segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O clássico São Paulo X Corínthians foi o assunto do dia de domingo em São Paulo...

O São Paulo, como se sabe, restringiu a cota de ingressos dos torcedores corintianos a meros 10% da capacidade do estádio do Morumbi( 68 mil). Com isto, e o bate-boca entre dirigentes das duas equipes durante a semana, o clima que antecedeu o clássico foi bastante tenso. Policiais se espalhavam a quilômetros do estádio, em um esquema de patrulhamento inédito. Desta vez, decidimos arriscar tomar chuva- e compramos um ingresso de arquibancada( majorado pela diretoria são- paulina em cerca de 100%: passou de R$20,00 para absurdos R$40,00). Na entrada do Morumbi um PM já foi alertando que eu não poderia entrar com o meu guarda-chuva, pois estavam proibidos ''instrumentos pontiagudos''. Aquele mesmo guarda-chuva que havia quebrado o meu galho meio-dia, quando caiu um pequeno temporal sobre a capital paulista...Não podia entrar, também, com o pedaço de papel que eu levara, com o intuito de evitar sentar nas normalmente imundas arquibancadas...Torcedor sofre...Também, não ia adiantar muita coisa. A torcida, descobri para minha surpresa, assiste a tudo de pé. Eles só sentam no intervalo, nos mesmos lugares onde estavam pisando, para não perderem os assentos...Como é que eles aguentam assistir uma partida de futebol durante 90 minutos, de pé, além de ingerirem quantidades enormes de bebidas alcoólicas, sem precisarem ir ao banheiro no intervalo, eis alguns dos mistérios que envolvem uma partida de futebol...Dentro de campo a superioridade são-paulina( apesar da decisão do treinador Muricy Ramalho de ''poupar'' vários atletas para a partida de quarta-feira pela Libertadores)era flagrante, mas não traduzida em gols...O Corínthians, não se sabe se abalado pela falta de torcedores ou pelo esquema do treinador Mano Menezes, era um time estranhamente retranqueiro e acuado...No segundo tempo a agonia da torcida são-paulina com a inoperância ofensiva de Dagoberto e companhia só aumentou. Mas havia Borges, e a entrada de Hernanes. Isto deu uma ''chacoalhada'' no tricolor paulista, e o gol se tornou uma questão de tempo. Tabela de Dagoberto( deveria entrar sempre na metade do segundo tempo, pois é quanto ele ''acorda''...)para a conclusão de Borges. A eufórica torcida são-paulina, em franca maioria, começou a cantar ''nosso freguês voltou'', mas não tivemos muito tempo para comemorar. Logo a seguir, em um belo passe de ''Boquita'' para André Santos- no meio da zaga do São Paulo- o Corínthians empatou. Especialistas em segurança, e Promotores de Justiça, louvam o resultado de um clássico de praticamente ''uma torcida só''( menos violência, etc.). No entanto, sentimos durante o jogo uma estranha saudade do tempo em que o canto das duas torcidas balançava o Estádio do Morumbi. Ora com o predomínio de uma, ora com o predomínio da outra- conforme o desenrolar do clássico dentro de campo...Nas cadeiras, melhor ainda, era possível assistir o clássico ao lado de torcedores rivais, que íamos ''sacaneando'' na hora dos gols de nosso time...E vice-versa...Tudo isto se perdeu, com uma simples ''canetada'' da diretoria são-paulina. Ingressos majorados, restrição à cota de ingressos dos adversários, fim da venda de ingressos pela Internet e nos postos de venda da empresa ''Ingresso Fácil'', e o resultado foi um jogo fraco dentro de campo- além da presença de apenas 33 mil pagantes. Estarão morrendo os clássicos? Alcnol.PS: Após o jogo, quando despencou um temporal por volta de 18h30m, lembrei de imediato da atitude prepotente daquele guardinha que ''confiscou'' meu guarda-chuva na porta do estádio...Não deixarei de assistir partidas de futebol por causa disto, nem do desconforto das arquibancadas, mas, caso me perguntem se vale a pena ir aos estádios, eu responderei de pronto: ''não vale, o torcedor é tratado como lixo, mas nós já estamos ficando estranhamente viciados nisto''...PS2: Na última foto( de baixo)o que sobrou de espaço para a torcida corintiana- creio que, ''por alto'', só havia no máximo 4 mil torcedores daquela equipe. Nem por isto os inevitáveis conflitos com a Polícia foram evitados, e mais de 40 torcedores corintianos tiveram de ser hospitalizados após a partida...

