sexta-feira, 17 de julho de 2009

Viagem ao Rio de Janeiro- 7: Restaurante ''Olympe'', de Claude Troisgros

Não acredite se alguém lhe disser que é possível ser o melhor em uma categoria apenas por ''sorte''. O sucesso está estreitamente ligado ao esforço, bem como ao talento. É possível até que alguém consiga os famosos ''15 minutos de fama'' profetizados por Andy Warhol. Porém, quando se trata de um chef de cozinha com quase 30 anos de história na Cidade Maravilhosa- como Claude Troisgros- obviamente esta trajetória de êxitos passa a milhares de anos-luz de ''casualidades'' ou ''acasos''...Troisgros, como alguém comentou na Internet, ''bem poderia estar instalado em São Paulo''( paulistanos tendem a comparar tudo com o que conhecem da própria cidade...)e, mesmo assim, seu nome estaria com certeza na Galeria dos Melhores. Eu acrescentaria que os Melhores( com m maiúsculo)não dependem de lugar ou época. O melhor reluz e atrai como o sol. O melhor é referência: todos já ouviram falar, todos querem conhecer. Inclusive eu que, claro, já havia escutado bons elogios da parte de uma amiga que visitou o Rio há algum tempo. Ficou na minha mente: na próxima vez em que eu for ao Rio, visitarei o ''Olympe''...Desta vez foi possível. E vejam só que engraçado: à noite, no Olympe( Rua Custódio Serrão, 66- Jardim Botânico), ao receber um cartão da casa, reparei que havia menção também às outras casas da ''Família Troisgros''. E, sem saber, eu já havia visitado uma na hora do almoço: aquele mesmo ''CT''( que, enfim, descobri tratarem-se das iniciais do renomado chef Claude Troisgros)do Shopping Fashion Mall...Mundo pequeno este...Um parêntese fica para o fato de que a região em torno da Rua Maria Angélica, no Jardim Botânico( RJ), possui outras casas de grande movimento( fotos da Pizzaria paulistana em solo carioca ''Braz''...). Bom, voltando ao Olympe, arrisquei visitar o restaurante sem fazer reserva. Arriscado. Por pouco não fiquei na lista de espera...Como cheguei bem cedo, foi possível acomodar-me próximo á porta de entrada...O lugar é pequeno, com cozinha transparente e visível atrás dos vidros( moda na culinária de primeira linha da atualidade...)e panos brancos pendurados no teto que lembram até um cenário das Arábias( única coisa mais exótica, já que a política da casa é meio ''low profile''...). A equipe toda eficientíssima, do primeiro ao último prato. Reduto de artistas e personalidades, na noite em que o visitei foi possível identificar a atriz Betty Goffman( também cliente do ''CT Brasserie'', tanto que deixou seu autógrafo neste último...). E a comida? Escolhi o ''agneau''( lombo de cordeiro em roupa de shitake, batata crisp e parmesan grana padano). Como diz a expressão corrente: ''tudo de bom''. Enquanto eu me deliciava( antes mesmo da sobremesa), uma hora o chef Troisgros em pessoa começou a percorrer mesa por mesa para acompanhar a satisfação dos clientes. Conversou até mesmo comigo, um mero iniciante naquele meio...Meu comentário: o ''Olympe'' é simplesmente um ''must go''( lugar de visita obrigatória para todos os amantes da boa culinária de passagem pela Cidade Maravilhosa). Pelas conversas identifiquei que havia uma outra família também proveniente da Capital paulista, o que indica que outras pessoas também compartilham da minha entusiástica opinião sobre a casa...O ''fecho de ouro'' veio na forma de uma torta de manga com sorvete de coco. Nem gosto muito de manga, mas felizmente ela foi meio neutralizada pelo ''gelato''...O que dizer como complemento? Talvez apenas que o pequeno( 48 lugares)''Olympe'' também ficaria muito bem em Buenos Aires, São Paulo. Nova Iorque, Paris, etc...O mais delicioso deste mundo da alta gastronomia é o fato de que também nele se confirma o que já constatamos em outros ramos: o talento é infinito, indivisível, permanente. Mestre Troisgros tem uma longa e bela história, muito antes de a culinária francesa tornar-se ''moda'' em nosso país. Outros vieram, também foram bem sucedidos, e, no entanto, o ''Imperador Francês'' continua firme como nunca em meio a tantos outros Deuses do ''Olimpo''...Alcnol. PS: Foto de baixo da pizzaria ''Braz''...

Estação Ana Rosa do metrô e uma ladeira nas proximidades...

