sábado, 30 de maio de 2009

''Tesouros de São Paulo'': Rua Mourato Coelho e arredores...

Outro dia, após almoçar mais uma vez na Rua Joaquim Antunes- Jardim Paulistano- enveredei pelo bairro de Pinheiros, descendo a Rua Artur Azevedo. E qual não foi a minha surpresa ao deparar, na esquina com a Rua Mourato Coelho, com estes incríveis edifícios antigos- todos naquele padrão que costumo mostrar aqui no blog( 2 a 3 andares), mas com um diferencial: belíssimas sacadas que dão para a rua...Quem disse que ''antigo'' não combina com qualidade e beleza??? Esta foi uma bela lição para mim: por mais que pensemos ''conhecer'' a cidade, esta sempre nos proporciona novas surpresas- nos momentos e lugares mais inesperados...E melhor: como fui constatando, aqueles ''poucos'' predinhos não eram tão ''poucos'' assim. Á medida em que ia registrando-os, na Mourato Coelho e nas ruas vizinhas, reparei que eles se estendiam por, ao menos, uns dois ou três quarteirões...Como dizia aquele comercial de automóvel: ''é preciso rever nossos conceitos''. Pinheiros abriga, agora, além de casas e altos edifícios, charmosos prédios de 3 andares, resquícios de uma gostosa época da cidade de São Paulo...Alcnol.

Viagem a Santos- V

Continuamos na Rua XV de Novembro, mostrando agora a ''Bolsa do Café''- centro tradicional de comercialização deste que é um dos principais produtos do nosso país. A região abriga vários cafés e restaurantes, entre os quais este ''Café Retrô'' da foto 3. Um nome bem apropriado, aliás...Na foto 1 o chão de pedra- como nas cidades do interior- e o trilho do bonde, que passa por aquela área. Na foto de número 9 um prédio de chamativa fachada amarela destoa um pouco do padrão clássico da Rua XV...Nas fotos 7 e 8 toda a beleza do edifício da ''Bolsa do Café''- ponto imperdível da cidade de Santos...Alcnol.

Viagem a Santos- IV

Vamos entrar agora em um dos trechos mais interessantes de nosso passeio em Santos. De fato, não dá para dizer que ''visitamos'' a cidade sem passar por este charmoso trecho da Rua XV de Novembro- região da ''Bolsa do Café''. É esta área que mostraremos melhor a partir deste post...Para a nossa alegria, a Rua XV foi mantida tal como originalmente, sem reformas que a descaracterizassem- algo comum em um país sem memória...O piso é de pedra, e o cartaz da última foto informa que o bondinho elétrico de Santos- que percorre toda esta região do centro da cidade- está completando 100 anos. Infelizmente, desta vez, temporariamente desativado para a implementação de pequenas reformas na área. Mas não se preocupe que, em breve, mostraremos o bondinho em toda a sua extensão- assim que estiver de novo na ativa...Isto é até um bom motivo para um retorno a Santos...Alcnol. PS: Destaque também para as luminárias antigas...

Viagem a Santos- III e continuação da série ''lugares que remetem ao Rio de Janeiro''...

Praça Mauá, Santos. Do outro lado da rua, um café de proporções significativas e nome sugestivo: ''Café Carioca''. Mais tarde, no decorrer do nosso passeio- na região de um canal- uma outra referência à ''Cidade Maravilhosa'': Drogaria ''Ipanema''. De comum as duas cidades tem pelo menos uma coisa: ambas são costeiras, situadas em frente ao Oceano Atlântico...

Restaurante natural no Paraíso- ''Prema''

Outro dia conheci um pequeno restaurante natural situado na Rua Maria Figueiredo, 189- Paraíso. Fica próximo à Estação Brigadeiro do metrô. Trata-se do ''Prema'', que também é entreposto de produtos naturais e abriga um estúdio de Yoga. Possui dois andares, com um agradável espaço com mesinhas na calçada. Todos os dias há novidades, e os preços são bastante acessíveis. No dia em que visitei a casa o carro chefe era uma torta de alho poró, acompanhada de risoto, salada e sopa de entrada...Alcnol.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Viagem a Santos- II

Conforme mostrado no último post, estamos em Santos. Na parte histórica da cidade, nas imediações do Porto de Santos. Aliás, o que não é histórico em Santos? Talvez apenas uns poucos prédios recém-construídos na orla da cidade...Infelizmente o centenário bondinho não está funcionando, em função das várias reformas naquela região do centro. Mas como não se encantar com uma cidade onde encontramos todas as fontes em perfeito funcionamento? E onde, como nesta agradável Praça Mauá, em frente à Prefeitura, existem até banheiros públicos? No quesito conservação do patrimônio público Santos parece estar bem à frente de São Paulo...E é nos detalhes que se pode apreender bem qualquer fenômeno, inclusive uma cidade...Alcnol. PS: Fotos 1 e 2- ponto de partida do bondinho, na Praça Mauá, e cartaz explicando a desativação temporária do serviço. Foto 3: trecho exclusivo para pedestres na Rua Riachuelo, com a montanha ao fundo, outro diferencial da cidade de Santos...Fotos 4 e 5: fontes funcionando na Praça Mauá, e o banheiro público( coisa raríssima na capital paulista...). Foto 6: as fontes vistas por outro ângulo. Foto 7: a Prefeitura de Santos. Foto 8: visão panorâmica da Praça Mauá. Foto 9: parada de ônibus no centro da cidade.

Budapeste- I...