Enfim, o almoço...Onde? Veja...

A Avenida 9 de Julho possui, nas imediações da concorrida Rua Amauri, dois belos restaurantes. Um, já mostrado aqui, é o ''La Tambouille''( aquele que mais parece uma ''vila italiana''). O outro, vizinho, é o Thai Gardens- especializado, claro, em culinária tailandesa...Vamos entrar? O Thai serve, além dos pratos do cardápio, um bufê. Optamos por este. Primeiro uns salgadinhos de entrada. Depois, é a vez de montar o prato principal. Guisados de carne, bolinhos de carne de porco, entre outras coisas. De repente vejo a pimenta, com cara igual à da Pizza Hut. O atendente do Thai avisa: ''esta pimenta aí é muito picante''. Acostumado que estou com pimentas, que aprecio bastante, pensei: ''esta aí eu tiro de letra''...O resultado é que, de bocado em bocado, mal consegui terminar o prato...A pimenta era- conforme o aviso do atendente do restaurante- fortíssima: meu nariz ameaçava escorrer, enquanto ia pegando minúsculas porções de comida...Pedi mais uma água, para tentar aplacar o mal-estar. Os efeitos, fortes, só passaram após pedir um chá, encerrada a abreviada refeição. Nada que impeça um futuro, e próximo, retorno ao Thai Gardens. Mas sem pimenta, por favor...Fotos do ambiente do Thai...

Passeio na Avenida 9 de Julho em uma manhã chuvosa de sábado( continuação)...

Atravessando a Avenida, constatamos que ''do outro lado'' também há uma Rua Emanuel Kant- com restaurante inclusive...O pequeno prédio instalado na esquina mostra uma outra face do imponente bairro do Itaim Bibi- retrato de outros tempos...

O Brasil tem jeito: pequenas iniciativas ecológicas que estão mudando a cara de nosso país...

O programa ''Cidades e Soluções'' ,do canal Globonews, mostrou ontem alguns exemplos de como a Tributação pode ser utilizada para melhorar a vida dos habitantes de uma comunidade. Graças ao ICMS/Ecológico, os municípios que mais fizerem pelo Meio Ambiente receberão proporcionalmente mais recursos deste principal Imposto Estadual. ''Cidades e Soluções'' mostrou o resultado deste programa em municípios como o de São Jorge do Patrocínio( PR, na divisa com o Estado de Mato Grosso do Sul)e Santa Fé do Sul( primeiro colocado no ranking do Estado de São Paulo). Santa Fé do Sul criou os ''Ecopontos''- pontos de recolhimento de pilhas, baterias e lâmpadas descartáveis. Este município ainda foi além, criando também o ''IPTU Ecológico''- moradores que, comprovadamente, mais preservarem o Meio Ambiente( exemplos: uso de aquecedor solar, reaproveitamento da água da chuva, plantação de árvores no quintal de casa)farão jus a descontos no pagamento do IPTU. Além disto, Santa Fé do Sul foi o primeiro município do Estado de São Paulo a implantar um Plano Diretor Ambiental- estabelecendo áreas na cidade onde é prioritário plantar mais árvores, entre outras iniciativas. O Imposto, quem diria, pode ter um papel extremamente importante para melhorar a vida de comunidades inteiras, estabelecendo uma competição saudável entre as Prefeituras: quem mais fizer pela natureza, receberá mais recursos dos impostos arrecadados pelo Estado. Quem disse que ''o Brasil não tem jeito''? Alcnol.