vejam só que paradoxo, acaba aguçando ainda mais a nossa curiosidade... Este não é um lugar para ser ''rotulado'' e ''classificado'' com uma visita apenas... Comecei com uma ''salada caprese'' que ali tem a ''marca francesa''( 0 modo de preparar, a aparência, o gosto). Depois, parti para um bife acebolado com farofa. ''Simples'' e saboroso. Para finalizar só mesmo com um daqueles tentadores docinhos franceses que chamam nossa atenção logo na entrada- um balcão cheio deles- e ainda recebem destaque na decoração do ambiente. Escolhi uma torta de limão. O que dizer? Tal como nas melhores casas do gênero- e me refiro aqui aos restaurantes franceses mais do que aos ''botequins''- trata-se de um ''carro chefe'' do novo estabelecimento. ''Le Buteque'', para concluir, não é uma nova ''Brasserie Erick Jacquin''. Também não se parece com o vizinho ''Zucco''- apesar da ''audácia'' de escolher se instalar logo ao lado de uma das melhores casas de toda a cidade. Não veio para imitar, mas para criar um gênero próprio, novo, todo seu. Inicialmente podemos ficar um pouco desconcertados por sua heterogeneidade, com toda esta ''brincadeira'' , esta ''dança'' entre categorias diversas. O resultado porém, quando conseguimos ''processar'' as diferentes informações novas, é positivo. Bastante positivo, aliás. Tem o ''dedo de Jacquin'' nesta estória. O famoso chef, reconhecido internacionalmente, convida-nos para ''brincar'' com ele- transcender nossos ''velhos conceitos'' sobre o que é possível fazer ou não na área da culinária. Um pouco surpresos aceitamos o seu ''convite'' e o resultado é divertido. E muito, muito saboroso...Alcnol.

Jantar no segundo dia em Curitiba...

A parte gastronômica da capital paranaense recebeu pouca ênfase nos nossos textos anteriores. Em São Paulo, como você pode ver pelos posts anteriores, são muitas as referências gastronômicas. Começamos tudo isto como uma brincadeira: por que não mostrar tantos lugares interessantes que visitamos no nosso dia-a-dia? Em São Paulo duas das atividades mais importantes são trabalhar e comer. E come-se muito, por todas as partes. Paulistanos levam bem a sério este assunto de alimentação...Creio que em nenhum outro lugar do país noticia-se tanto a respeito de chefs de prestígio e abertura de lugares novos. Estes, e é este aspecto em especial a que temos dado mais ênfase, se esmeram na criação de ambientes diferentes que nos dêem a sensação de que estamos ''fora de São Paulo''( do stress, do corre-corre diário, da violência, da poluição...). Curitiba, até poucos anos atrás, era célebre por seus ''rodízios de churrasco'' e cantinas italianas que servem comida ''farta''. No entanto, de uns tempos para cá, as novas tendências culinárias foram conquistando espaço no imaginário de seus habitantes. Entre elas, a fortíssima tendência oriental...Restaurantes japoneses, chineses, tailandeses...Um dos mais famosos, referência na ''Veja Curitiba'', chama-se ''Lagundri Bistrô Contemporâneo''. E nós fomos lá conferir o que ele tem de melhor...Localizada na Rua Saldanha Marinho, 1061, centro, a casa- eleita pelo júri de ''Veja Curitiba'' como a ''melhor oriental da cidade''- tem um predomínio da culinária tailandesa- embora não seja especializada apenas nesta. Ainda segundo a ''Veja Curitiba'', ''a decoração dos ambientes, perfumados com incensos japoneses sem fumaça, é inspirada nos países do Sudeste Asiático. Há muitas plantas tropicais, velas, objetos típicos e até uma cascata. O sótão, transformado em lounge com mesas baixas e futons, é o ambiente preferido pelos casais. Já o deque e o jardim são disputados nos dias quentes''. Foi exatamente em um destes dias quentes- mais de 30 graus na capital paranaense durante o dia e um forte calor à noite- que eu decidi visitar o ''Lagundri''. Instalei-me no deque. Um pouco desconfortável diante do escuro e da dificuldade de ler o cardápio, além de um certo desconhecimento dos pratos de uma culinária à qual não estou familiarizado, decidi pedir atum. O garçom perguntou de que modo eu queria o mesmo( crú, ao ponto, bem passado). Desorientado, acabei pedindo- tal como faço com as carnes- ''ao ponto''. O resultado, mais por erro meu do que por qualquer outra coisa, não ficou lá grandes coisas. Não consegui terminar aquele atum meio seco, que custava a descer pela garganta...Ficou a lição: atum é meio crú...Claro que não dá para ''julgar'' lugar algum por uma primeira vez, ainda mais quanto pedimos algo errado. Não utilizamos este espaço para ''vendettas'' pessoais contra as casas. Ou algo é muito bom e marcante, e falamos disto aqui, ou sequer nos damos ao luxo de mencionar. Outro dia- antes do clássico São Paulo X Corínthians no Morumbi- almocei em uma churrascaria rodízio famosa. O serviço é muito bom. As carnes estavam boas. No entanto, não entendi porque aquele lugar tem tanta fama. Ou seja, não havia nada ali que distinguisse aquela casa dos demais estabelecimentos do gênero e seus manjados ''truques'': um deles é o encher-nos de todas as espécies de acompanhamentos para que comamos ''menos''. Outro clássico é o de oferecer inúmeras carnes nos primeiros 10 minutos, sem que tenhamos sequer tempo de comer alguma com mais calma...Em resumo: não achei nada ali digno de um comentário novo. Nada que alguém já não tenha dito sobre as casas do gênero que, aliás, só consigo frequentar no intervalo de uns 2 ou 3 meses de distância...Mas estamos falando do ''Lagundri Bistrô'', em Curitiba. Na nossa ''maratona'' gastronômica pela capital do Paraná não foi possível retornar outra vez à casa. Mostramos aqui algumas fotos do belíssimo ambiente, que ficará em nossa memória... Quanto à comida, pelos motivos antes explicados, não temos elementos suficientes para fazer um julgamento mais aprofundado- que ficará para uma próxima oportunidade( outra visita à capital paranaense). Alcnol.

