segunda-feira, 27 de abril de 2009

Fim do passeio pelas Laranjeiras...

O Fluminense- esta bela extensão do tricolor que é o bairro de Laranjeiras e a Rua Paissandu- termina, para nossa surpresa, em um boteco chamado ''Garota do Flamengo''. Antes que alguém diga ''Quanto mal gosto!'' é preciso esclarecer: chegamos ao final da bela Rua Paissandu, e estamos agora no bairro vizinho do ''Flamengo''. Um eterno Fla-Flu, uma rivalidade que persiste até mesmo nas imaginárias fronteiras bairrísticas da cidade do Rio de Janeiro...Mas que fique bem claro para os que não conhecem o Rio: o Clube de Regatas do Flamengo está situado no bairro do Leblon, vizinho à Lagoa Rodrigo de Freitas(a vários quilômetros de distância do bairro do ''Flamengo''...)

Continuando o passeio por Laranjeiras, nos arredores da sede do Fluminense...

Nada de tiroteios, ''arrastões'', balas perdidas e outras mazelas que assolam a bela cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Estamos na Rua Paissandu, arredores da Sede do Fluminense. Botamos nossa cartola( símbolo daquela tradicional equipe) na cabeça, calçamos nossas polainas, cachecol no pescoço e tudo( apesar do calor de quase 40 graus...), sem contar a bengalinha na mão para dar um pequeno apoio, e saímos com o intuito de fazer uma pequena viagem no tempo- até o início do século passado. Pois Laranjeiras remete a isto. Aos bons e velhos tempos ''áureos'' do Rio. Nada de camelôs pelas ruas e pivetes interessados nos nossos bolsos. Somente cidadãos bem vestidos podiam andar nos bondes ou frequentar as matinês nos cinemas. Estamos andando pela Rua Paissandu, em Laranjeiras, este pequeno refúgio em meio ao ''caos'' da atualidade. Uma âncora...Vejam só como os arredores do Fluminense Football Clube vestem as cores e remetem a esta época áurea que também marcou o surgimento desta equipe...Casarões antigos, prédios altos e baixos circundados por palmeiras imperiais, tranquilidade e silêncio. Dir-se-ia estarmos passando por ''outro'' Rio de Janeiro que não o dos noticiários dos jornais e das TV's. Que bom que este Rio tradicional ainda persiste, resiste em meio aos muros e conflitos sanguinolentos que marcam a realidade daquela bela cidade. E de dia até parece seguro, pelo menos nas imagens que registramos na última viagem que fizemos ao Rio...Alcnol.

Falando em futebol, passeio pelo bairro de Laranjeiras- no Rio de Janeiro...

Já mostramos aqui um pouco da parte interna do Fluminense. Um clube antigo( 1902), cuja sede social possui vários vitrais clássicos. Aliás, falando no Tricolor das Laranjeiras, tudo remete ao passado: a sede do clube mais parece um palácio( está localizado nas proximidades do Palácio Guanabara, aliás, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro...), e o estádio- para cerca de 8 mil assistentes- foi construído no início do século XX. Até aí nenhuma novidade. Interessante é descobrir que os arredores do clube, o bairro de Laranjeiras, também possuem esta ''cara vintage'' do Fluminense...Bairro e clube- além das inúmeras manifestações individuais pelo time, como bandeiras penduradas nas janelas- estão intrinsecamente ligados. Não dá para falar de um sem mostrar o outro. Fiquemos, então, com os arredores do Fluminense Football Clube- localizado na Rua Álvaro Chagas, Laranjeiras, Rio de Janeiro. Cruzando a rua, daremos um passeio pela Rua Paissandu- nos arredores. Começamos( de baixo para cima)com o Palácio Guanabara( sede do Governo do Estado). Do outro lado da Rua Pinheiro Machado, Laranjeiras, avistamos a Rua Paissandu( nosso destino, pelos próximos posts). Falando em Rua Paissandu, que palmeiras altas estas aí, heim? Chegam a emparelhar com a altura dos prédios que, por sinal, não são muito altos...No alto de um prédio, na janela, olha ela lá: a bandeira do Fluminense, claro...Ao passear por esta tranquila Rua Paissandu nos sentimos de volta aos tempos áureos da cidade do Rio de Janeiro. Bondes, homens e mulheres bem vestidos, polainas e chás às 5 da tarde. Para penetrar neste mundo imaculado, no mundo do Fluminense criado em 1902, atletas negros foram forçados a usar pó-de-arroz( hoje símbolo da torcida do clube) para disfarçar a cor da pele...Recurso, aliás, de pouca duração em uma cidade quente como o Rio de Janeiro, em que estamos transpirando o tempo todo...Mas, voltando ao passeio, só faltou uma charrete...O Fluminense e seus arredores no bairro de Laranjeiras, ao menos aparentemente, é uma ilha de civilidade em uma cidade na qual a Prefeitura é obrigada a criar um ''Choque de Ordem'' tal a quantidade gritante de ilegalidades praticadas no cotidiano- por pessoas de todas as classes...Simpatia pelo Flu? Quem é mais antigo irá se lembrar da ''máquina tricolor'' de 1975/76- com Rivelino, Gil e Paulo César Cajú- que encantou meio mundo...Hoje aquelas ''feras'' estão eternizadas inclusive no Museu do Futebol( Estádio do Pacaembu, cidade de São Paulo), descritas por outras ''feras'' do mundo cultural como o jornalista- e torcedor do Fluminense, claro- Nélson Motta...Mas voltemos aos arredores do Flu, no bairro de Laranjeiras. Aparentemente um ''oásis'' de tranquilidade- ao menos na hora em que passei por ali- na conturbada cidade do Rio de Janeiro...Alcnol.

