sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A ''capa dupla'' do jornal Extra( RJ )...


Jornalismo é isto: umas poucas letrinhas, arrumadas de um modo ou de outro, podem ter este ou aquele  significado.
O ''Extra''( RJ)saiu hoje com ''capa dupla'': na mesma primeira página temos duas versões para a conduta do Presidente da República- que deveria ser o ''Magistrado Maior'', o ''Poder Moderador'', e não um reles ''cabo eleitoral'' de seu partido- diante dos recentes escândalos envolvendo auxiliares de seu Governo.
Na primeira versão, irônica, da parte de baixo temos ''Lula é bonito''.Ao melhor estilo dos ''blogueiros oficiais'' pagos a peso de ouro com recursos públicos e do jornalismo ''capa branca'' da TV estatal...
Na parte de cima a reação indignada de vários setores da Sociedade Civil( Juristas, Artistas, Jornalistas, etc.)se reflete no tom da manchete: ''Bonito, hein, Lula...''.
Pena que nós não tenhamos ainda uma população letrada e crítica suficientemente para entender o tom irônico da primeira mensagem... 
Alcnol.
PS: O jornal ''Extra'' está de parabéns por esta iniciativa que merecerá destaque nos livros de História do futuro- desde que estes não sejam escritos por partidários de algum regime totalitário( de direita ou de esquerda), daqueles que apreciam ''apagar'' dos livros as menções a seus adversários...Bate na madeira 3 vezes...

As eleições e o retorno do ''novo''...

Impossível não retornar a 1989, a primeira Eleição Presidencial após o fim da Ditadura Militar. 
De um lado o ''novo'', representado pelo até então semi-desconhecido Governador de Alagoas Fernando Collor- conhecido como o ''Caçador de Marajás''. De outro, como não voltaríamos a presenciar nas eleições futuras, inúmeras  candidaturas caracterizavam o chamado campo ''progressista'': Roberto Freire( PCB), Leonel Brizola( PDT), Lula( PT), Mário Covas( PSDB), Ulisses Guimarães( PMDB).
Por pouquíssimos votos de diferença sobre Leonel Brizola, Lula foi o escolhido para enfrentar o ''novo''. E perdeu a primeira de suas várias eleições presidenciais disputadas...
De lá para cá, graças ao fiasco de Collor na Presidência da República, ficamos com trauma da palavra ''novo'', da ''renovação''.
Com o advento do Plano Real em 1994, duramente combatido por Lula e pelos petistas, todas as Eleições Presidenciais passaram a ser travadas sob a marca do ''medo''. Primeiro, ''medo de perder o Plano Real''- que, pela primeira vez em vários anos, havia devolvido aos brasileiros o ''gostinho'' da estabilidade econômica. Depois, com o desgaste do modelo tucano- que durou duas eleições- e a ascensão dos petistas à Presidência da República, ''medo de perder a estabilidade econômica e, principalmente, as conquistas sociais( entre elas o Bolsa Família)''.
Não é difícil ser Governo no Brasil. Muito pelo contrário. Historicamente as ''massas'' ficaram distantes das grandes transformações. Desde a Proclamação da República que, segundo alguns historiadores, foi apenas ''assistida'' pelo povo indiferente, até as campanhas pelas Diretas e pelo ''Impeachment'' de Collor- protagonizadas pela classe média e, neste segundo caso, pelos estudantes ''caras-pintadas''...
A única diferença está em quem ''manobra'' esta imensa massa de ''indiferentes''. Antes os tucanos, nos primórdios do Plano Real. Hoje o PT, em um perigoso rumo de colisão com a mídia e com os setores ''conscientizados'' das camadas médias que ele dizia representar...
No quadro atual, há que se recolocar a questão do ''novo''- e com urgência...
Não podemos passar mais 12 anos( é o que se prevê caso Dilma seja eleita, passando o ''bastão'' posteriormente para o seu ''criador'', o Presidente Lula)discutindo se o melhor para o País seria ficarmos nas mãos do PSDB- que já passou pelo Governo- ou do PT.
Felizmente, ao contrário de 2006, há uma alternativa para aqueles que, como eu, não querem ''jogar para o alto'' todas as conquistas destes últimos 16 anos de Plano Real. Por sua  trajetória de vida, Marina Silva encarna com precisão a ética- abandonada pelos partidos que estão em primeiro lugar nas pesquisas durante seus mandatos no Poder- e as transformações pelas quais teremos de passar nos próximos anos de duras mudanças climáticas que ameaçam a sobrevivência do nosso planeta.
Ao contrário do que usualmente se pensa, o ''novo'' não é sinônimo de ''jovem''. A Senadora Marina não surgiu ontem. ''Novo'' está ligado às transformações de que este país tanto precisa. ''Renovar'' significa, hoje mais do que nunca, passarmos do ''desenvolvimentismo desenfreado'' de tucanos e petistas, somando-se à prática destes um assistencialismo de ''século passado'' que estes tantos condenavam quando estavam na oposição, para uma economia ''verde'', renovável, com a manutenção da estabilidade econômica e das conquistas sociais dos últimos anos.
O ''novo'' está de volta na esperança daqueles que apostam em uma transformação responsável. Como tantos outros brasileiros e brasileiras, dou meu ''voto de protesto'' para o PV de Marina Silva. Vamos sair do ''cabresto'' da falsa polarização em que nos envolveram estes anos todos?
Alcnol. 