Estados Unidos devem taxar produtos calóricos...

Já vimos aqui algumas iniciativas- ICMS/Ecológico, IPTU/Ecológico- tomadas por Estados e Municípios, na área tributária, com o objetivo de incrementar ações de proteção ao Meio Ambiente. A mais nova tendência na área de impostos vem dos Estados Unidos: segundo o jornal de negócios ''Valor Econômico'', em sua edição do último dia 25 de fevereiro, ''a obesidade custa às empresas dos Estados Unidos cerca de U$45 bilhões ao ano( nosso grifo)em despesas médicas e perda de produtividade(...)Nos próximos meses, é provável que um ou mais Estados e municípios tentem impôr impostos sobre refrigerantes, doces ou outros tipos de ''junk food'', nos moldes dos já existentes sobre o cigarro(...)No fim do ano passado, o governador do estado de Nova York David Paterson propôs um imposto de 18% sobre as vendas de refrigerantes gaseificados não-dietéticos e doces. Tal imposto, diz ele, levantaria US$ 404 milhões este ano e US$539 milhões em 2010, que seriam usados em programas de saúde pública que combatem a obesidade(...)''. Será que iniciativas do gênero podem contribuir para a redução dos índices endêmicos de obesidade? Ainda segundo a matéria de ''Valor Econômico'', ''estudos vêm mostrando uma clara correlação entre custos e o comportamento do consumidor. Uma pesquisa feita pela Rand Corp, em 59 cidades, constatou que as crianças ganham mais peso quando vivem em comunidades onde frutas e verduras custam mais caro. E a Universidade da Flórida acaba de publicar um estudo mostrando que quanto mais caro custam as bebidas alcoólicas, menos as pessoas bebem( nosso grifo)''. Enquanto os norte-americanos polemizam sobre o uso de impostos na área de Saúde Pública- mais um golpe contra a política de ''não-regulamentação'' adotada pelo Governo Bush e os republicanos- na Europa também há uma forte tendência neste sentido. Na França por exemplo, ainda segundo a matéria de ''Valor Econômico'', ''está sendo considerada a implementação de um imposto que varia de 5,5% a 19,6% sobre todos os gêneros alimentícios que o governo classificar como ''muito calóricos, muito doces ou muito salgados''. Neste momento você pode estar se perguntando: ''e a minha liberdade de comer o que quiser, fazer o que quiser com o meu corpo?''. No confronto entre dois direitos- tal como este entre os interesses da Saúde Pública e o seu interesse individual de consumir o que bem entender- não há a supressão de um em favor do outro. Mas, diante de um caso concreto, deve-se sopesar bem os interesses envolvidos para dar mais ênfase a um ou outro direito. No caso, trata-se uma escolha: vamos ficar inertes assistindo uma futura geração de diabéticos, hipertensos, entre outros males, lotando quartos e corredores dos hospitais públicos, ou vamos fazer algo a respeito? Os impostos tem um papel importante a cumprir nesta área. Sua liberdade de consumir o que quiser não será suprimida, lógico. Mas, nos anos que virão, você deve estar preparado para pagar um pouco mais para continuar exercendo este direito...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Jantar na Capital paranaense...