Roteiro repetido em mais uma vitória do Corínthians e de Ronaldo...

Quem disse que ,em futebol, não vale repetir determinados esquemas à exaustão? Desde, óbvio, que eles funcionem...Este é o caso do time do Corínthians. Não dá para questionar o valor de uma equipe que, segundo dados revelados ontem pelo jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho( o ''PVC''), está invicta a cerca de 45 jogos( a única exceção a estes números seria uma derrota em um amistoso após o final da disputa da Série B do ano passado, quando a maior parte do time já havia entrado de férias...). Repetir esquemas em futebol tanto não é ''pecado'' que o São Paulo tri-campeão seguido do Brasileiro( Hexa no total)cansou de repetir o mesmo estilo de jogo, por exemplo, na conquista do título de 2007, sob o comando de Muricy Ramalho. Tanto o São Paulo daquela época quanto o Corínthians de hoje caracterizam-se pelo jogo retraído, esperando o adversário atacar. Cansei de ver o São Paulo de Muricy tomar um ''banho tático'', ser atacado o tempo todo pelos donos da casa, para dar um golpe mortal e, em questão de minutos, vencer a partida por 1 x 0, 2x0. O ''segredo'' deste estilo de jogo, ''coincidentemente'' aplicado com competência tanto por um treinador gaúcho quanto por outro muito bem sucedido no comando do Internacional de Porto Alegre, é a defesa sólida. O futebol, ao contrário de muitos outros esportes, não é decidido pelo mérito. Nem sempre o melhor ganha, e esta é a graça. Números expressivos de escanteios, bolas roubadas, chutes a gol não decidem os jogos. Vale uma simples máxima: decisiva é a bola na rede, dentro do gol...E o que assistimos ontem foi, mais uma vez, a expressão disto. De nada adianta à torcida são-paulina chorar o fato de que, na segunda partida das semifinais( disputada no Morumbi), o tricolor criou muito mais oportunidades de gol. Criou mas não fez. O Corínthians, em dois contra-ataques mortais, matou o jogo. Um deles em uma incrível arrancada do ''gordo'' Ronaldo. Ontem uma vez mais assistimos a repetição deste filme. Corínthians 2 X 0 logo de cara, e num dos gols o ''bico'' dado por Chicão caiu exatamente nos pés do Fenômeno- que finalizou sem dó do goleiro Fábio Costa. Jogo decidido? Longe disto. A partir daquele momento, o Santos criou uma quantidade incrível de chances de gol. Fez um, em uma falha do quase perfeito goleiro Felipe. E pressionou à exaustão, enquanto assistíamos a continuação da incrível ''saga'' de Kléber Pereira( o ''Rei dos gols perdidos''...). Quando tudo indicava que o gol de empate sairia inevitavelmente o ''gordo'' pegou outra bola na ''banheira'' e, mostrando toda a sua habilidade, encobriu o goleiro santista que estava quase que na linha da grande área. ''Fim do jogo'', e provavelmente da disputa pelo título. Vitória do ''melhor?''. Nem sempre. O fato é que precisamos reconhecer: este ''feijão com arroz'' praticado pelo Corínthians sob o comando de Mano Menezes tem se revelado até aqui quase imbatível. Além de virtual Campeão Paulista o alvi-negro parte para o Campeonato Brasileiro como um dos favoritos ao título( assim como o atual Campeão- o São Paulo- e os campeões estaduais de Minas- alguém ainda duvida?- o Cruzeiro, e do Rio Grande do Sul, o Internacional). Há pouco tempo dizia-se que o Corínthians de Mano Menezes ''não vence clássicos há cerca de um ano''( período em que, reconheça-se, também não andou perdendo muito para os rivais...). Agora, desandou a vencê-los mesmo que, para a crítica esportiva em geral, não pareça lá muito ''brilhante''( a mim também continua não parecendo, mas fazer o que? Derrotou duas vezes seguidas o atual Campeão Brasileiro...). O esquema de Mano lembra, por sua simplicidade, o de um ''rachão'': time fechadinho lá atrás, esperando a melhor oportunidade, e o ''gordinho'' lá na frente na banheira. A única diferença( e que diferença!)é que o ''gordo'' aqui chama-se Ronaldo, que sabe fingir-se de ''morto'' como ninguém- e está mostrando que ''quem é Rei nunca perde a majestade''...Na pelada o gordinho só faz número. Na vida real, nos jogos do ''Timão'', pode-se dizer que são 10 guerreiros e um ''gordo'' genial, o rei da Grande Área. Esquema aparentemente simples e óbvio, mas que até aqui tem funcionado muito bem...Alcnol.