segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Livraria em Montevidéu. E que livraria...

Bastou entrarmos nesta livraria ''Pablo Fernando'', no centro de Montevidéu, para constatarmos que estávamos em um lugar especial. Muito especial.
Os amantes dos livros sabem que o lugar destinado a eles- sejam Bibliotecas, sejam livrarias- deve ser apropriado ao simbolismo ''sagrado''- e, esperamos, eterno- dos mesmos.
Do mesmo modo que não se reza em qualquer lugar, embora seja perfeitamente possível fazê-lo, um restaurante- ao menos os melhores- não se restringe a ser um mero vendedor de comida para ''encher a pança''. Na frase de uma conhecida: ''o ambiente- uma bela vista- representa ao menos 50% de uma refeição''. Com o tempo, passei a apreciar a sabedoria destas palavras...
Do mesmo modo, não se entra em uma livraria- ao menos não nas melhores- para comprar qualquer coisa e sair correndo. Livrarias não são papelarias...
E o ambiente desta livraria uruguaia ''Pablo Fernando'' representa um convite ao silêncio, à reflexão, ao prazer da leitura.
Um inesquecível lugar, atemporal, a que somos irresistivelmente ''presos'' quanto mais olhamos...
Além de tudo, ainda conta com um charmoso café no mezanino, de onde podemos contemplar as ruas vizinhas- próximas ao Teatro Sólis( onde iríamos almoçar, uma vez mais, no dia seguinte: no restaurante ''Rara Avis''...).
Guardadas as devidas proporções, esta livraria uruguaia é quase uma versão em miniatura da belíssima livraria argentina ''El Ateneo'', instalada em um antigo teatro no centro de Buenos Aires...
Minha maior tristeza, caso tivesse perdido definitivamente estas fotos de Montevidéu, seria justamente por não poder mostrá-la( e recomendá-la efusivamente)aos leitores deste blog...
Alcnol.

Pausa para uma tortinha na cafeteria/restaurante ''El Copacabana''( Ciudad Vieja- Montevidéu)

Este lugar poderia fazer parte da série que fizemos anteriormente neste blog: ''nomes que lembram o Rio de Janeiro''...
''El Copacabana'', cafeteria em Montevidéu( Ciudad Vieja, não muito longe do Mercado del Puerto)...

Mercado del Puerto: a melhor carne que comi em Montevidéu...

Na outra vez em que fui a Montevidéu- agosto/2010- o Mercado del Puerto estava totalmente lotado em uma manhã de sábado. O que me deixou um certo gosto de frustração.
Desta vez, optamos por chegar cedo- ainda antes do meio-dia.
O cenário era exatamente o oposto: corredores vazios, e meses dos restaurantes idem...
Teria o famoso Mercado del Puerto entrado em ''decadência''?, pensamos.
Mesmo assim, decidimos sentar em uma das mesas de um restaurante vazio( com uma deslumbrante estrutura de dois andares, graças a uma varanda).
E pedimos uma ''picanha de cordeiro''.
Exatamente quando esta chegava á nossa mesa, as mesas vizinhas começavam a ser ocupadas rapidamente por outros comensais. Meio-dia e meia já estava quase tudo cheio. De folga em outras cidades, por vezes ''esquecemos'' que os locais tem de deslocar-se de seus locais de trabalho até ali...
A carne, preparada com um ''know-how'' mais do que centenário, estava na medida: tostadinha nas extremidades, e com um sabor incomparável...
Se eu tivesse apenas 24 horas para passar na capital uruguaia, em qualquer outra oportunidade, certamente iria almoçar ali de novo...Isto já valeria a viagem...
Ah, e o nome do restaurante é ''El Palenque''...
Alcnol.

O sinal fechado até dá a impressão de que ''congestionamentos'' são comuns na Avenida 18 de Julio( Montevidéu)...

Para um país de cerca de 3 milhões de habitantes( metade da população concentrada na capital), o Uruguai até que tem muitos jornais( veja imagem de um quiosque na Avenida 18 de Julio...).
Sinal de que tem uma população educada, com hábito de leitura( que, convenhamos, não faz mal a povo algum...).
Alcnol.

Praça no centro de Montevidéu...

Aparentemente um dia ''típico de verão''.
Montevidéu, porém, não tem um clima ''previsível''...
Naquela mesma manhã, acabáramos de comprar um guarda-chuva- diante das imagens de um céu fechado.
E não deu outra: choveu várias vezes naquele dia e naquela manhã...O que não impediu-nos de, nos intervalos entre as precipitações, tirar algumas fotos do centro da capital uruguaia( é verdade que bem menos do que em nossa primeira visita àquela cidade, o que é até natural: em um retorno, concentramo-nos nas ''novidades'' ainda não vistas...).
Alcnol.

Enfim, as fotos não publicads de Montevidéu...

Imagens do centro da capital uruguaia, região da Avenida 18 de Julio- sua principal via...

Uma ótima notícia: recuperei as fotos ''sumidas'' de Montevidéu...

A máquina ''comeu'' várias de minhas fotos tiradas em Montevidéu( Uruguai)no último mês de dezembro, fato este que- além de frustrante- me deixou com uma sensação de ''burrice''.
Infelizmente, isto é bastante comum entre pessoas que lidam com computadores, tablets, celulares, máquinas fotográficas ou qualquer espécie de equipamento eletrônico...
Um probleminha qualquer, e já surge aquele ''especialista'' com o diagnóstico terrível: é preciso ''formatar'' tudo. ''Mas você fez back up, não é mesmo?''.
O incrível é que, de dezembro para cá, eu baixei inúmeras outras fotos para o computador. Sempre lembrando de apagá-las da memória da máquina fotográfica. E eis que, em pleno mês de fevereiro do ano seguinte, ao examinar as fotos que tirei na última Festa da Uva em Santa Felicidade, as fotos de Montevidéu surgem belas e impávidas...Inteiras, todas elas lá...
Interrompemos, uma vez mais, a programação ''normal'' deste blog para publicá-las, enfim, em ''primeira mão''. 
Destaque para a imponente livraria no centro de Montevidéu, com dois andares...
Ilustrando este post, a imagem de uma galeria no centro da capital uruguaia- região da Avenida 18 de Julio...
Alcnol.

O Brasil que se ''deslumbra'' lá fora...

Atire a primeira pedra quem nunca fez compras de impulso em um dos diversos ''free-shops'' espalhados mundo afora...
Mas a notícia- publicada no jornal ''O Globo'' de ontem, 05/2- de que uma professora paulistana encheu seis malas com produtos como sabão em pó( ''tudo lá fora é lindo e barato'', foi a justificativa dela) é surpreendente e reveladora.
A classe média que emerge é carente de boas mercadorias a preços módicos( ou seja, sem tantos impostos inclusos...).
No ''deslumbramento'' de pessoas como estas mostradas na reportagem, vislumbra-se indiretamente algumas ''carências'' e uma crítica tênue ao nosso atual ''status quo''( ''crítica'' esta ainda não manifestada em qualquer espécie de ação político-eleitoral, ressalve-se): somos todos, ou melhor, quase todos, ''carentes'' de bons serviços públicos- materializados nas boas estradas e Aeroportos que se vê lá fora- e de uma menor carga de impostos.
Exatamente o contrário do que se vê aqui neste momento...
A perspectiva é que, com o aumento das viagens de compatriotas ao exterior, este contraste entre ''mundos diversos'' se torne ainda maior. O que pode resultar em frustração, e em crescentes cobranças...
Alcnol.