quarta-feira, 18 de julho de 2012

Praça Tiradentes, no dia mais gelado do ano em Curitiba. ''Cadê todo mundo?''

Normalmente, a Praça Tiradentes- centro de Curitiba- possui uma das maiores aglomerações humanas de toda a cidade.
Neste dia ''gelado''- o mais frio de todo o ano( 9,8 graus de máxima)- pouca gente quer ficar por ali, especialmente sentar nos bancos da praça.
Os que se ''arriscam'' parecem bastante incomodados, enquanto os poucos passantes circulam a ''toda velocidade''...

Moradores de rua de São Paulo devolvem 20 mil reais encontrados: o significado disto...

Desde que li esta notícia, não parei de pensar no assunto.
Especialmente pela justificativa de um deles: ''fiz isto porque minha mãe me educou a não ficar com aquilo que não me pertence''.
As reações a este fato que não ocorreu pela primeira vez- e que chama muito mais a atenção pela origem social de quem o protagonizou do que por outra coisa- variam do espanto( ''como é que eles não aproveitaram esta grana para melhorar de vida?'')à fácil comparação com o elevado padrão de outros brasileiros( políticos, em especial).
A incredulidade generalizada mostra o quanto estamos distantes do que seria correto. Ou, nas palavras da música ''Sampa'', de Caetano Veloso, como vivemos ''no avesso, do avesso, do avesso''.
O bem virou motivo de espanto, enquanto o mal predomina e não causa sequer mais indignação...
Mas o fato, em si, vai muito além destas considerações de cunho ''material''.
Lembro das estórias contadas em livros que seguem uma linha espiritual oriental( budistas, hinduístas, etc.). Elas relatam eventos em que um mestre espiritual dos mais importantes decide vir á Terra ''disfarçado'' como um mendigo. Para ver como seus adeptos o tratariam se não soubessem quem ele era...
Pais de gerações mais antigas costumavam alertar seus filhos para ''não julgar os outros pela aparência''. Isto, embora seja senso comum, é muito mais inteligente do que possa parecer.
Em uma era dominada pela aparência, pelo visual- que é o que há de mais ''rasteiro'' em um ser humano- nos acostumamos a avaliar os outros por critérios mais mundanos: ''é bonito/a, feio/a'', ''ganha tanto'', ''é da família x'', ''pertence à classe A, B, ou C''.
A estética em detrimento do conteúdo.
Por isto, muitas pessoas que não primam exatamente pela ética buscam disfarçar-se com operações plásticas, botox. Claro que há políticos que são perversos, e suas feições refletem exatamente isto. E outros que se disfarçam pela aparência ''bela'' ou ''jovem''.
Nos apegamos, sobretudo, a bens e situações que são transitórias.
A coisas, objetos que não poderemos levar para o ''misterioso além-túmulo''- a parte mais importante de nossas existências, o Mundo Espiritual.
Não podemos quantificar, ''vender'' aquilo que somos- o acúmulo de nossas experiências. Não podemos exprimir em números a bondade de uma pessoa. Seu sorriso, sua gentileza. Mas até mesmo a mais simples das criaturas deste mundo é capaz de distinguir entre o que é certo e o que é errado.
Nossos Mestres verdadeiros, aqueles de quem colhemos as maiores lições, podem vestir roupas esfarrapadas. Podem andar a esmo pelas ruas. Podem muitas vezes não ter o que comer, sobretudo se seguirem um ''manual de instruções para a vida'' como o exposto nas palavras deste ''mendigo'' que devolveu R$ 20.000,00.
''Não posso ficar com o que não é meu'', ele disse- e nós aprendemos com ele.
Intimamente, ele intuiu que neste Universo não se pode ''tirar'' nada dos outros. 
''Colhemos aquilo que plantamos'', eis uma das maiores lições espirituais.
Ou, nas sábias palavras da ''Regra de Ouro'' da Bíblia, ''devemos tratar os outros como queremos ser tratados''.
Até mesmo o Senso Comum diz que ''os apressados comem crú''.
Na ânsia de ficar ''com aquilo que não lhes pertence'', acabam abrindo mão do que há de mais especial e imensurável em um ser humano: seu caráter, sua consciência.
Eis a única coisa que nos ''pertence'' de fato, e que nos acompanhará onde quer que estejamos. Seja em que plano for.
Mas o Criador- aquele que tudo vê, e está em todas as coisas e todos os lugares- é sábio. Dá a cada um exatamente o que merece, na hora certa...
E ''planta'' de vez em quando, neste mundo tão insignificante, alguns ''mestres espirituais'' disfarçados de ''moradores de rua''- para nos lembrar a todos qual o caminho mais correto...
Alcnol.