O filme ''Budapeste'', recém-lançado, para a minha alegria é um filme de contrastes, de múltiplas nuances. A estória começa no Rio de Janeiro. Mas, ao contrário de todas aquelas narrativas cariocas- cheias de leveza, humor, estórias amorosas, etc.- ''Budapeste'' soa estranho, sombrio, reflexivo, meio ''Paulista''- para sintetizar. E devemos tudo isto ao ator principal escolhido- Leonardo Medeiros- que literalmente ''carrega o filme nas costas''...É graças a ele que podemos assistir uma incrível cena de alguém fazendo amor com Giovanna Antonelli e, ao mesmo tempo, mantendo a sua ''fleuma'' e o ar distante...Poucos indivíduos conseguiriam fazer isto( eu, confesso, acho que não conseguiria...), mas Leonardo Medeiros- o homem que conseguiu fazer uma pouco provável fusão entre brilhantes filmes nacionais e novelas de TV, sempre com a mesma competência- conseguiu. ''Budapeste'', para o meu gosto, é um filme de estranhezas, um filme sobre a sensação de ser estrangeiro não por estarmos em no exterior, em outro país, mas sobre ser ''estrangeiro'' na vida...Para isto, nada melhor do que um ''ghost writer''( um escritor mercenário, um escritor que é pago para criar textos e livros que receberão o nome de outras pessoas- que levarão todas as honras), o ''homem das sombras''. Genial, brilhante, mas incapaz de assumir a autoria do que faz- a ele é reservado o incômodo papel de assistir as vitórias dos outros, com base naquilo que ele criou. É assim que o personagem é tomado de ciúmes de sua bela mulher ''Vanda''( apresentadora de telejornais, com um gosto acentuado pelos ambientes da chamada ''Alta Sociedade''). Como o filme é repleto de ''flashbacks'', sabemos que ele já está em Budapeste- lembrando-se de seu fracassado casamento no Rio de Janeiro. ''Budapeste''- incrivelmente definida por um de seus habitantes como uma espécie de ''Rio de Janeiro'' europeu( ''nós somos os cariocas do Leste Europeu'')- encaixa-se à perfeição ao estilo sombrio do personagem: lá ele conhece outra mulher, e aprende tão bem o húngaro que passa a acreditar poder escrever melhor naquela língua do que em português...Claro que os naturais daquele país percebem melhor toda esta ''farsa'' de alguém que se torna, também em ''Budapeste'', uma vez mais a voz dos outros. Novamente um ''escritor de aluguel''...As imagens de Budapeste são sensacionais e, por si só, valeriam uma pequena espiadinha no competente filme: a ponte que liga as regiões de ''Buda'' e ''Peste'' da cidade( parecida com a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis...), os bondes dourados circulando pelas ruas( infelizmente as principais capitais brasileiras desativaram os seus serviços de bondes, que teriam grande potencial turístico), as construções antigas, etc. A cena do personagem retornando forçado ao Rio, onde escuta- em pleno Leblon- sambas( inevitáveis em filmes passados na capital fluminense...)cantados em húngaro também é genial. Por tudo isto, até esquecemos que o final deixa um pouco a desejar, sendo, digamos assim, ''literário demais''- meio forçado, para sintetizar...Quem não gosta dos chavões tradicionais dos filmes brasileiros- ora apelam para o sexo quase explícito, ora para a violência demasiada- há de contentar-se com este ''Budapeste'' que, de tão diferente, de tão sutil, de tão psicológico, ''nem parece filme nacional''...Quem diria que faríamos um elogio desta espécie algum dia, mas a intenção é mostrar que, realmente, este é um filme diferente, brilhante, original, fora da média...Alcnol. PS: De brinde a participação especial do autor da obra ''Budapeste''- o cantor e escritor Chico Buarque- falando húngaro...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

''Mercearia do Conde''- restaurante...

A rua- Joaquim Antunes, Jardim Paulistano- se torna cada vez mais familiar. Já mostramos aqui o Fillipa, o Ravióli, o Braverie, faltando, para completar o circuito gastronômico do pequeno trecho entre a Avenida Rebouças e a Rua Gabriel Monteiro, apenas passar por dois estabelecimentos: o Mani, onde já estive sem o celular, e este intrigante ''Mercearia do Conde''. Hoje não foi, aliás, a primeira visita a este último restaurante. Segunda-feira eu me dirigi ao Braverie, que está em reforma. Como segunda opção, decidi finalmente descobrir o que está por trás de uma casa com o nome de ''mercearia''. Para começar, pedi o prato executivo. Muito bom. Alho poró, com uma torta feita de siri. Uma vez que não sou muito fã dos pratos executivos, e este satisfez plenamente o meu paladar, decidi retornar ao simpático local para conhecer um pouco mais do cardápio. Hoje fiquei com um filé-mignon preparado à moda tailandesa, com arroz de jasmim e molho picante. Excelente. De quebra ainda tirei várias fotografias de um local descontraído e autêntico, que é bastante frequentado por executivos( hoje, por volta de uma e trinta da tarde, estava lotado...). Por que, então, o nome ''Mercearia do Conde''? Sabem aquela lojinha que mostrei na última passagem pela Rua Joaquim Antunes, saindo do Fillipa? A loja e o restaurante pertencem à mesma pessoa...O resultado é este: com uma decoração super-interessante, tal como aquela que usualmente encontramos em pequenas cidades do interior, o ''Mercearia do Conde''( aberto desde 1991, ou seja, há 18 anos...)alia a boa culinária à descontração e á beleza. O ''Conde'' não está ali, na pequena rua, como complemento, e sim como atração principal, com direito a aplausos e louvor...Encerro minhas entusiásticas palavras por aqui, convidando-os a observar com atenção um pouco mais deste surpreendente local, nas fotos que registramos do restaurante ''Mercearia do Conde''. Próxima parada: Pinheiros, rua Mourato Coelho. Garanto que também tive outra bela surpresa por lá...Alcnol.