Arredores do ''Le Manjue Bistrô'', na Vila Nova Conceição...

De comum a Vila Madalena- onde antigamente se localizava o restaurante ''Le Manjue Bistrô''- e a Vila Nova Conceição, onde ele recentemente se instalou, só tem o nome ''Vila''...
Isto porque a Vila Nova Conceição, arredores do ''Le Manjue'', é o bairro ''novo rico'' clássico- repleto de imóveis de altíssimo padrão.
Mas não se diga que estes bairros ''emergentes'' não possuem vida própria. A poucos passos do ''Manjue'', na vizinha rua Jacques Félix, situam-se vários restaurantes famosos: o ''Kinoshita'', eleito por várias publicações como o ''Melhor Japonês de São Paulo'', e o bistrô ''Josephine'' são alguns deles...
Começamos o nosso passeio na Domingos Fernandes, rua do ''Le Manjue''( foto de cima). Quase que ao lado do restaurante está localizada esta simpática Igrejinha da foto de baixo( Igreja São Dimas). 
Não se diga, porém, que estes bairros ''chiques'', repletos de imóveis de alto padrão e inúmeros seguranças, não possuem vida social: mais alguns passos acima, pela Rua Domingos Fernandes, chegaríamos à Praça Pereira Coutinho( já mostrada neste blog, possui até cafeterias famosas no seu entorno...).


Nas fotos 3, 4 e 5, a vizinha  Rua Domingos Leme. Como é arborizada esta região da Vila Nova Conceição, não? O que só aumenta a nossa simpatia por este bairro onde havíamos acabado de almoçar...
Nas fotos 6 e 7 a Rua Jaques Félix, famosa por alguns de seus restaurantes que citamos mais acima. 
Seguida pela vizinha rua de que não nos recordamos o nome, preocupados que estávamos em registrar a sua marcante arborização...
Detalhes: alguns pontos de destaque ligados a esta região são a Avenida República do Líbano, vizinha ao Parque do Ibirapuera- pela qual passamos, de táxi, com destino ao ''Le Manjue Bistrô''- da qual já mostramos aqui a abandonada Praça Cidade de Milão. A Praça Pereira Coutinho, ponto central do bairro- com uma agitada vida social e vários cafés ao redor. E a Avenida Santo Amaro, poucos passos adiante, para a qual nos dirigiríamos naquele momento com o intuito de voltar para a Paulista...
Quem vê estas fotos acima não imagina que estávamos a poucos passos da ''feia'' e ''árida'' Avenida Santo Amaro e seu Corredor de Ônibus...
Alcnol.