8 graus de temperatura no dia mais gelado do ano em Curitiba. Eu gosto. E vocês ?

Parece engano. Mas não é.
Ao meio-dia e alguma coisa este relógio de rua instalado nas proximidades da Praça Tiradentes- centro de Curitiba- marcava 8 graus Celsius de temperatura.
No início deste blog, escrevi um apaixonado texto enaltecendo a beleza e as virtudes do frio.
E não me arrependo...
Para quem aprecia as baixas temperaturas, a capital paranaense é uma espécie de ''Disneylândia do Frio''...
Neste Inverno, por exemplo, que é o primeiro que passo como morador de Curitiba, não preciso me deslocar a nenhum outro país para deparar com cenas de frio ''de verdade''...
Não por acaso a capital paranaense foi apontada como a ''mais fria das capitais brasileiras''...
Se isto se aplica ou não à personalidade de seus moradores, crítica feita por alguns visitantes, é algo que nós discutiremos em outro post...
Por enquanto, nos contentemos com mais esta imagem típica de Inverno. 
E longe de mim pensar em estar em algum outro lugar nesta época.
Miami? Nem que me paguem...!
Os 40 graus que estão fazendo em Washington ou Chicago também atuam como REPELENTES para a minha pessoa...
Alcnol.
PS: Quanto a viagens, este meu outro ''vício'', para outros lugares frios- especialmente na América Latina- direi como Caetano Veloso:
- ''Não penso em viajar agora. Ou não?''( reparem como a dupla negação age como uma afirmação positiva...).
PS2: Agora não lembro mais se Caetano costuma dizer ''ou sim'' após uma negação, ou se esta foi mais uma gozação de algum humorista...
 

Campanha eleitoral demora a ''esquentar'' em Curitiba neste Inverno...

Com 8 graus de temperatura, no dia mais gelado do ano em Curitiba- verificado ainda esta semana- o cabo eleitoral parece estar ali ''na marra''...
''A necessidade faz o homem''...
Seu desânimo demonstra que, ao menos aqui em Curitiba, a campanha eleitoral vai demorar um pouquinho para ''esquentar'' este ano...
Literalmente...
Alcnol.

No dia mais gelado do ano, em Curitiba, ninguém quis sentar do lado de fora do concorrido café do centro da cidade...

Parecia até uma cena de final de semana.
No concorrido café, no centro de Curitiba, ninguém se atreveu a sentar do lado de fora...
Um pouco mais à frente, nós veremos o porquê...
Alcnol.

Árvore florida no Xaxim, na ''canaleta'' da Avenida Marechal Floriano...


Flores no terreno da Igreja do Redentor, no bairro de São Francisco( Curitiba)...


Entrando em outro bairro: Cristo Rei...

O passeio que começou ''lá atrás'', com o nome de ''Juvevê, Alto da Glória e Alto da XV'' continua. Só que agora, nos preparamos para cruzar mais uma ( sutil) ''fronteira'' entre estes bairros curitibanos: nos aproximamos do ''Cristo Rei''...
Uma referência concreta é a ''Rua do Herval'', que cruzaríamos logo à frente- passada uma pracinha...
Só para me ''contradizer'', a placa de rua indica ainda ''Alto da Rua XV''...
Mas preparem-se: a mudança é súbita/repentina...
E, ao menos desta vez, sem direito a voltar atrás...
Quando passarmos futuramente por ali, não exatamente no mesmo lugar, teremos enfim uma sensação de ''click'': ''já conheço esta região''...
O ''quebra-cabeças'' vai sendo montado, aos poucos...
Alcnol.
PS: Se a praça não for a esperada ''fronteira'' do bairro Cristo Rei, a rua que se segue certamente será...
E as casinhas com os elevados edifícios ao fundo comprovam que a ''meta'' foi obtida: chegamos, enfim, ao bairro Cristo Rei( em Curitiba)...
Na canaleta da Avenida Affonso Camargo, proximidades da Rodoferroviária, o final deste longo passeio...
A seguir tem mais...

Depois da Avenida, uma praça. Ou melhor, ''jardinete''...