quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Volta ao presente: almoço em restaurante macrobiótico, na Liberdade...

Esta- não fosse a ida ao restaurante de comidas típicas brasileiras ''Tordesilhas'' na terça-feira- poderia ser batizada tranquilamente como ''semana do natural''. Afinal, iniciamos a mesma em um restaurante orgânico em Pinheiros, Rua Oscar Freire, nas imediações do metrô Sumaré. E ontem, quarta-feira, decidimos conhecer um famoso restaurante macrobiótico na Praça Carlos Gomes, 60, Liberdade: o ''Satori''. O local é de fácil acesso, mas não há placas ou qualquer espécie de propaganda indicando haver um restaurante ali...A Praça Carlos Gomes fica em uma paralela da Avenida Liberdade, a poucos metros da estação de metrô. Estreita, ela não tem o aspecto de uma praça normal, motivo pelo qual não fizemos nenhum registro específico da mesma. O ''Satori'' foge do rótulo normal de restaurante. Não é apenas uma iniciativa visando lucro. Tem cara de centro cultural: com mural- mostrando as principais notícias relacionadas aos adeptos da macrobiótica e entrevistas com seu líder, o professor japonês Kikuchi- frases espalhadas pelas paredes, e o Instituto do Princípio Único em uma sala ao lado. O ''Satori'' oferece duas opções diárias: ''meia'' ou ''inteira''. Por meros dez reais aqueles que comem menos podem optar pela ''meia'' refeição. A refeição normal custa quinze reais. Seguindo estritamente os princípios de uma alimentação saudável- com o equilíbrio dos elementos ''ying'' e ''yang''- não há o consumo de líquidos durante o almoço( ou jantar), e tampouco nos foi oferecida qualquer espécie de sobremesa. O prato principal, o fato que mais chamou nossa atenção, é- vejam só- o arroz integral, em uma pequena tigela...O secundário é aquilo que normalmente chamaríamos de ''principal'': uma folha ao centro, pequenas porções de cenoura, alho-poró, nabo- todos devidamente cozidos- e tofú( tanto no prato ''principal'', digo, secundário, quanto na sopa de entrada...). A alimentação macrobiótica é funcional, ou seja, mais do que o paladar busca manter ou recuperar a saúde de seus adeptos. Nas rústicas mesinhas de madeira( algumas para 4 pessoas e outras- coletivas- para cerca de 12)olhávamos ao redor e víamos principalmente pessoas de meia-idade ou idosas, alguns executivos, porém com uma característica marcante: mesmo um velhinho com aparência de cerca de 80 anos, em forma, levantou-se para pegar a própria refeição. E andou com toda a facilidade, sem as dificuldades de locomoção que ligamos às pessoas de mais idade...A comida é saborosa, mas não desta espécie comum de saboroso. É leve, agradável, porém não conseguimos acompanhar o ritmo mais lento dos frequentadores do ''Satori''- vários de origem oriental: o correto, segundo os adeptos da Macrobiótica, é mastigarmos cada porção por, em média, até 50 vezes...É o que todos ali pareciam fazer, enquanto eu parava no máximo na sétima...A primeira reação que tive, ao entrar em uma farmácia na Avenida Liberdade, foi pesar-me para ver quantas gramas havia adquirido. Nenhuma, para minha surpresa. Isto após comer uma tigela e meia de arroz, além de sopa e prato ''secundário''...Uma semana frequentando um lugar como este faria ''maravilhas'' por este corpo com quilos em excesso...Saí do ''Satori'' com sede- afinal não se toma qualquer líquido durante a refeição- mas prometi a mim mesmo respeitar um pequeno intervalo de cerca de 1 hora para poder beber água. Mas esta é uma outra estória...Alcnol. PS: Tiramos fotos dos pratos e dos murais. Como o ''Satori'' encheu completamente em questão de minutos, não foi possível tirar fotos das mesas do local. Contentem-se com as minhas descrições...

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