Já mostramos em posts anteriores duas facetas de Curitiba. De um lado, os inúmeros parques e praças. De outro, pelo menos uns 5 shopping centers. Ficou faltando alguma coisa, não? Em São Paulo eu mostro todos estes restaurantes, para ficar meio ''tímido'' quando vou a outros lugares...Bom, o principal motivo desta falha se deve aos hábitos diferentes das cidades do Sul: enquanto em São Paulo é possível chegar a qualquer hora do dia em diversos restaurantes, em cidades como Curitiba e Porto Alegre os horários são bem mais rígidos...Certos estabelecimentos optaram por abrir exclusivamente à noite, para o jantar- e eu não tenho este hábito de me ''empanturrar'' no período noturno...Mas chegamos a Curitiba, por um vôo ''low cost''( baixo custo). Nos instalamos em um hotel simples mas confortável. Agora, para ''compensar'', nada melhor do que fazer algo que nunca fizéramos anteriormente por ali: vamos em busca do ''melhor de Curitiba''. Nas mãos o Guia 4 Rodas ''Ruas Curitiba 2009'', com mapas das principais regiões da cidade e indicações gastronômicas. E a edição especial ''Veja Curitiba''( 2008/2009), com alguns dos melhores estabelecimentos da cidade divididos por categorias e eleitos pelo voto de personalidades da capital paranaense( melhor francês, melhor italiano, melhor confeitaria, etc.). Próxima parada: ''Villa Marcolini''( melhor italiano). Local: Avenida Visconde de Guarapuava, 5354- Batel. O lugar, em si, impressiona: quatro ambientes, salão principal decorado com quadros dos artistas Luís de Souza e José Gonçalves, mesas feitas com madeira trazida de uma antiga estação ferroviária de Minas Gerais, vinhos servidos com taças de cristal austríaca, louças alemãs, talheres italianos, guardanapos de linho egípcio( descrição da ''Veja Curitiba''...). Em suma: o local tem a aparência de uma vila luxuosa italiana...As massas, feitas artesanalmente no próprio ''Villa Marcolini'', são uma atração à parte. O chef, por sinal, possui também uma concorrida padaria no bairro curitibano do Batel. Não dá para dispensar também as sobremesas, feitas com chocolate belga. Conjugam beleza e sabor na mesma porção...Só não conheci anteriormente a casa por causa de seu horário ''complicado'' para os padrões paulistanos: de terça a sábado no jantar, e de sexta a domingo também para o almoço. Tive também a sorte de encontrar a concorrida casa meio vazia e mais tranquila nesta véspera de Carnaval o que, segundo o garçom que me atendeu, não é muito comum. O resultado é que tivemos tempo de refletir calmamente enquanto fazíamos a nossa deliciosa refeição noturna, dividindo nossos olhares entre o belo ambiente interno e a noite curitibana que começava a nascer. ''Fim do dia'' para os que tiveram de viajar como eu, e ''início da noite'' para os notívagos- e atrações noturnas interessantes para estes não faltam na bela capital paranaense...Alcnol. PS: Claro que um lugar como este ''Villa Marcolini'' não se esgota em uma única visita. Mas a pequena amostra que tive de suas qualidades fala por si só como um convite para futuros retornos à casa...PS2: Eu pensei que aquele papo de que Curitiba possui lugares ''tão bons quanto os de São Paulo, a preços bem mais acessíveis'' era uma espécie de ''lenda urbana'' cultivada pelos cidadãos daquela cidade e alardeada em periódicos locais como o jornal ''Gazeta do Povo''. Mas é verdade. A conta deste ''Villa Marcolini'' foi cerca de 40% mais barata do que a de similares em São Paulo...Claro que, no meu caso, amenizada pelo fato de que eu tomo suco de uva da Serra Gaúcha, e não vinho tinto importado...

Aeroporto de Curitiba

Como vocês podem ver, nas fotos, enquanto eu e os demais passageiros do vôo lotado da Azul estávamos chegando, inúmeros outros moradores de Curitiba se dirigiam a outros destinos.... Antes de pegar o ônibus Linha Executivo- que cobra meros oito reais para fazer o percurso entre o Aeroporto e alguns dos principais pontos do centro da cidade- deu tempo de tirar estas fotos destes bonecos aí. Uma coisa ''engraçadinha'' ,feita para quebrar um pouco a seriedade e a aflição que sentimos normalmente antes de viajar de avião...

Rebobinando a fita: viagem para Curitiba...