Desde que ''me tomei de amores'' pelo Parque da Aclimação, já subi e desci diversas vezes uma longa ladeira que começa quase ao lado da Estação Ana Rosa do metrô( ontem, como não segui este ''roteiro'', me perdi no bairro do Cambuci...). Esta ladeira, cujo nome não me recordo, possui uma peculiaridade: é repleta de edifícios ao seu redor... Inicialmente pensei tratarem-se de alguma escola ou repartição pública, graças ao nome de um dos prédios: ''Gregório Serrão''. Este, por sinal, é numerado( tem ''Gregório Serrão'' 1,2,3,4, até o 5, creio...). Outra particularidade é que os andares do prédio não estão alinhados ao nível da rua. Ou seja, há um nível abaixo da ladeira que estamos subindo ou descendo...Tudo isto aguça a nossa curiosidade. Ontem, decidi- além do ''Gregório Serrão'', que já fora fotografado há algum tempo- registrar um pouco mais do prédio vizinho( este com vários andares abaixo do nível da rua e escada em caracol). Na ânsia de fotografá-lo melhor descobri uma rua vizinha- que nunca havia percorrido- com vários outros edifícios nas proximidades...Como um novelo de lã que vai se desfiando, uma idéia inicial simples acabou resultando nisto aí que você pode ver neste post...Alcnol. PS: O gostoso nisto tudo é descobrir coisas que, embora iguais aos inúmeros condomínios de apartamentos existentes aqui e em outros lugares, são especialíssimas pela época em que foram construídas ou pela própria geografia particular da região em que estão inseridas...

Viagem ao Rio de Janeiro- 6: calçadão do Leblon...

''Encerramos'' este curto passeio pela viagem do Rio de Janeiro, visitada durante o último fim-de-semana, com uma caminhada pelo calçadão da Praia do Leblon. Como é possível constatar, o tempo estava ''bom''( para mim, pelo menos...). Os painéis gigantes mostram trabalhos de artistas franceses em comemoração do ''Ano da França no Brasil''( este poderia ser também o título de minhas incursões gastronômicas na cidade do Rio de Janeiro...). Alcnol.

Viagem ao Rio de Janeiro- 5: Praça Nossa Senhora da Paz...

O mais intrigante de tudo é o fato de, embora já ter visitado a cidade e a região de Ipanema inúmeras vezes, jamais ter dado um passeio completo pelo interior da Praça Nossa Senhora da Paz. Talvez receio de ingressar em um lugar diferente, quem sabe ''perigoso'', ou simples falta de curiosidade. Não sei. Desta vez decidi ultrapassar , enfim, as ''fronteiras'' repletas de verde que escondem o interior da Praça dos olhares curiosos dos passantes. Vejam só o que descobri...Alcnol. PS: A beleza e a vitalidade da Praça como local de convivência pública, frequentado diuturnamente por mamães, bebês, idosos, passantes, entre outros, mostra que- felizmente- nem tudo está ''perdido'' nesta cidade e neste país...Mostramos há pouco um shopping e, desta vez, iremos deixar o Rio de Janeiro( após o clímax que foi o jantar à noite...)com as recordações desta Praça e do calçadão da Praia do Leblon que mostraremos no próximo post. Ah, sim. Após o jantar haverá também uma pequena ''surpresa'', registrada no domingo pela manhã...

Indo rumo ao Parque da Aclimação, acabei no Cambuci...

Tudo indicava que faria mais um ''rotineiro'' passeio rumo ao Parque da Aclimação. Peguei o metrô, desci na Estação Paraíso, embarquei rumo ao centro e acabei descendo na Estação São Joaquim. Aí começaram as complicações...Andando quase em linha reta, acabei- ao invés de na Aclimação- me perdendo um pouco por uma região desconhecida do bairro do Cambuci. O resultado é este...PS: Reparem que, em uma das fotos, há até um edifício que adotou uma cor diferente para diferenciar cada andar...PS2: Após alguns instantes de perplexidade, acabamos retomando o nosso rumo inicial- com sucesso...

Grafitagem na Rua Vergueiro...

Embora um pouco distante, a grafitagem que vou mostrar chamou minha atenção quando eu me deslocava pela Rua Vergueiro sentido Estação Paraíso do metrô. A tal ponto que decidi cruzar a rua para observá-la melhor. Parece um pouco antiga. Seu estado de conservação deixa um pouco a desejar. Mas não é óbvia, exige um pouco de interpretação( daí a sua atualidade...). Embaixo mostramos parte dela. A foto superior revela o conjunto- que foi o que vimos inicialmente do outro lado da Vergueiro...

Esquina das Alamedas Santos e Casa Branca...

Bastou que eu desse uma brevíssima parada na Alameda Santos, quase no cruzamento com a Alameda Casa Branca, para que estas imagens surgissem à minha frente. São Paulo possui (muitas)esquinas, e esquinas podem ser bastante reveladoras... Esta é beneficiada pela vizinhança do Parque Trianon, logo ao lado. Muito verde, trânsito carregado, táxis, ciclistas e até um veículo um tanto exótico que estava passando por ali- eis o brevíssimo retrato de uma esquina paulistana...Alcnol.