Chegando em casa, após 5 dias de ''Carnaval'' na capital paranaense, é tempo de editar as fotos tiradas e contar esta estória do início ao fim. Eis como tudo começou. O Brasil tem, desde o último mês de dezembro, uma nova Companhia Aérea: a Azul. ''Coincidentemente'' as Companhias Aéreas já estabelecidas- que formam agora uma espécie de ''duopólio'', praticando tarifas assemelhadas- começaram a cobrar preços reduzidos nas mesmas rotas da nova Companhia Aérea...Nestas horas temos duas escolhas: a curto prazo é negócio comprar uma passagem pela, digamos, Gol -a partir de Campinas- por meros R$49,00( partindo de Congonhas, para o mesmo destino, continua com o preço de mais de R$300,00...). A TAM também baixou suas tarifas, em Campinas, para cerca de R$99,00. Repito: pensando a curto prazo, é negócio adquirir ''descontos'' como estes. No entanto, o que é benéfico a curto prazo pode não ser ÉTICO nem benéfico a longo prazo...Por que não ''ético''? Porque temos, no Brasil, uma legislação em defesa da Concorrência- com penas para aquelas empresas que praticarem preços abaixo do custo com o intuito de quebrar seus adversários e conquistar mercados. Por que os órgãos federais- como a Infraero- não estão aplicando estas leis? Bom, o fato é que todas as empresas, inclusive a novata Azul, estão praticando tarifas reduzidas a partir de Campinas para outros lugares. Eu pesquisei no site da nova empresa e consegui adquirir bilhetes de ida e volta por um total de R$220,00( incluindo taxas de embarque). Pensei nos meus interesses a longo prazo. Se as atuais empresas estão reduzindo suas tarifas diante de uma concorrente que mal acaba de se instalar, a longo prazo a tendência é que, enfim, voltemos a ter um mercado de concorrência e PREÇOS MAIS BAIXOS- beneficiando consumidores como eu e vocês...A Gol Linhas Aéreas cobrava mais de R$300,00 por uma viagem a Porto Alegre no final do ano passado. Hoje, as empresas tradicionais estão cobrando bem menos- mas só a partir de Campinas...Se você tem pressa em chegar, pode não ser negócio pegar um ônibus como eu fiz- saindo do Shopping Villa Lobos- até o Aeroporto de Viracopos . Por excesso de zelo, e medo de chegar atrasado, peguei o ônibus de 9 e meia da manhã. Chegamos em Campinas pontualmente às 11 horas, com pouco mais de uma hora e meia de viagem. Meu vôo para Curitiba só sairia às 14 horas. 3 Horas em um Aeroporto não é exatamente a sua idéia de ''diversão'', não é? Porém, entre 11 da manhã e meio-dia eu fiquei ''fuçando'' pelo Aeroporto, que não conhecia. Embora não se compare aos Aeroportos de Congonhas e Santos Dumont- recém- reformados- Viracopos não é tão ruim quanto eu esperava...Não é um ''sucatão'' como o Galeão, no Rio...Por enquanto a ''Praça de Alimentação'' consiste em um restaurante e 3 lanchonetes( os tapumes- vide fotos- indicam que o lugar está passando por reformas...). Tomei um suco de uva, tirei fotos, e desci para ler alguns jornais. Quando dei por mim já era meio-dia e meia. Hora de comer algum sanduíche em uma das lanchonetes. Volta para o banco de espera. Mais meia-hora de leitura. Hora de me dirigir à sala de embarque. Em resumo, não tive a sensação de espera...O tempo passou rápido. Infelizmente Viracopos, cheio de tapumes na frente, não é o melhor lugar para se apreciar o pouso ou saída de aeronaves. Não foi possível fotografar o avião da Azul ali. Feito pela Embraer, com apenas duas cadeiras uma ao lado da outra- sem a temida e indesejada ''poltrona do meio'' das demais aeronaves- e cerca de 30 fileiras de assentos. O vôo até Curitiba durou meros 35 minutos, para minha surpresa. Na chegada foi possível até enxergar pela primeira vez o Estádio Couto Pereira( do Coritiba)do alto- com suas inconfundíveis cores verde e branco...Ah, sim. O serviço de bordo consiste em refrigerantes e salgadinhos ''chips'' ou waffles de chocolate. Nada que me atraia, mas eu não estava ali por causa disto...Alcnol. Fotos( de cima para baixo): 1- avião da Azul fotografado após o pouso na capital paranaense; 2- o interior da nave, fotografado enquanto ainda era permitido utilizar telefones celulares...3- saguão de embarque em Campinas; 4 e 5- saguão de Viracopos e uma das 3 únicas lanchonetes da tal ''praça de alimentação''...6- tapumes da futura Praça de Alimentação de Viracopos; 7- Placa ''grandiloquente'' da Infraero, anunciando que no futuro Viracopos será o ''maior Aeroporto da América Latina''...8- o ônibus de uma empresa contratada pela Azul Linhas Aéreas para transportar- gratuitamente- passageiros do Shopping Villa Lobos em São Paulo até o Aeroporto de Viracopos em Campinas. 9- jipe antigo pintado de amarelo na Marginal Tietê- chamativo demais para passar despercebido por nossa câmera-celular...Aliás, você olharia mais para este jipe aí ou para um jipão daqueles caríssimos pintado de preto e com vidros fumê? 10- local da nossa ''partida'', na frente do Shopping Villa Lobos- em São Paulo.